Grupo Águia Branca vai quintuplicar número de concessionárias BYD até o fim de 2024
05 de outubro, quinta-feira
Ampliação. O Grupo Águia Branca está de olho no crescimento do mercado de carros elétricos no país. Responsável pela chinesa BYD no Espírito Santo, em Minas Gerais e Goiás, o grupo capixaba quer chegar a 31 concessionárias até o final do ano que vem, o que representaria um salto de 416% — atualmente, seis revendas estão em operação. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
A meta da montadora chinesa é alcançar a marca de 200 concessionárias em todo o país até o final de 2024. Na próxima segunda-feira, a empresa dará início às obras de implantação de um complexo industrial em Camaçari, na Bahia. Serão investidos R$ 3 bilhões no projeto de veículos elétricos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Em setembro, a BYD liderou as vendas de veículos eletrificados no país pela primeira vez, com mais de duas mil unidades, superando Toyota e GWM. No ranking dos 100% elétricos, a montadora também liderou, com 1,3 mil unidades vendidas, conquistando 70% do mercado. O mais vendido foi o Dolphin, lançado no Brasil no final de junho pelo preço inicial de R$ 149,8 mil. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Educação. Depois de firmar parcerias com instituições como G4 Educação, Insper e Instituto Albert Einstein, a UVV Highline fechou com a startup Eco55 para oferecer o curso "Mudança Climática e o Impacto nos Negócios". A imersão de 12 horas será oferecida em outubro e vai ensinar sobre os desafios das mudanças climáticas e transição das empresas para a economia de baixo carbono. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Curadoria. O curso será ministrado no UVV Highline, na Enseada do Suá, e terá curadoria do professor Winston Fritsch, PhD em Economia por Cambridge e um dos maiores especialistas em transição energética. Uma das disciplinas apresenta um case completo de cálculo da pegada de carbono do café — da fazenda à xícara. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Sustentável. O aeroporto de Vitória vai investir R$ 17 milhões em equipamentos e sistemas para reduzir a poluição provocada pelas aeronaves. A Zurich Airport, que opera o terminal capixaba, também fechou parceria com as companhias aéreas Azul, Gol e Latam para que utilizem energia renovável nas ações em solo. O objetivo é reduzir o consumo de diesel e querosene. (Gazeta)
Por falar em aeroporto, Vitória vai ganhar novos voos diretos para o aeroporto de Brasília a partir de 29 de outubro. A Gol anunciou duas novas linhas durante a semana: uma saindo de Vitória às 18h10 e outra partindo de Brasília às 9h20. (Folha Vitória)
Inauguração. A paulista Don Burguer, criada pelo chef Marcos Brito, vai inaugurar cinco lojas em shoppings do Espírito Santo. A unidade de Vitória começou a funcionar nesta semana e, ao longo do mês de outubro, entram em operação as unidades dos shoppings Praia da Costa, Moxuara, Mestre Álvaro e MontSerrat. (ES 360)
BRASIL
Serviços. O setor de serviços do Brasil caiu em setembro e atingiu o nível mais baixo em dois anos. Foi a primeira baixa do segmento desde fevereiro. A explicação está na retração da demanda, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), realizada pela S&P Global. (Folha)
O PMI caiu de 50,6 em agosto para 48,7 em setembro. Essa leitura também é a mais baixa desde maio de 2021. (Folha)
A pesquisa apontou que a retração da demanda desencadeou a primeira queda em novos negócios em sete meses. Os participantes da pesquisa citaram que as vendas foram refreadas ainda pela redução dos investimentos no setor privado. (Folha)
A indústria também recuou, passando de 50,1 em agosto para 49 em setembro. Com isso, o PMI Composto do Brasil atingiu o nível mais baixo em 29 meses. (Folha)
Elogios. O FMI elogiou a decisão do Brasil de adotar uma meta de inflação contínua no lugar do chamado ano-calendário, em vigor desde 1999. Com o novo modelo, anunciado em junho, o Banco Central segue o sistema adotado nos Estados Unidos e na Europa. (Estadão)
Além disso, a mudança faz com que o Brasil passe a adotar uma meta contínua de inflação de 3% a partir de 2025. As metas anteriores foram mantidas inalteradas. Neste ano, o alvo é de 3,25%. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa encerrou a sessão com alta de 0,17%, aos 113.607 pontos. É o primeiro resultado positivo de outubro. O dólar caiu 0,03%, cotado a R$ 5,153. (InfoMoney)
Câmbio. O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 1,67 bilhão em setembro, segundo o Banco Central. Foi o primeiro mês de fluxo negativo desde maio, quando houve saída líquida de US$ 1,16 bilhão do país. (Folha)
E-commerce. Em setembro, o nível de remessas internacionais declaradas atingiu 46%, segundo a Receita Federal. O avanço é atribuído ao programa Remessa Conforme. (Estadão)
Antes da medida, o número de declarações ficava perto de 3%. Em agosto, o percentual foi de 20%. A meta é alcançar 100% de regularização até o fim do ano. (Estadão)
As principais empresas internacionais de comércio eletrônico já aderiram ao programa. Na lista estão Amazon, Shein, AliExpress, Shopee e Mercado Livre. (Globo)
Em tempo: as vendas no e-commerce brasileiro em agosto cresceram 7,9%, segundo um levantamento da NIQ Ebit, consultoria que monitora os negócios feitos por meio de sites e aplicativos. (Folha)
Internet. A Anatel está se preparando para desligar os sinais de internet móvel 2G e 3G no país. As tecnologias caíram em desuso com a popularização do 4G e do 5G. (InfoMoney)
Negócios. O Brasil possui hoje 3,2 milhões de microempreendedores individuais (MEIs), segundo o IBGE. Mais da metade dos CNPJs, cerca de 53%, foi aberta nos últimos três anos. (Globo)
A categoria já representa parcela significativa do total de empresas e de profissionais formais: 69,7% das empresas em atividade no Brasil são MEIs. Eles também representam 19,2% do total de empregos formais. (Globo)
POLÍTICA
Cobrança. O Ministério da Fazenda fará uma força-tarefa para cobrar as 100 maiores dívidas tributárias do país. O montante chega a R$ 180 bilhões. Para isso, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional vai lançar o projeto 100+. (Estadão)
O objetivo do órgão é reduzir o chamado contencioso tributário, ou seja, a disputa judicial entre Estado e contribuintes, que ultrapassa os R$ 5 trilhões. (Estadão)
O projeto é considerado estratégico para o Ministério da Fazenda, mas nenhum valor referente à iniciativa foi previsto nas metas arrecadatórias de 2024. (Estadão)
A Petrobras lidera a lista de maiores dívidas. São quase R$ 35 bilhões cobrados da estatal. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aparece em segundo lugar, com execuções que somam R$ 9,5 bilhões, seguida do Bradesco, com R$ 6,8 bilhões. (Estadão)
Carbono. O Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil e cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). (Globo)
O modelo estabelece limites de emissões por empresas, que devem ser reduzidos todos os anos. Caso a empresa precise emitir mais, ela pode comprar crédito de carbono de quem está dentro do seu limite. (Globo)
Após um acordo, os senadores excluíram dessa obrigação companhias que sejam do agronegócio. (Globo)
A matéria é uma das prioridades para o segundo semestre do governo. O texto segue para a Câmara dos Deputados. (Globo)
Offshores. A votação do projeto de lei para taxação de offshores e fundos exclusivos foi adiada pela Câmara dos Deputados. O texto deve ser apreciado apenas no dia 24 de outubro, em razão de uma viagem do presidente da Câmara, Arthur Lira, e outros parlamentares para o exterior. (Folha)
O relatório do deputado Pedro Paulo reduziu a tributação de offshores e fundos exclusivos de 10% para 6%, após acordo com o Ministério da Fazenda. (Globo)
O fim da dedução dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) ficou para depois. (Globo)
Aprovado. O Senado aprovou o projeto de lei complementar que garante a compensação de R$ 27 bilhões do governo federal para estados e municípios em razão do corte do ICMS incidente sobre combustíveis. A matéria segue para a sanção do presidente Lula. (Valor)
Além disso, os senadores aprovaram o projeto de lei que autoriza o governo federal a pagar um piso menor para a saúde em 2023 e eleva em R$ 13,9 bilhões os repasses da União a estados e municípios neste ano. A matéria também segue para sanção. (Folha)
Recursos. O Congresso Nacional aprovou projetos de lei que abrem créditos extraordinários de quase R$ 3 bilhões no Orçamento deste ano. Os recursos serão direcionados para ações de ministérios e obras. (Estadão)
Mudança. A Câmara de Vitória vai lançar, ainda neste mês, um edital para encontrar um novo endereço. A sede atual, segundo o presidente da Casa, Leandro Piquet, possui problemas estruturais — apontados em laudo do Crea — e de acessibilidade. O impacto financeiro da mudança não foi informado. (Folha Vitória)
Visita. O ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, virá ao Espírito Santo amanhã. Em terras capixabas, assinará um protocolo de intenções para redução da pobreza. (Tribuna)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor