Grupo Águia Branca planeja faturar R$ 30 bilhões; ES prepara fundo de R$ 500 milhões para energia verde
30 de outubro, segunda-feira
Crescimento. O Grupo Águia Branca vai dobrar a meta de faturamento no próximo planejamento estratégico. Em crescimento acelerado, a empresa deve encerrar este ano faturando o que era projetado apenas para 2025: R$ 15 bilhões, somando as divisões de comércio, logística e viação. (Gazeta)
Dobrou. Em fase de atualização do planejamento estratégico, o Grupo deve estabelecer R$ 30 bilhões como horizonte possível para 2027. O CEO Kaumer Chieppe afirma que a projeção ainda é preliminar, mas a meta "não deve ficar longe disso". (Gazeta)
Diversificação. Com atuação consolidada em setores tradicionais, o Grupo Águia Branca vem diversificando seus negócios. Há investimentos previstos para os segmentos de energia, tecnologia e até mesmo no agronegócio — com a venda de máquinas da New Holland. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Sustentabilidade. O governo do Espírito Santo e o BNDES estão preparando um fundo de R$ 500 milhões para projetos de energia verde. O novo fundo estará ligado ao Fundo Soberano, coordenado pelo Bandes, que já aportou recursos dos royalties do petróleo em startups e empresas ESG. Agora, o dinheiro dos combustíveis fósseis vai financiar fontes limpas de energia. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Prazo. A expectativa do governo estadual é apresentar o projeto final na COP28, que acontece nos Emirados Árabes Unidos a partir de 30 de novembro. O novo fundo vai apoiar projetos ligados à energia eólica, fotovoltaica, biometano, biomassa e hidrogênio verde. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Saúde. A Universidade Vila Velha (UVV) e o Instituto Albert Einstein vão criar um Centro de Simulação Realística no UVV Highline, na Enseada do Suá. O espaço de alta tecnologia vai recriar situações do hospital em um ambiente controlado. A ideia é oferecer simuladores de realidade virtual, robôs e manequins de alta fidelidade, preparando para situações de emergência e aumentando a precisão dos procedimentos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Café. Uma comitiva de 20 empresários capixabas se dirigiu a São Gabriel da Palha para uma rodada de negócios na sede da Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil. A iniciativa, promovida pela GlobalSys, reuniu empresários de diversas áreas, da construção civil ao varejo. O encontro deu a dimensão da força do agronegócio e apresentou as principais oportunidades e desafios do setor. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Cacau. A Nestlé está investindo R$ 100 milhões em um programa de cultivo sustentável de cacau que contempla 200 fazendas capixabas. Terceiro maior produtor da fruta no país, o Espírito Santo contribui com apenas 8% do cacau utilizado pela empresa. (Gazeta)
Participação. No ano passado, as exportações capixabas de chocolates e preparados com cacau somaram US$ 16,5 milhões, o equivalente a 1% do comércio internacional do agronegócio do Espírito Santo. (Gazeta)
Silagem. Produtores rurais do Espírito Santo estão investindo em silagem de milho. Com o pasto mais seco, aumentam as queimadas e diminuem os nutrientes do solo. A silagem surge como alternativa para manter a qualidade da alimentação do gado e evitar perdas na produção de leite durante a estiagem. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
Mercado. A semana começa com o mercado de olho nas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, com reuniões dos Bancos Centrais dos dois países acontecendo na quarta-feira (1º). (Valor)
No Brasil, a expectativa é que o Banco Central mantenha o ritmo de cortes de 0,5 ponto porcentual e leve a taxa Selic a 12,25% ao ano. (Valor)
Já nos Estados Unidos, quase todas as apostas indicam manutenção da taxa no patamar atual, de 5,25% a 5,50% ao ano. Entretanto, investidores ficarão atentos aos sinais dos próximos passos. (Valor)
Combustível. O preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do país teve queda de 0,8%, na última semana, passando de R$ 5,74 para R$ 5,69. Os dados são da ANP. A queda desta semana é impulsionada pelo desconto de 4,1% dado pela Petrobras no último dia 19 para os preços praticados em refinarias. (Estadão)
O repasse ainda é inferior aos R$ 0,09 por litro esperados pela companhia. (Valor)
O mercado avalia que o corte anunciado pela estatal na semana passada deve ajudar a levar a inflação para abaixo do limite de tolerância da meta estabelecida pelo Banco Central para 2023, de 4,75%. (Folha)
A Abicom apontou que o diesel vendido nas refinarias da Petrobras fechou a última semana com valores abaixo da paridade de importação, em R$ 0,21 por litro. Na gasolina, a diferença era de R$ 0,11 por litro. (Folha)
Superávit. O governo central registrou superávit primário de R$ 11,5 bilhões em setembro. Esse foi o melhor resultado para o mês de setembro desde 2010, quando houve superávit de 25,946 bilhões, em valores nominais. (Globo)
No acumulado do ano, no entanto, as contas estão no vermelho em R$ 93,73 bilhões. (Globo)
INTERNACIONAL
Ajuda. A Faixa de Gaza recebeu ontem a maior ajuda humanitária desde o início da guerra com Israel. Dois comboios com 34 caminhões foram autorizados a entrar na região com alimentos, água, remédios e insumos hospitalares. O governo israelense vetou a entrada de combustíveis. (Poder 360)
Invasão. Milhares de moradores da Faixa de Gaza invadiram centros de distribuição da ONU em busca de farinha de trigo, produtos de higiene e outros itens básicos. Na avaliação da instituição, a ocorrência sinaliza que "a ordem civil está começando a ruir" após três semanas de conflitos e o corte de sinais telefônicos na região. (Poder 360)
Retorno. O embaixador do Brasil em Israel afirmou que não há mais pedidos de repatriação de brasileiros no país. No início do conflito, três mil pedidos foram feitos, mas apenas 1.413 cidadãos, de fato, decidiram pelo retorno ao Brasil. (Estadão)
Reunião. O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje mais uma vez para debater o conflito entre Israel e Hamas. Desta vez, a convocação foi feita pelos Emirados Árabes Unidos. (Poder 360)
POLÍTICA
Meta. A equipe econômica ainda avalia o impacto da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a meta fiscal de 2024. O principal temor é que a fala desencoraje os parlamentares a votar as medidas necessárias para elevar a arrecadação do governo no ano que vem. (Folha)
Na sexta-feira, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que a meta fiscal não precisa ser de déficit zero, como quer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ainda de acordo com ele, esse resultado dificilmente será atingido, pois não quer realizar cortes em investimentos e obras no ano que vem. (Globo)
Nos bastidores, a informação é que a declaração do presidente pegou membros do Executivo de surpresa, inclusive da equipe econômica, com a qual não houve qualquer tipo de combinado prévio. (Folha)
Além disso, a equipe econômica estaria certa de que a fala de Lula reflete a influência que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem sobre o presidente. A preocupação de Costa está nos recursos para o novo PAC, que podem ser contingenciados para que a Fazenda chegue à meta de déficit primário zero. (Globo)
O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte, declarou que as falas de Lula sobre a meta fiscal desanimam a pauta econômica e causam constrangimento a Haddad. (Estadão)
Lula declarou ainda ter pedido a Haddad que prepare o governo para enfrentar um cenário negativo na economia mundial a partir do ano que vem. (Globo)
No mercado, analistas acreditam que o posicionamento de Lula limita ainda mais o espaço para a queda dos juros durante o atual ciclo de cortes da taxa Selic. (Folha)
Tributária. O efeito positivo da Reforma Tributária sobre a economia brasileira foi reduzido de 90% para 75%, após as exceções e regimes diferenciados inseridos no Congresso Nacional. A avaliação é do secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. (Globo)
Apostas. O Ministério da Fazenda publicou uma portaria para regulamentar pontos gerais das apostas esportivas e abrir um cadastro prévio das "bets". (Estadão)
O objetivo da pasta é começar a quantificar o real interesse do mercado e avançar nos sistemas que vão monitorar as operações e o recolhimento dos impostos. (Estadão)
Enquanto isso, alguns estados aproveitaram uma decisão do STF de 2020 para criar as próprias regras — mais vantajosas que as do governo federal — e também poder oferecer apostas esportivas on-line. A decisão da Corte retirou da União o monopólio de explorar as loterias. Advogados alertam que a questão poderá ser judicializada. (Globo)
Em tempo: o mercado de apostas esportivas brasileiro cresceu 135% no país em 12 meses, no período de agosto de 2022 até agosto de 2023. Os dados foram apurados pela Datahub e obtidos pelo Aposta Legal Brasil. Somente nos oito primeiros meses de 2023 já foram abertas 221 empresas no país, perto de alcançar o total de 239 registrados durante os 12 meses de 2022. (Estadão)
Cotado. O professor de economia Paulo Picchetti é cotado pelo governo federal para uma das duas diretorias do Banco Central, que ficarão vagas na virada do ano. O nome também tem circulado no mercado financeiro como uma das principais apostas para o posto e tende a ser bem recebido, caso a indicação seja confirmada. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor