Governo fecha acordo para reduzir repasse a Poderes em até R$ 70 milhões
Resumo dos jornais desta quarta-feira (03)
Cortes. Após mais de um mês de negociações, o governo do Estado chegou a um acordo com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Assembleia Legislativa. Haverá corte de 4% nos repasses aos três órgãos durante oito meses -- de maio a dezembro. A economia com os duodécimos pode chegar a R$ 29,6 milhões no TJES, R$ 11 milhões no MPES e R$ 6 milhões na Ales. (Gazeta e Coluna Vitor Vogas)
Economia. Em maio, o governo havia fechado acordo com o Tribunal de Contas do Espírito Santo, que aceitou redução de 20% e possibilitou uma economia de R$ 23,29 milhões. Somando as negociações, o Executivo deixará de repassar R$ 70 milhões em duodécimos aos demais Poderes neste ano, segundo projeção de A Gazeta. (Gazeta)
Ampliação. A Defensoria Pública, que recebe R$ 5 milhões mensais de repasse, alega que não aceitará novas reduções no orçamento. "Já perdemos receita. Se tirarem mais, vão inviabilizar a atuação da Defensoria. Não estamos dispostos a aceitar cortes. Estamos discutindo isso com o governo. De repente o governo terá que investir mais na Defensoria", argumenta o defensor público-geral do Estado, Gilmar Batista. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
Fabiana Tostes: "A intenção do governo ao tratar individualmente com os Poderes era ver caso a caso e cortar mais de quem tem mais gordura pra queimar. Funcionou com o Tribunal de Contas, que é mais alinhado ao governo e concordou em perder até 20%. Mas não funcionou com a Assembleia, que está numa situação tranquila financeiramente, mas só aceitou cortar até 4%". (Coluna Plenário, Tribuna)
Boletim. Dois meses após registrar a primeira morte por coronavírus, o Espírito Santo atingiu um novo recorde. Segundo painel da Secretaria de Estado da Saúde, ocorreram 36 óbitos relacionados à covid-19 nas últimas 24 horas, somando 664 vítimas fatais da doença no estado. O número de casos confirmados chegou a 15.151 capixabas infectados. (Folha Vitória)
UTI. A ocupação de leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com coronavírus recuou para 89,40% na Região Metropolitana. No Espírito Santo, a ocupação dos leitos de UTI está em 82,43%, de acordo com dados da Sesa. (ES 360)
Nésio Fernandes, secretário de Estado da Saúde: "Se nós projetarmos o que cresceu em 15 dias na nossa realidade, no nosso padrão de comportamento no Espírito Santo, e houver essa mesma proporção de crescimento nos próximos 15 e 30 dias, nós teremos uma situação muito tensa, de difícil manejo no nosso estado [...] nós chegamos a 604 mortos no último dia do mês de maio. Nós começamos maio com 124 óbitos. Se crescer na mesma proporção no mês de junho, nós estamos dizendo que podemos passar de 1.200 óbitos no estado". (Gazeta)
Interior. Alguns municípios do interior estão intensificando as ações contra a covid-19. A Prefeitura de Linhares vai aplicar três mil testes rápidos em pacientes com suspeita de coronavírus ou pessoas que tiveram contato com infectados. (Gazeta)
Em Baixo Guandu, o Ministério Público promete processar criminalmente pacientes em isolamento domiciliar que forem flagrados nas ruas. Em Boa Esperança, houve lockdown municipal de 11 dias. (Gazeta)
Na Grande Vitória, as prefeituras vão aguardar decisão do governo estadual sobre a implementação de medidas mais rígidas de controle. (Gazeta)
No Sul, a Justiça Estadual decidiu que a recomendação de lockdown feita pelo Ministério Público Federal para os municípios de Apiacá, Atílio Vivácqua, Iúna, Muqui e São José do Calçado não precisa ser cumprida. (Tribuna)
Fiscalização. O governo do Espírito Santo cancelou mais de R$ 1,1 milhão em contratos emergenciais firmados pelo hospital Dório Silva, na Serra, durante a pandemia. Os convênios passam por inspeção na Secretaria de Estado de Controle e Transparência e pelo menos um deles é investigado pelo Ministério Público Federal. (Gazeta)
Investigação. O Tribunal de Contas do Espírito Santo investiga mais de 30 contratos feitos por órgãos estaduais e municipais durante a pandemia com suspeita de irregularidade. Outros órgãos fiscalizadores, como Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, também estão com investigações em curso e sob sigilo. (Gazeta)
Inovação. Um grupo de pesquisadores da Ufes desenvolveu uma cabine de desinfecção capaz de destruir o SARS-CoV-2, vírus causador da covid-19. O primeiro protótipo, que utiliza radiação UV-C, está sendo utilizado para desinfectar equipamentos hospitalares recebidos para manutenção no Centro Tecnológico da universidade. (Folha Vitória)
Otimismo. Pesquisa realizada pelo Ideies em parceria com a Associação Capixaba de Tecnologia (ACT!ON) revela que 91,9% dos empresários do setor acreditam que vão superar a crise. A maior parte, 64,3%, espera voltar a uma "razoável normalidade" em seis meses. Os maiores desafios são a inadimplência e o índice de endividamento. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Novo modelo. Algumas empresas avaliam permanecer operando em home office mesmo após a pandemia e flexibilizar a ida dos colaboradores ao escritório. É o caso da capixaba ISH Tecnologia, que cedeu equipamentos e ajudou a pagar a internet dos funcionários em isolamento. (Gazeta)
Prorrogação. O governo do Estado prorrogou prazos de impugnação, recursos de multas e validade de certidões por meio de decreto. Segundo o governador Renato Casagrande, o objetivo é evitar o deslocamento de pessoas e dar apoio às empresas durante a pandemia. (Folha Vitória)
Petróleo. Especialistas avaliam que a venda de blocos da Petrobras no Espírito Santo, anunciada nesta semana, pode movimentar a cadeia produtiva. "Se o gás vai se tornar uma coisa importante como estamos projetando, ter disponibilidade de gás lá e infraestrutura já pronta é uma festa para quem quer investir nisso. [O desinvestimento da Petrobrás será um] trampolim para que outras empresas desenvolvam a Bacia do Espírito Santo na vocação dela, que é gás e óleo leve", analisa o presidente da Energy Plattform, Márcio Félix. (Gazeta)
Empregos. A expectativa é que a operação dos poços gere 1.200 vagas no setor, projeta o coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira de Freitas. (Tribuna)
Investimento. A indústria paranaense de embalagens P2A vai investir R$ 5,3 milhões para instalar uma fábrica em Linhares. A perspectiva é que as operações tenham início em janeiro de 2021. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma