Importação de aeronaves ultrapassa os R$ 3 bilhões; ES representou 92% das movimentações
27 de novembro, sexta-feira
Importação. O volume de importação de helicópteros e aviões pelo Espírito Santo superou a marca dos R$ 3 bilhões (US$ 647 milhões) nos dez primeiros meses deste ano. O maior volume foi registrado em maio, com US$ 111 milhões — o equivalente a R$ 543 milhões. O Espírito Santo representou 92,4% do total de aeronaves importadas em todo o Brasil — que somou US$ 700 milhões no ano. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Origem. A maior parte das aeronaves importadas pelo Espírito Santo vem dos Estados Unidos, da Europa e da China. Embora o volume de importação esteja 10% abaixo do mesmo período do ano anterior, o número ainda é superior ao registrado em 2021 (US$ 484 milhões) e em 2020 (US$ 567 milhões).
Vantagens. Para o advogado Rodolpho Pandolfi, da APD Advogados, o Espírito Santo concentra a maior parte das importações de aeronaves por três fatores principais: incentivos fiscais, estrutura alfandegária e posição geográfica.
FOLHA BUSINESS
Saúde. Em um ano desafiador para o mercado de Saúde, o Grupo Athena, dono da Samp e do São Bernardo Saúde, deve fechar o ano com mais vidas atendidas. A operadora antecipou à coluna que estima registrar um crescimento de 5%, atingindo a marca de 400 mil vidas — a maior operação do estado. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Para 2024, a meta é adicionar mais 50 mil vidas à carteira de clientes e reforçar investimentos nos principais polos do Espírito Santo. Neste ano, a Athena Saúde destinou R$ 4 milhões para erguer um Pronto Atendimento em Linhares com capacidade para cinco mil atendimentos mensais. No ano que vem, a região de Cachoeiro de Itapemirim deve receber investimentos.
Sustentabilidade. A receita global de serviços da Findes, que exclui a contribuição compulsória dos sindicatos, deve alcançar a marca de R$ 128,6 milhões — um salto de 57% em relação a 2020, início da atual gestão. No ano que vem, a presidente Cris Samorini quer ultrapassar a marca dos R$ 150 milhões, o que resultaria em um avanço de 83% em relação ao início do mandato. O volume de investimentos da Federação chegará a R$ 590 milhões até 2035. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Café. Questões trabalhistas, colheita mecanizada, mudanças climáticas e avanços tecnológicos. Esses são alguns dos temas que serão discutidos nos dois simpósios programados para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro na Ufes de São Mateus. A organização estima que os eventos atrairão mais de 500 pessoas ligadas ao universo da cafeicultura. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Cacau. Preocupados com a possível chegada da monilíase do cacaueiro nas lavouras nacionais, produtores do Espírito Santo, da Bahia, do Pará e de Rondônia estão unidos contra a doença. Juntos, os estados são responsáveis por 98% da produção nacional de amêndoas de cacau — uma receita de R$ 23 bilhões. Nesta semana, a Associação de Cacauicultores do Espírito Santo vai liderar uma iniciativa educativa sobre os reais impactos da monilíase. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Digital. Depois de um ano operando em testes, o Banestes vai colocar na rua o Bizi, banco 100% digital da estatal. A novidade será disponibilizada aos clientes a partir de janeiro de 2024. A estratégia inicial será ofertar crédito consignado com desconto na folha de pagamento para moradores de outros estados, mirando especialmente as prefeituras do interior de São Paulo. (Gazeta)
BRASIL
Queda. A Black Friday 2023 deste ano deve registrar um resultado mais fraco que a do ano anterior, com queda no faturamento e número menor de pedidos no comércio eletrônico. Relatórios preliminares da Neotrust reportaram um recuo de 14,4% nos ganhos do comércio digital durante a ação neste ano, com um total de R$ 4,9 bilhões em faturamento. (Globo)
A empresa monitora 2,5 mil varejistas e aponta que o número de pedidos totalizou 7,6 milhões, queda de 15,8%. O relatório leva em consideração compras realizadas até as 18h de ontem. (Globo)
As categorias de eletrodomésticos e eletrônicos lideraram as vendas. Já o número de reclamações bateu recorde. (Globo)
O resultado vai na contramão de projeções que apontavam para ganhos na Black Friday deste ano, na comparação com os resultados de 2022. (Globo)
Já um relatório do Itaú BBA aponta que, entre as varejistas, MercadoLivre, Amazon, Shein e Shopee aparecem entre as que mais ganharam tráfego em aplicativos e sites nos primeiros 20 dias de novembro, período pré-Black Friday. (Globo)
A data foi impactada neste ano pela antecipação de compras na quinta-feira, pelas taxas de juros ainda em patamares elevados e pelo alto endividamento das famílias, segundo a NielsenIQ Ebit. (Folha)
Emprego. O Brasil deve registar um recorde histórico de pessoas ocupadas na próxima divulgação da Pnad pelo IBGE, que terá como referência o mês de outubro. A estimativa é que o país tenha 100 milhões de pessoas empregadas. A divulgação está prevista para a próxima quinta-feira. (Globo)
Por outro lado, o IBGE deve apresentar um PIB mais fraco para o terceiro trimestre, com risco de queda de 0,5%, segundo os analistas do mercado. Essa divulgação está prevista para o dia 5 de dezembro. (Globo)
Petrobras. O novo plano de negócios da Petrobras deve gerar 280 mil empregos por ano, segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates. O executivo afirmou ainda que não se sentiu ameaçado no cargo, apesar das pressões de integrantes do governo para sua substituição. (Globo)
Na última semana, a estatal anunciou que pretende investir US$ 102 bilhões entre os anos de 2024 e 2028, uma alta de 31% em relação ao plano de negócios atual, de 2023 a 2027. (Globo)
POLÍTICA
Agenda. O governo federal pode ter uma semana decisiva no Congresso Nacional, com a análise de projetos econômicos de interesse do Ministério da Fazenda. Além disso, as discussões sobre o Orçamento do próximo ano devem evoluir. (Globo)
Nas duas frentes, o governo vai precisar se esforçar na articulação política com os parlamentares. A relação está estremecida após veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de desoneração da folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam. (Globo)
Na esteira das prioridades está o projeto de lei de taxação das offshores, o projeto que regulamenta as apostas esportivas e a medida provisória da subvenção do ICMS. (Globo)
Ainda no Congresso, mais precisamente na Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira, está montando uma “força-tarefa” para destravar a chamada “agenda verde” antes da COP28, que ocorre de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. (Estadão)
Lira e o governo querem apresentar resultados concretos na conferência climática para atrair recursos estrangeiros ao País. O foco está em propostas como o mercado de carbono e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), uma alternativa de financiamento de projetos sustentáveis, sem subsídios e incentivos fiscais. (Estadão)
Desoneração. Lideranças partidárias da Câmara dos Deputados não descartam votar na semana que vem o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento de 17 setores. A estratégia para a derrubada vem sendo articulada desde a publicação do veto. (Estadão)
Deputados têm reclamado do descumprimento de acordos por parte do governo federal. Antes de Lula vetar a desoneração, já havia impasse sobre vetos aos projetos do arcabouço fiscal e do retorno do “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). (Estadão)
Na justificativa do veto, o Palácio do Planalto afirmou que o projeto cria renúncia de receita sem apresentar impacto orçamentário e sem indicar as medidas de compensação, o que iria na contramão da Lei de Responsabilidade Fiscal. (Estadão)
Caso o veto seja derrubado, a desoneração da folha para 17 setores pode ter um impacto de quase R$ 19 bilhões nas contas do governo federal. (Folha)
Empresas dos setores beneficiados avaliam que terão de fazer demissões e congelar investimentos, caso o veto não seja derrubado no Congresso. (Globo)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vai apresentar a Lula medidas alternativas ao fim da desoneração da folha de pagamento, assim que retornar da COP28. (Globo)
Internacional. Depois do tom crítico na campanha eleitoral, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, disse desejar que seu tempo em comum com Lula "seja uma etapa de trabalho frutífero e construção de laços" entre os dois países. (Valor)
A futura chanceler de Milei, Diana Mondino, entregou ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, uma carta com um convite para que Lula compareça à posse em Buenos Aires, no dia 10 de dezembro. (Valor)
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Rafael Porto, editor