Governo estadual vai discutir lockdown na Grande Vitória com empresários
Resumo dos jornais desta quarta-feira (27)
Lockdown. O governo do Estado trata a paralisação total das atividades como uma possibilidade real na Grande Vitória. A decisão drástica, que pode ser adotada por três semanas em junho, ainda não foi tomada, mas há preparativos nos bastidores para a eventual necessidade. Secretários de Estado devem se reunir com representantes do setor produtivo para preveni-los sobre um possível decreto de lockdown. Para essa reunião, serão convidados representantes da Findes, da Faes, da Fecomércio, da Fetransportes e do movimento empresarial Espírito Santo em Ação. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
Risco. A medida, segundo o secretário de Estado, Tyago Hoffman, será tomada apenas se algum município for classificado como risco extremo na nova matriz da Sesa. "Lockdown não é uma decisão política", pontua Hoffman. O decreto deve impor restrições mais duras para os capixabas, exigindo autorização para circular pelas ruas e definindo quais setores econômicos essenciais vão funcionar. (Gazeta)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com covid-19 voltou a subir e atingiu 87,53% na Grande Vitória. Dos 369 leitos de terapia intensiva, 323 estão ocupados. No estado, a taxa de ocupação também teve alta, chegando a 78,57% de ocupação das vagas de UTI para coronavírus. (ES 360)
Transferência. O governo do Estado vai transferir cerca de 90 pacientes de ortopedia da rede pública para a rede particular. Com isso, espera abrir 10 novos leitos de UTI e 80 de enfermaria para tratamento da covid-19. A Sesa também vai pagar a Clínica dos Acidentados para utilizar nove leitos de UTI e 49 de enfermaria, ao custo de R$ 1,5 milhão por mês. (Tribuna)
Polêmica. O Senado Federal aprovou projeto que obriga hospitais privados a cederem leitos de UTI para pacientes do SUS com covid-19. A compra de leitos já vem sendo realizada, portanto, especialistas em direito acreditam que a rede privada irá recorrer do projeto, alegando prejuízo aos clientes dos plano de saúde, afronta à livre iniciativa e à propriedade privada. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Boletim.O Espírito Santo registrou 22 mortes e 524 casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com isso, o estado soma 487 óbitos e 10.889 registros da doença, com 5.761 pessoas curadas. O município da Serra está no topo da lista, com 2.040 casos confirmados e 127 mortes. (Folha Vitória)
Desoneração. A Câmara dos Deputados vai votar uma emenda à MP 936 para prorrogar por dois anos a desoneração da folha de pagamento de 17 setores. Empresários capixabas do comércio e da indústria afirmam que a decisão vai preservar empregos no Espírito Santo. Os setores beneficiados pela decisão somam 85 mil empregos. (Gazeta)
Auxílio. Os pedidos de desemprego cresceram 73% no Espírito Santo desde janeiro, somando 8.856 solicitações na primeira quinzena de maio. Segundo a Secretaria de Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia, 58% dos solicitantes são homens e a maior parte dos pedidos se concentra entre trabalhadores de 30 a 39 anos. (Gazeta)
Lucro. O Banestes lucrou R$ 83 milhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O banco vai pagar R$ 108 milhões aos acionistas, entre eles, o governo do Estado, que receberá R$ 18,6 milhões. O resultado é 76% maior que o registrado no último trimestre de 2019, quando teve R$ 47 milhões de lucro. (Gazeta)
Atrasos. O presidente da Amunes, Gilson Daniel, alertou que boa parte dos municípios não conseguirá pagar a folha de maio sem ajuda do governo federal. No Estado, as receitas sofreram queda de 31,19% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. (Tribuna)
Pressão. Os dados atualizados da Receita Corrente Líquida, divulgados ontem pelo Tribunal de Contas, voltam a pressionar o Judiciário. O Poder gastou, em abril, R$ 805,7 milhões com pessoal, atingindo a marca de 5,34% da RCL, bem próximo dos 5,4% do limite legal. Na comparação com abril do ano passado, houve aumento de 6,87% na despesa. (Coluna Plenário, Tribuna)
Greve. Técnicos de enfermagem e auxiliares que trabalham no Hospital Jayme dos Santos Neves, referência estadual para tratamento de coronavírus, entraram em estado de greve. Alegam sobrecarga, falta de EPI e cortes de benefícios. (ES 360)
Segurança. O coronavírus já causou o afastamento de 212 agentes de segurança pública: 165 policiais militares, 43 policiais civis e quatro integrantes do Corpo de Bombeiros. Um óbito foi registrado na PM. (Folha Vitória)
Testes. O governo do Estado publicou no Diário Oficial uma portaria que regulamenta a oferta de testes rápidos nas farmácias do Espírito Santo. Entre as obrigações estão a disponibilidade de área exclusiva para realização dos testes e a notificação compulsória dos resultados. Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-ES), Luiz Carlos Cavalcanti, as exigências e o custo de adaptação podem inviabilizar a oferta do serviço. (Folha Vitória)
Telemedicina. Adotado há um mês pela Unimed Vitória, o serviço de teleconsulta já realizou 1.427 atendimentos, com 80% de resolutividade. O diretor de mercado da Unimed, Gustavo Peixoto, revela que houve queda de 80% no fluxo de atendimentos dos hospitais e pronto atendimentos da rede. No setor público de saúde, a Prefeitura de Vitória também começou a disponibilizar o serviço. (Folha Vitória)
Tecnologia. A Sesa estuda a possibilidade de utilizar big data para conter o avanço do coronavírus no estado. O aplicativo "Dados do Bem", em uso no Rio de Janeiro, coleta informações fornecidas pelos usuários e cria um estudo epidemiológico por amostragem, utilizando geolocalização para orientar possíveis ações de saúde. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Política
Mensalidades. A Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que determina descontos de até 30% nas mensalidades das escolas enquanto durar a suspensão das aulas presenciais. O presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado (Sinepe-ES), Moacir Lellis, promete entrar na Justiça contra a decisão, que classificou como "palanque em cima de pandemia". "A lei é inconstitucional. Qualquer alteração deste tipo tem que ser feita em esfera federal. [...] A inadimplência no segmento Educação Básica está entre 30% e 40%. No Ensino Superior, na faixa de 50%. Imagina ter que dar mais 30% de desconto? Vai ser muito desemprego", revelou. (Folha Vitória)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma