Incêndios em terras da Suzano crescem 25%; Corpo de Bombeiros aponta ação humana
11 de dezembro, segunda-feira
Prejuízo. A Suzano registrou um aumento de 25% no volume de incêndios nas plantações localizadas no Espírito Santo. De janeiro a novembro deste ano, foram 2.144 focos contra 1.713 casos no mesmo período do ano anterior. Na avaliação do Corpo de Bombeiros, quase todos foram provocados por ação humana. (Gazeta)
Crimes. Nos últimos anos, a empresa vem enfrentando problemas recorrentes de invasões em suas terras, acompanhadas de desmatamento ilegal e incêndios criminosos. A região de São Mateus e Conceição da Barra concentra o maior número de registros.
Nas últimas semanas, a Suzano enfrentou, em média, 30 incêndios por dia. A empresa precisou deslocar funcionários e equipamentos do Maranhão para ajudar no combate ao fogo — iniciado pela ação humana, mas agravado pelo calor e pelos ventos fortes.
Desproporção. A Suzano tem 300 mil hectares no Espírito Santo, o que representa 10% de toda a área que a empresa possui no país. Os incêndios em terras capixabas, no entanto, já respondem por 40% dos registros da empresa no Brasil.
FOLHA BUSINESS
Café. As exportações de café pelo Espírito Santo devem chegar à marca de 4,8 milhões de sacas em 2023, segundo o Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV). Esse número corresponde a um aumento de 109% na comparação com os embarques registrados em 2022. A projeção revela que serão enviadas 3,7 milhões de sacas de conilon, 670 mil sacas de arábica e 450 mil sacas de solúvel, gerando um faturamento de mais de US$ 770 milhões. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Inovação. A MV Gestão Integrada foi a única startup capixaba premiada no programa da Aceleradora de Negócios Florestais, realizado em São Paulo. Das 122 startups inscritas no processo, apenas quatro receberam aportes de R$ 50 mil cada. Especializada em pagamento por serviços ambientais, a MV é avaliada em R$ 5,3 milhões e deve encerrar o ano com faturamento de R$ 1 milhão. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Aporte. A startup capixaba Mapa, focada em human data science, recebeu um aporte de uma empresa local e planeja chegar a R$ 120 milhões de faturamento nos próximos três anos. Com 12 anos de atuação no mercado e mais de 900 mil avaliações realizadas, o trabalho da Mapa serve de apoio aos setores de recursos humanos durante as tarefas de recrutamento e seleção. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Vestuário. A empresa paulista Dorcas, conhecida por confeccionar peças para as marcas NXO Jeans e Santa Vita, vai inaugurar uma nova fábrica em Colatina. Com forte atuação em São Paulo, na região do Brás, a empresa já está em etapa de transferência de equipamentos e contratação de mão de obra local para a nova unidade, projetada para produzir 600 mil peças por ano. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Calçados. A Pimpolho vai aumentar em 22% a capacidade de armazenagem e expedição do centro de distribuição da Serra. Com sete mil metros quadrados de área logística, o espaço poderá movimentar mais de nove mil posições pallets e expedir até 45 mil volumes por mês. (Gazeta)
Perda. Morreu no último sábado, aos 90 anos, o empresário Waldemar Borges da Silva. Referência para o agronegócio capixaba, Borges foi o primeiro presidente do Sindicato Rural de Linhares e presidiu também a Federação da Agricultura do Espírito Santo entre 1987 e 1988. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
Juros. A semana começa com expectativas quanto à reunião do Copom do Banco Central, que deve resultar no quarto corte seguido na taxa Selic. (Globo)
O mercado projeta uma queda de 0,5 ponto percentual. Caso se confirme, a taxa básica de juros vai de 12,25% para 11,75% ao ano, o menor patamar desde março de 2022, quando também estava em 11,75%. (Globo)
Movimentação. O pagamento da segunda parcela do 13º salário deve injetar R$ 106,29 bilhões na economia brasileira, segundo estudo da CNC. Ao todo, serão pagos R$ 267,6 bilhões. (Estadão)
O montante é 6,2% maior que os R$ 251,9 bilhões pagos ao longo do ano passado, já descontada a inflação. A primeira parcela do benefício foi paga aos 89,8 milhões de beneficiários até 20 de novembro. (Estadão)
O valor médio do benefício equivale a R$ 2.980, revelando, portanto, avanço real em relação aos R$ 2.882 pagos em 2022. (Estadão)
Retirada. A caderneta de poupança teve o quinto resultado negativo seguido em novembro, segundo o Banco Central. O resultado reflete o cenário de juros ainda elevados. (Folha)
No mês, as saídas líquidas foram de R$ 3,30 bilhões. A caderneta de poupança havia registrado rombo de R$ 7,42 bilhões em novembro do ano passado. (Folha)
Em tempo: a maioria dos brasileiros não têm guardado nenhum dinheiro como reserva para emergências ou em caso de perda de renda do trabalho. Além disso, quase metade da população com 16 anos ou mais também não contribui para a Previdência. Os dados constam em uma pesquisa nacional realizada pelo Datafolha. (Folha)
Desceu. O litro do diesel está mais barato para as distribuidoras desde sexta-feira. A Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,27. Com a medida, o litro do combustível nas refinarias da petroleira passa a custar R$ 3,78. (Estadão)
Apesar da redução de 6,6%, a Petrobras segue vendendo o combustível, na média, R$ 0,05 por litro acima do Preço de Paridade de Importação (PPI), segundo o Observatório Social do Petróleo. Esse padrão de precificação foi abandonado pela Petrobras ainda em maio. (Estadão)
O preço da gasolina caiu nos postos nesta semana, de acordo com levantamento da ANP. O valor médio passou de R$ 5,63 para R$ 5,62. (Globo)
POLÍTICA
Arrecadação. O governo estadual arrecadou R$ 16,1 bilhões com ICMS entre janeiro e novembro deste ano. O montante ficou acima dos R$ 15,3 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O crescimento foi puxado pela recomposição da base de cálculo do imposto sobre energia, combustíveis e comunicações. (Tribuna)
Contraste. Se o ICMS deve ultrapassar a marca de R$ 16,8 bilhões até o fim do ano, os royalties do petróleo estão em queda. Até novembro, o Espírito Santo recolheu R$ 1,2 bilhão, abaixo do R$ 1,8 bilhão no mesmo período do ano anterior. Técnicos do governo apontam que a baixa produção e a queda nos preços do barril influenciaram o resultado. (Tribuna)
Prazo. O governo federal tem uma semana decisiva no Congresso Nacional, a poucos dias do recesso parlamentar, que começa no próximo 22 de dezembro. (Globo)
Na corrida contra o tempo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem intensificado as articulações para aprovar medidas que podem render até R$ 47 bilhões em receita. O montante ajudaria a alcançar o objetivo de zerar o déficit público em 2024. (Globo)
As prioridades são: a MP que altera as regras de subvenção do ICMS; a de taxação de recursos em offshores e fundos exclusivos; a que corta benefícios tributários do JCP; e a que regulamenta as apostas esportivas. (Folha)
Além do pacote de medidas fiscais, o governo ainda tenta aprovar neste ano a Reforma Tributária e as propostas ligadas ao Orçamento de 2024. (Folha)
Sobre a LDO, o relator da proposta, deputado Danilo Forte incluiu no seu relatório um dispositivo que determina que os recursos destinados ao Sistema S deverão integrar o orçamento da União. (Estadão)
Atualmente, o dinheiro é arrecadado pela Receita e transferido como recurso de natureza privada a terceiros, o que não exige uma dotação orçamentária. O trecho incluído pelo relator, no entanto, altera essa sistemática. (Estadão)
A divulgação do parecer gerou reação das entidades, que temem ficar sujeitas a bloqueios e contingenciamentos de recursos. Elas argumentam que as verbas não são receitas públicas, e sua inclusão no Orçamento seria inconstitucional. (Folha)
Por falar em bloqueios, Forte atendeu às demandas do governo e do Congresso Nacional e abriu caminho para um contingenciamento menor de despesas no próximo ano, quando serão realizadas eleições municipais. (Estadão)
Rotativo. Quatro bancos se juntaram para desenhar uma proposta de regra para autorregulação que limite o juro do rotativo e apresentá-la ao ministro Fernando Haddad. São eles: Bradesco, Itaú, Nubank e Santander. (Folha)
Essas instituições querem limitar em 100% o valor de juros para todos os financiamentos do cartão de crédito. Em outubro, essa taxa ficou em 431,6% ao ano. (Folha)
Reunião. Começa hoje a agenda de trabalho do Brasil à frente da presidência do G20. Os primeiros encontros serão no Palácio do Itamaraty, em Brasília. (Globo)
Tenha um bom dia e uma ótima semana!
Rafael Porto, editor