Governo federal cria grupo com ES e BA para debater conflitos agrários com MST
05 de janeiro, sexta-feira
Negociação. O Ministério do Desenvolvimento Agrário criou um grupo com a participação dos governos do Espírito Santo e da Bahia para debater os conflitos agrários recentes nos dois estados. No ano passado, o MST chegou a ocupar áreas produtivas da Suzano para pressionar o governo federal sobre o tema. (Globo Rural)
Integrantes. A portaria publicada pelo ministro Paulo Teixeira conta com a assinatura do governador capixaba, Renato Casagrande, do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do presidente do Incra, César Aldrighi. Também participam do grupo representantes da Suzano e de movimentos sociais.
Prazo. O "Grupo de Alternativas para os Conflitos Agrários no Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo", como foi intitulado, terá duração de 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. O objetivo é "prevenir, mediar e resolver" as tensões e conflitos agrários.
FOLHA BUSINESS
Petróleo. A norueguesa Seacrest pagou uma parcela de R$ 170 milhões pela aquisição dos Polos Cricaré e Norte Capixaba, ambos localizados entre Linhares e São Mateus, no Espírito Santo. Os dois polos foram vendidos como parte do programa de desinvestimentos da Petrobras.
Perspectiva. Até 2027, a Seacrest deve investir US$ 400 milhões em perfuração e infraestrutura na região. Até o fim deste ano, a expectativa da petroleira é perfurar 60 poços, ritmo que depende da obtenção das licenças ambientais.
Tecnologia. A coluna Agro Business de hoje conversou com especialistas de tecnologia, como as empresas capixabas Globalsys e VipRede, para saber as principais tendências do agronegócio neste ano. Há um consenso de que o uso de sensores, combinado à Internet das Coisas e à Inteligência Artificial, vai melhorar a análise das informações do campo e a gestão inteligente da produção. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Turismo. O Morro do Moreno vai receber um funicular, espécie de bondinho focado em acessibilidade, para garantir o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Segundo o prefeito Arnaldinho Borgo, o ponto turístico também terá banheiros, mirantes com vista 360º e uma cafeteria. (ES 360)
BRASIL
Captações. A expectativa do mercado financeiro é que a indústria de fundos imobiliários deve captar entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões neste ano. (Estadão)
O aquecimento do setor acontece na esteira do ciclo de corte de juros básicos no país, que incentiva investidores a migrarem da renda fixa para aplicações variáveis, com potencial de obter maior retorno. (Estadão)
De janeiro a novembro do ano passado, os fundos imobiliários captaram R$ 23,9 bilhões, segundo dados da Anbima. Considerando os números de dezembro que ainda serão divulgados, as operações tendem a ultrapassar 2022, quando as captações foram de R$ 24,7 bilhões. (Estadão)
Neste momento, as emissões de cotas já anunciadas e em andamento estão em cerca de R$ 2,5 bilhões. (Estadão)
Vale lembrar: a Apex Partners lançou um fundo imobiliário de R$ 600 milhões com imóveis de alto padrão no Espírito Santo, no Paraná e em Santa Catarina. (Estadão)
Estimativa. Pelos cálculos do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, o PIB do Brasil deve desacelerar significativamente este ano. Se em 2023, o órgão internacional estimou um crescimento de 3,1% para a economia brasileira, para este ano a projeção é de 1,6%. Os dados constam no relatório Situação Econômica Global e Perspectivas. (Estadão)
A queda de desempenho está atrelada, segundo a ONU, ao impacto defasado de altas de juros no consumo e nos investimentos e à demanda externa mais fraca. (Estadão)
No meio do ano passado, a ONU previa aumento bem menor do PIB brasileiro em 2023, de 1%, mas ganho mais robusto em 2024, de 2,1%. (Estadão)
Para a economia global, a ONU também prevê uma desaceleração para este ano, de 2,4%. Além disso, a organização acredita que o PIB global manterá crescimento abaixo da tendência pré-pandemia de 3% por período prolongado. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa fechou o pregão com nova queda ampla, de 1,21%. Com isso, encerrou o dia aos 131.225 pontos. A Bolsa brasileira seguiu em parte o sentimento ainda cauteloso predominante nos índices em Nova York neste começo de ano. (InfoMoney)
O dólar também registrou baixa de 0,19%, cotado a R$ 4,9073. (InfoMoney)
Câmbio. O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 11,431 bilhões em 2023. Em 2022, o resultado foi negativo em US$ 3,233 bilhões. Os dados são do Banco Central. Essa é a maior entrada líquida de dólares em 11 anos. (Folha)
No acumulado de 2023, o canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 37,649 bilhões. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 600,492 bilhões e retiradas no total de US$ 638,141 bilhões. (InfoMoney)
No comércio exterior, o saldo em 2023 foi positivo em US$ 49,080 bilhões. As importações somaram US$ 232,413 bilhões, enquanto as exportações foram de US$ 281,492 bilhões. (InfoMoney)
Carros. As vendas de carros novos no país cresceram 9,13% no acumulado de 2023. A base de comparação é 2022. Considerando os veículos comerciais leves, a alta foi de 11,3%. Os dados são da Fenabrave. (Folha)
No total, foram emplacados 2,18 milhões de veículos das duas categorias no ano passado, sendo 1,72 milhões de automóveis e 458.522 de comerciais leves. (Folha)
Para este ano, a Fenabrave espera uma elevação de 12% na venda de carros, totalizando 2,44 milhões de automóveis e comerciais leves emplacados. (Estadão)
Recorde. O rotativo do cartão de crédito registrou no mês de novembro de 2023 a sua maior oferta desde 2011, início da série histórica do Banco Central. No mês, a concessão foi de R$ 32,9 bilhões. (Globo)
Já a taxa de juros nessa modalidade atingiu o patamar de 434,41% ao ano, até novembro. Apesar do percentual ainda alto, houve uma queda de 10,6 pontos percentuais no mês. (InfoMoney)
Desde setembro de 2021, a oferta no rotativo está acima de R$ 20 bilhões. O juro nessa modalidade, por sua vez, está acima de 400% desde dezembro de 2022. (Globo)
POLÍTICA
Portos. Entrou em vigor a legislação que prorroga para 2028 a vigência do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). O regime especial se encerraria em 31 de dezembro de 2023. (InfoMoney)
A norma foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 22 de dezembro e publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de dezembro. O Reporto vem sendo prorrogado desde 2007 pelo Congresso Nacional. (InfoMoney)
O regime tributário prevê incentivos fiscais para investimentos em portos, como compra de máquinas e equipamentos. Esse regime especial permite que os beneficiados comprem equipamentos com desoneração de IPI, PIS, Cofins e Imposto de Importação (II). (InfoMoney)
Quitado. O governo brasileiro quitou integralmente todas as dívidas que tinha com organismos internacionais em 2023. Ao todo, foram pagos R$ 4,6 bilhões a vários órgãos, entre eles, a ONU, a OEA e a Unesco. A informação é do Ministério do Planejamento e Orçamento. (Globo)
Resultado. O Carf fechou o ano de 2023 com o melhor resultado em termos de valores julgados desde 2019. Dados preliminares apontam R$ 230 bilhões arrecadados em ações tributárias analisadas de janeiro a setembro. (Folha)
Para 2024, o governo federal espera que mudanças no funcionamento do Conselho gerem uma receita extra de R$ 55 bilhões. (Folha)
Autonomia. O Senado Federal definiu o relator da PEC que dá autonomia fiscal e orçamentária ao Banco Central: Plínio Valério. A proposta deve ser uma das principais pautas na Comissão de Constituição e Justiça na volta do recesso parlamentar, em fevereiro. (InfoMoney)
Valério foi o autor do projeto que deu autonomia operacional ao BC, aprovado pelo Congresso em 2021. (InfoMoney)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor