Dobrou. A importação de carros elétricos pelos portos capixabas cresceu 119% nos primeiros sete meses deste ano. O montante chegou a US$ 723 milhões, mais que o dobro dos US$ 329 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Os dados são do Sindiex. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Montadoras. O crescimento foi impulsionado pelo aquecimento do mercado nacional, com destaque para as montadoras chinesas GWM e BYD. Segundo o Grupo Águia Branca, que representa a BYD no Espírito Santo, em Goiás e Minas Gerais, a meta é importar 15 mil veículos pelo Porto de Vitória neste ano. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
No ano que vem, o volume de importação de veículos da China deve quadruplicar, projeta o CEO da Divisão Comércio do Grupo Águia Branca, Marcelo Tinti. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
A China, aliás, assumiu a liderança do mercado de carros híbridos e elétricos. Em 2022, o maior volume de automóveis importados pelo Espírito Santo ainda vinha da Alemanha. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
A projeção otimista tem relação direta com o desempenho das vendas. Atualmente, o resultado está 10% acima do orçado para o ano, o que acelerou o processo de expansão do Grupo. Até o ano que vem, serão 30 pontos de venda somente para as marcas BYD e New Holland — focada em máquinas agrícolas. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Recorde. A capixaba Le Card, administradora de cartões de benefícios com atuação em todo o país, ultrapassou a marca de um milhão de clientes. A empresa firmou, em setembro, o maior contrato de sua história com o governo da Bahia, incorporando 370 mil novos usuários à plataforma. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Expansão. Com presença consolidada no setor público — que hoje representa 85% dos clientes — a Le Card pretende expandir também o número de contratos privados. A meta é alcançar uma movimentação financeira de R$ 1 bilhão ainda neste ano. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Inovação. A startup capixaba Kuke, criadora de um serviço de assinatura gastronômica com delivery de receitas, fechou contrato com a Nestlé. A multinacional passará a comercializar os ingredientes das receitas do seu site de conteúdo culinário, o Receitas Nestlé, a partir da tecnologia desenvolvida pela startup capixaba. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Em tempo: a Kuke foi uma das selecionadas pelo Funses e recebeu aporte de R$ 450 mil, além de passar pelo processo de aceleração com a ACE Ventures. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Falando em startup, duas empresas capixabas, a Mocelin Engenharia e a Soma Urbanismo, vão investir R$ 3,5 milhões na startup Archa. A empresa, que mudou recentemente sua sede para o Espírito Santo, é uma das maiores plataformas de serviços de arquitetura e design de interiores, com mais de 87 mil profissionais e quase R$ 1 bilhão em produtos cadastrados. (Gazeta)
Nobre. Sétimo maior produtor de alho do Brasil, o Espírito Santo quer investir em alhos nobres para agregar valor à agricultura capixaba. O projeto, coordenado pelo Incaper, está introduzindo novas variedades em solo capixaba, todas livres de vírus e pragas. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Clima. As mudanças abruptas de condições climáticas e os ventos trazidos pelas frentes frias que atingiram o Espírito Santo podem afetar a próxima safra de café. Em algumas plantações, as ventanias de 60 quilômetros por hora causaram o desfolhamento de plantações. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Sucessão. O Ibef-ES está promovendo uma formação sobre sucessão familiar para lideranças do agronegócio. O Ibef Agro será realizado no próximo dia 09 e trará especialistas de todo o país para debater o tema. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Internacionalização. A Sorvetes Lamoia, proprietária da marca Luigi, vai triplicar o tamanho da fábrica localizada em Piúma e abrir uma unidade em Rovereto, na Itália. O foco é ampliar a produção do Natuzon, açaí orgânico que já possui certificação para venda nos Estados Unidos e na Europa. A linha Real Gelato também será produzida e comercializada em solo italiano. (Gazeta)
Meio ambiente. O Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, lançou o programa Terra Doce no último sábado. O objetivo é recuperar 4,2 mil nascentes de água na região entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O projeto receberá aporte de R$ 70 milhões e prevê o plantio de dois milhões de árvores em cinco anos. (Globo Rural)
Exploração. O Noroeste do Espírito Santo entrou no radar de grandes empresas interessadas na exploração mineral. Sete jazidas de lítio, utilizado na fabricação de baterias, foram descobertas em Minas Gerais e pelo menos quatro delas se estendem até o território capixaba, em Barra de São Francisco. (Tribuna)
BRASIL
Combustível. O diesel ficou mais caro desde ontem, em mais uma etapa da reoneração do PIS/Cofins. No mês passado, os impostos federais, que estavam zerados desde 2022, foram elevados em R$ 0,11 por litro. Agora, serão acrescidos R$ 0,02 por litro ao preço das refinarias, que é de R$ 3,80. (Globo)
A última fase da reoneração está prevista para janeiro de 2024, quando o diesel terá alta de R$ 0,22 por litro. Assim, a incidência do PIS/Cofins voltará a ser integral, de R$ 0,35 por litro. Os impostos federais sobre a gasolina já foram totalmente restabelecidos em junho. (Globo)
Exploração. O Ibama concedeu a primeira licença ambiental para a Petrobras buscar petróleo em dois blocos da chamada Margem Equatorial brasileira. Os pontos estão localizados na Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte, onde a empresa já atua. (Estadão)
A estatal tem planos de avançar sobre a Margem Equatorial para renovar reservas. Em maio, o Ibama negou licença para exploração da foz do Amazonas. A estatal recorreu do veto. (Estadão)
Aliás, a companhia informou que vai iniciar já neste mês a perfuração dos poços. (Folha)
O Ministério de Minas e Energia afirmou que “as reservas estimadas de dois bilhões de barris de óleo têm enorme potencial para desenvolver as regiões Norte e Nordeste”. (Estadão)
Desemprego. A taxa de desemprego do país recuou para 7,8% no trimestre até agosto, segundo o IBGE. Essa é a menor taxa de desocupação para o período desde 2014, quando estava em 7%. (Folha)
A população desempregada, por sua vez, recuou para 8,4 milhões até agosto. O valor representa uma queda de 5,9% em relação ao trimestre anterior. (Folha)
O número de empregados com carteira também é o maior em oito anos. (Globo)
Além disso, a soma dos salários também bateu recorde, com mais brasileiros inseridos no mercado de trabalho a partir de vagas formais e informais. A massa salarial alcançou R$ 288,9 bilhões no trimestre encerrado em agosto. (Globo)
Turismo. O Brasil voltou ao mapa do turismo internacional. De janeiro a agosto, os turistas estrangeiros geraram US$ 4,45 bilhões para o país, quase 7,5% a mais que o mesmo período de 2019. (Globo)
Só em agosto, foram US$ 657 milhões, o melhor resultado para o mês em 28 anos — início da série do Banco Central. Fica acima, inclusive, do registrado em agosto de 2016, quando foi realizada a Olimpíada do Rio. No acumulado do ano, o crescimento sobre 2022 se aproxima dos 40%. (Globo)
POLÍTICA
Orçamento. O governo do Estado apresentou os detalhes do Orçamento para 2024 na última sexta-feira. Os valores ficaram em R$ 24,930 bilhões, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O montante representa um salto de 10,8% em relação ao orçamento deste ano, de R$ 22,507 bilhões. (Folha Vitória)
Destaque. As áreas de Saúde (R$ 3,82 bilhões), Educação (R$ 3,21 bi), Segurança (R$ 2,81 bi) e Infraestrutura (R$ 2,08 bi) levaram a maior fatia do Orçamento. Entre os investimentos, um dos mais expressivos é a obra do Cais das Artes, que demandará R$ 163 milhões e ficará pronto até dezembro de 2025. (Coluna De Olho no Poder, por Fabiana Tostes, Folha Business)
O relator do PLOA na Assembleia Legislativa será o deputado Tyago Hoffmann, que também preside a Comissão de Finanças da Casa. A votação precisa ser concluída até o final do ano. (Coluna De Olho no Poder, por Fabiana Tostes, Folha Business)
Além do Orçamento, a Assembleia vai votar já na próxima semana o Plano Plurianual, modelo de planejamento e gestão que vai até 2027. Os parlamentares apresentaram 65 emendas ao texto original. (Tribuna)
E por falar na Assembleia, cada deputado poderá destinar emendas de R$ 1,5 milhão no Orçamento do ano que vem. O valor repete a verba disponibilizada para os parlamentares desde 2022. (Gazeta)
Assessora. A juíza capixaba Trícia Navarro Xavier Cabral assumiu a função de juíza auxiliar no gabinete da Presidência do STF. Professora da Ufes desde 2019, a magistrada já atuou como auxiliar na Presidência do Conselho Nacional de Justiça. (Gazeta)
Impacto. A implementação da Reforma Tributária deve custar R$ 179 bilhões aos cofres públicos do país até o fim da década, segundo cálculos do Banco Mundial. A maior fatia ficará com a União. A conta leva em consideração o quanto o governo federal está injetando na reforma tributária em recursos próprios, a preços de hoje. (Estadão)
Somente na atual gestão, a previsão de gastos com a reforma alcança R$ 29 bilhões. Os recursos federais começam a ser injetados em 2025, quando começa a extinção progressiva do ICMS, a ser concluída em 2032. (Estadão)
Regulamentação. A Receita Federal regulamentou uma nova regra para cálculo de tributos sobre exportações e importações entre empresas de um mesmo grupo multinacional. O objetivo é diminuir casos de sonegação de impostos no Brasil. O Ministério da Fazenda também espera elevar a expectativa de arrecadação com o método. (Globo)
Para medir o montante de recursos a ser tributado, o governo passará a fazer uma série de comparações de preços e margens de lucros entre empresas. O novo método passa a valer a partir de janeiro de 2024. (Globo)
Piso. O governo federal enviou ao TCU uma consulta sobre a possibilidade de não aplicar os mínimos constitucionais de Saúde e Educação em 2023. O intuito é evitar a necessidade de injetar até R$ 20 bilhões adicionais nessas áreas, sob o risco de um apagão nos demais ministérios. (Folha)
Na consulta, o governo alerta que forçar a necessidade de cumprir o mínimo constitucional já em 2023 poderia levar a uma "utilização improvisada" de recursos públicos, sem o devido planejamento. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor