Grupo capixaba de atacarejos vai investir R$ 50 milhões em Cariacica
Resumo dos jornais desta sexta-feira (03)
Ampliação. O grupo capixaba Oba vai investir mais de R$ 50 milhões em negócios no município de Cariacica. Um deles é o atacarejo em construção em frente à Ceasa. Para o projeto, que ocupa uma área de 40 mil metros quadrados, o investimento é de R$ 30 milhões. A operação da unidade deve ser iniciada em outubro deste ano e vai gerar cerca de 150 postos de trabalho. O grupo tem outros dois atacarejos na Serra e um em Colatina. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Impacto. A concessão do auxílio emergencial e a liberação do FGTS para os capixabas devem injetar R$ 4,1 bilhões na economia do Espírito Santo, o equivalente a 3,2% do PIB estadual. A estimativa é do Tribunal de Contas da União e da Caixa Econômica Federal. Para o professor da Fucape André Moura, as medidas diminuem o impacto da crise, mas exigem controle equilibrado das contas públicas. "É preciso investir no lado social, mas sem soltar a mão de vez, a ponto de ficar sem dinheiro para fazer outros investimentos", pondera Moura. (Gazeta)
Arilton Teixeira, economista-chefe da Apex Partners: "No momento atual, um dos maiores gastos dos governos é com funcionários públicos ativos e inativos, com salários muito acima do setor privado. No Espírito Santo, isso não é diferente: 76% do orçamento dos poderes é direcionado a remuneração de servidores. Em um momento em que o país e o estado demandam gastos adicionais no combate à crise e a pandemia, não há espaço no orçamento para tanto. Assim, nossa dívida pública explode, o que traz mais incerteza, sufoca o setor privado e atrasa a retomada”. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Angelo Passos: "O segundo semestre começa com dose um pouco menor de pessimismo do que amargava há dois meses. No caso do Espírito Santo, as dúvidas são maiores em função de indefinições do comércio internacional, do qual tanto depende o PIB capixaba. [...] A situação da economia do país vai pressionar a iniciativa privada e o governo a debaterem medidas essenciais visando a melhorar a produtividade da economia e a substituir a renda obtida por programas assistenciais por renda oriunda da produção e do emprego. A necessidade disso é para ontem". (Gazeta)
Prorrogação. O governo estadual prorrogou até o dia 1º de outubro algumas medidas de proteção e incentivo às empresas capixabas. Pelo decreto, permanecem suspensos: rescisões de contrato de parcelamento por inadimplência; protestos de débitos fiscais relativos a imposto; ajuizamentos de execuções fiscais; execuções de penhora referentes às execuções fiscais; e cancelamento ou suspensão de benefícios do Invest-ES ou Compete-ES. (Folha Vitória)
Imóveis. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que, mesmo com a pandemia, houve crescimento de 22% no volume de crédito imobiliário liberado no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. (Folha Vitória)
Aquecimento. A venda de veículos novos cresceu 113,6% na passagem de maio para junho. Na comparação com junho do ano passado, houve queda de 40,5%. No acumulado do primeiro semestre, o recuo foi de 38,2% no país. (Gazeta)
Indústria. A produção industrial brasileira cresceu 7% em maio, na comparação com abril, interrompendo dois meses consecutivos de recuo. A alta, no entanto, elimina apenas uma parte da queda de 26,3% acumulada entre março e abril, segundo o IBGE. Os dados regionais serão divulgados na próxima quarta-feira (08). (Gazeta)
Petróleo. Boletim da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que a produção de petróleo no Brasil diminuiu 6,5% em maio, na comparação com abril. Segundo a Agência, 34 campos e 60 instalações marítimas tiveram sua produção temporariamente interrompida por causa da pandemia. (Folha Vitória)
Aeroporto. A Gol voltará a operar, três vezes por semana, um voo direto entre Vitória e Brasília. (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 35 mortes e 1.421 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 1.727 óbitos e 50.242 registros da doença. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com covid-19 subiu para 82,54% no estado. Na região Metropolitana, o indicador está em 85,63%. (ES 360)
Alerta. Preocupadas com as mensagens em redes sociais sobre medicamentos para prevenção e tratamento da covid-19, cinco entidades médicas do Espírito Santo divulgaram uma carta aberta a profissionais de saúde e à população. Segundo o comunicado, é preciso ter cautela com o uso de remédios sem eficácia comprovada. (Folha Vitória)
Operação. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo participou da operação "Falso Negativo" contra fraude na contratação de testes para covid. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em cinco empresas de Vitória, Serra e Cariacica. Ações similares foram realizadas no Distrito Federal e em outros sete estados. (Folha Vitória)
Tremor. Moradores de diversos bairros da Grande Vitória relataram terem ouvido um estrondo e sentido pequenos tremores na tarde de ontem. O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou que as Estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) registraram um tremor de terra de magnitude 1.9 mR em Vitória, no Espírito Santo. (Tribuna Online)
Política
Cortes. O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, tem se reunido com deputados para tratar acerca do corte de R$ 1 milhão no orçamento da Casa. Para se adequar à redução de 4% do duodécimo, Musso estuda revisar contratos, reduzir benefícios de servidores e reduzir a cota parlamentar em até 20%. A exoneração de servidores comissionados não entrou na pauta. (Coluna Plenário, Tribuna)
Judiciário. Com a pior produtividade do país durante a pandemia, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo vem sendo afetado pelo baixo nível de informatização, ponderam especialistas. "De acordo com o CNJ, em 2018, 83,8% dos casos novos ingressaram no Judiciário brasileiro por meio eletrônico. Apenas 33,9% dos casos novos do TJES ingressaram por meio eletrônico. Foi o pior percentual de casos novos distribuídos por processos eletrônicos do Brasil", explicam Ricardo Goretti e Cássio Jorge Tristão Guedes. (Gazeta)
Obras. O Ministério Público entrou com ação para suspender o contrato de construção do Hospital Maternidade Cidade Saúde, em Guarapari. Segundo o MPES, a Prefeitura adquiriu, em 2011, um imóvel de R$ 2,9 milhões para abrigar o hospital. O contrato com o Ministério da Saúde previa, inicialmente, R$ 12,8 milhões em repasses, mas chegou a R$ 23,8 milhões após oito termos aditivos. O Ministério Público apontou riscos na aplicação dos recursos diante das inúmeras falhas do projeto e do contrato. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
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Rafael Porto, editor