Importações crescem 50% nos portos capixabas; Municípios do ES vão perder R$ 63 milhões por queda populacional
Resumo dos jornais desta sexta-feira (06)
Crescimento. Após dois anos de incertezas econômicas geradas pela pandemia, o volume de importações voltou a crescer no Espírito Santo. Entre janeiro e novembro de 2022, houve alta de 50,4% na entrada de mercadorias pelos portos capixabas, totalizando US$ 8,78 bilhões. Na avaliação do Sindiex, o indicador aponta o aquecimento do mercado interno. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Expectativa. O volume de exportações não teve o mesmo desempenho: de janeiro a novembro, foi registrado um recuo de 4,73% no Espírito Santo. Apesar do resultado, o presidente do Sindiex, Sidemar Acosta, espera um 2023 de alta nas exportações. Os motivos do otimismo estão na operação de novas indústrias e os investimentos previstos em logística portuária. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Outro fator importante para o bom desempenho das importações foi a prorrogação dos incentivos fiscais do setor atacadista até 2032. A medida também beneficia indústrias, concessionárias e distribuidoras de veículos, movimentando produtos de alto valor agregado. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Perdas. A redução populacional do Espírito Santo, apontada pela prévia do Censo 2022, vai afetar o caixa de 20 municípios capixabas. O impacto deve chegar a R$ 63,5 milhões, considerando o repasse de Fundo de Participação dos Municípios (FPM) previsto pelo Tesouro Nacional. (Folha Vitória)
Os municípios afetados são: Alegre, Alfredo Chaves, Aracruz, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Conceição da Barra, Ecoporanga, Guaçuí, Iconha, Irupi, Jaguaré, João Neiva, Mantenópolis, Nova Venécia, Pedro Canário, Pinheiros, São Gabriel da Palha, São Mateus e Sooretama. (Folha Vitória)
Apenas seis cidades capixabas devem ganhar uma fatia maior de repasse. (Folha Vitória)
Em todo país, 702 municípios estão na mesma situação. Em 2023, o FPM vai dividir R$ 188 bilhões entre as cidades brasileiras. A primeira parcela será paga no dia 10 de janeiro. (Folha Vitória)
Folha Business
Agro. A produção brasileira de aves deve alcançar a marca de 14,7 milhões de toneladas em 2023, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior. As exportações devem somar 5,2 milhões de toneladas. A produção de carne suína também tem boas perspectivas, chegando a 5,1 milhões de toneladas. As projeções são da Associação Brasileira de Proteína Animal. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Emprego. A chegada de uma unidade da Assaí Atacadista deve criar 800 postos de trabalho no Espírito Santo. Trezentos serão abertos durante as obras e 500 na operação do negócio. O galpão está sendo construído na BR-101, na Serra, na região de Valparaíso. O valor do investimento não foi informado. (Gazeta)
Reajuste. As tarifas de ônibus intermunicipais sofreram um aumento de 5,9% no Espírito Santo. O novo valor passou a valer no último dia 1º. (Folha Vitória)
Recorde. A caderneta de poupança teve o pior resultado da história em 2022. A retirada líquida foi de R$ 103,237 bilhões no ano passado. O valor é quase o dobro do saque registrado em todo ano de 2015 — até então, o pior da série histórica iniciada em 1995. (Folha Vitória)
Em 2022, foram colocados na poupança R$ 3,632 trilhões, enquanto R$3,735 trilhões foram retirados. Considerando o rendimento de R$ 71,582 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 998,943 bilhões no fim do ano, contra 1,031 trilhão no ano anterior. (Folha Vitória)
Bolsa. O Ibovespa subiu mais uma vez. A alta de 2,19% fechou a sessão aos 107.641 pontos. (Globo)
O dólar caiu 1,84% negociado a R$ 5,35. Foi a primeira queda do ano. (Globo)
Por falar em queda, a produção industrial do país recuou somente 0,1% em novembro, segundo o IBGE. Em relação a novembro de 2021, a produção subiu 0,9%. No acumulado do ano, a indústria acumula recuo de 0,6%. (Folha Vitória)
O mau resultado foi registrado em 11 dos 26 setores industriais pesquisados, em especial, a indústria extrativa (-1,5%) e os equipamentos de informática (-6,5%). (Folha Vitória)
Política
Posse. Ao assumir como ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet apontou esforços concentrados ao lado dos ministérios da Fazenda e da Gestão para garantir segurança jurídica, segurança socioambiental e previsibilidade econômica. Segundo ela, isso atrairá mais investimentos, mais emprego e renda, mais crescimento. (Folha Vitória)
Além disso, ela revelou que o Planejamento terá uma Secretaria de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas. (Folha Vitória)
Em tempo: durante a posse, a nova ministra do Planejamento frisou que há divergências entre o seu pensamento econômico e o do PT. Ela contou que ressaltou isso ao presidente Lula quando foi convidada para assumir a pasta, mas foi convencida a aceitar. (Globo)
Carf. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolheu o auditor fiscal da Receita Federal, Carlos Higino Ribeiro de Alencar, para presidir o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância para recorrer de processos contra o Fisco antes de levar o caso à Justiça. (Folha Vitória)
Por falar em Haddad, o ministro negou a existência de proposta de moeda única no Mercosul. De acordo com ele, a proposta seria uma espécie de evolução do atual Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), operado pelo Banco Central. (Folha Vitória)
Procura. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, iniciou conversas com agentes do mercado financeiro em busca de um novo nome para o cargo de diretor de política monetária. O mandato do atual titular, Bruno Serra Fernandes, termina em 28 de fevereiro. (Folha)
Um dos nomes ventilados é o do economista Sandro Mazerino Sobral, head de mercados e trading do Santander Brasil. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma