Indústria capixaba tem melhor resultado desde 2014; Entrega do Contorno do Mestre Álvaro é novamente adiada
Resumo dos jornais desta quinta-feira (10)
Recuperação. A indústria capixaba cresceu acima da média nacional em 2021. Segundo o IBGE, a produção industrial aumentou 4,9% no Espírito Santo em relação ao ano anterior, enquanto o país avançou 3,9%. Foi o primeiro saldo positivo na indústria capixaba desde 2017 (1,7%) e a melhor performance desde 2014 (5,6%). (Folha Vitória)
Influência. A diferença de desempenho entre Espírito Santo e Brasil ocorre por conta das commodities da indústria de transformação. "A produção de aço, celulose e rochas ornamentais torna a dinâmica industrial mais atrelada ao comportamento do mercado externo. Em 2021, o cenário externo foi atrativo para as exportações desses produtos", avalia Marília Silva, economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Ideies. (Folha Vitória)
Crescimento. Em 2021, houve crescimento em todas as atividades que compõem a indústria da transformação: metalurgia (24,1%); produtos de minerais não-metálicos (17,2%); celulose, papel e produtos de papel (13,8%); e produtos alimentícios (5,6%). (A Gazeta)
Por outro lado, a retração da indústria extrativa exerceu uma espécie de freio sobre a indústria geral no Estado ao longo de 2021, caindo 11,5%. (A Gazeta)
Infraestrutura. A entrega das obras do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra, foi adiada para agosto de 2023. É a terceira mudança no prazo de entrega das obras, iniciadas em 2019. A Prefeitura da Serra culpa o governo federal pelo atraso no repasse dos recursos. (Folha Vitória)
Verba. Neste ano, estão previstos R$ 150 milhões para a obra, dos quais R$ 32 milhões virão da União e outros R$ 40 milhões de emendas impositivas da bancada capixaba. Em 2023, serão necessários mais R$ 90 milhões para a conclusão do trecho. (Folha Vitória)
Investimento. A empresa mineira VDM Comercial Têxtil, especializada na fabricação de tecidos, anunciou a instalação de uma indústria de transformação têxtil, fiação, tecelagem e acabamentos em tecidos no município de Apiacá. O investimento é de R$ 62,6 milhões e deve gerar 235 empregos diretos no Estado. A empresa aderiu ao Invest-ES e a estimativa é que as obras sejam iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano. (Folha Vitória)
Folha Business
Imóveis. Em municípios litorâneos, casas e apartamentos localizados em terrenos de marinha estão em regime de ocupação, o que significa que, na prática, a União ainda é detentora do imóvel. Segundo Daniel Aoni, sócio da Aoni Imóveis, o ideal é transferir esses bens para o regime de aforamento, no qual os moradores passam a ter domínio sobre o terreno de marinha. A mudança valoriza os imóveis e aumenta o número de potenciais compradores. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Agro. No início de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o marco legal da geração distribuída, que facilita a geração por meio de fontes renováveis, incluindo a energia solar. A medida promove maior flexibilidade para propriedades com placas fotovoltaicas instaladas e amplia a segurança jurídica para os participantes do mercado. Nos últimos dois anos, o crescimento da energia solar foi de 316%. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Paralisação. O navio-plataforma Cidade de Anchieta, que opera no Campo de Jubarte, no Sul do Estado, paralisou as operações devido a um vazamento de óleo. As atividades foram suspensas no dia 22 de janeiro. A unidade fica localizada a cerca de 80 quilômetros da costa e é uma das principais em operação no Estado. (A Gazeta)
Depois do problema, a ANP divulgou uma resolução considerando que há incertezas em relação à segurança operacional do Cidade de Anchieta e abriu um procedimento para investigar as causas do acidente. Além disso, revogou a aprovação da Documentação de Segurança Operacional (DSO) relativa à instalação marítima. (A Gazeta)
Resultados. A Suzano registrou lucro líquido de R$ 2,313 bilhões no quarto trimestre de 2021, representando uma queda de 61% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano, a companhia conseguiu reverter o prejuízo de R$ 10,715 bilhões registrado em 2020 em um lucro de R$ 8,636 bilhões. Em todo o ano de 2021, a receita líquida da empresa atingiu R$ 40,965 bilhões, avanço de 34% na comparação com o ano anterior (R$ 30,460 bilhões). (Folha Vitória)
Inflação. A inflação na Grande Vitória superou a média nacional em janeiro, chegando a 11,65% em 12 meses, segundo o IBGE. No país, a variação acumulada do IPCA no período foi de 10,38%. (Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 34 mortes e 10.239 novos casos de covid-19 em 24 horas. Com a atualização, o estado totaliza 13.760 óbitos e 957.092 casos confirmados. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para covid-19 está em 82,59% no Espírito Santo. (Painel Covid-19)
Mortalidade. Após quase dois anos de pandemia, a média de óbitos por covid-19 no Brasil é quatro vezes maior que a média mundial. O cálculo, feito pela Fiocruz, considera o número de mortes por grupos de um milhão de habitantes. Com isso, o país teve 6,7% dos registros da doença no planeta, mas concentrou 11% das mortes. (Folha Vitória)
Política
Privatização. O presidente Jair Bolsonaro formalizou ontem a privatização do Parque Nacional do Caparaó, localizado entre o Espírito Santo e Minas Gerais. No documento, outros quatro parques nacionais também foram incluídos na lista de concessões à iniciativa privada. (A Gazeta)
Administração. Atualmente, o Parque Nacional do Caparaó é administrado pelo Instituto Chico Mendes, autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. A inclusão do Caparaó na lista de parques que passarão para a gestão privada faz parte do Programa Nacional de Desestatização. (A Gazeta)
Agrotóxico. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que flexibiliza a entrada de novos agrotóxicos no País. Após forte resistência da oposição, o texto base foi submetido à votação pelo plenário da Casa e acabou aprovado por 301 votos a favor e 150 votos contrários. Agora, o texto segue para discussão e votação no Senado. (Folha Vitória)
Obras. O Senado aprovou uma PEC que obriga o governo federal a destinar pelo menos 70% dos recursos obtidos com outorgas de obras e serviços de infraestrutura em investimentos no próprio setor. A estimativa é que, na prática, o projeto traga R$ 7 bilhões por ano para a infraestrutura. (Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma