DESTAQUE DO DIA
Inovação. Sete grandes empresas de Colatina estão buscando soluções inovadoras para desafios de gestão, atendimento, redução de desperdícios, entre outros. Foi lançada ontem a segunda edição do Inovalab Colatina, parceria entre o Findeslab, a Prefeitura, a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) e as empresas da região. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Como funciona. O programa listou oito desafios para startups do Espírito Santo e do país. As vencedoras receberão um investimento de R$ 40 mil e terão o acompanhamento do Findeslab durante toda a implementação da solução. Na primeira edição, 132 startups de oito estados se inscreveram.
Participantes. Nesta edição, sete empresas e instituições apoiam o projeto e apresentaram seus desafios: Laboratórios Bagó, Frisa, Prefeitura de Colatina, Viação Pretti, Unimarka, Unimed Noroeste Capixaba e Santa Maria Luz e Força.
Desafios. A Viação Pretti empresa busca melhorar a taxa de ocupação das linhas e aumentar a antecipação de compra. A companhia de energia Luz e Força Santa Maria quer implementar um sistema de gestão em tempo real de indicadores. A Prefeitura deseja melhorar o acompanhamento visual das obras. A coluna de hoje traz a lista completa dos desafios.
Prazo. As startups pré-selecionadas serão divulgadas no dia 05 de março; o resultado final, em 28 de março.
FOLHA BUSINESS
Café. O campeão do leilão de lotes de cafés especiais produzidos nas montanhas do Espírito Santo é de Marechal Floriano. Com 88 pontos, os grãos produzidos pelo cafeicultor Edmar Busato foram arrematados por R$ 8.100. Busato, do sítio Santa Maria, foi bicampeão do evento, tento também vencido o concurso de 2022. Todos os finalistas do leilão receberão o selo de indicação geográfica do INPI. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Por falar em café, a Conab projeta um crescimento de 15,4% para a safra deste ano. O investimento em adubação e a boa floração, induzida pelas chuvas acima da média entre julho e agosto do ano passado, são os principais fatores que contribuem para o aumento. (Infomoney)
PPP. Depois do leilão para a estação de água de reúso realizado nesta semana, a Cesan planeja novas Parcerias Público-Privadas neste ano. A expectativa é arrecadar R$ 8 bilhões com leilões para tratamento de esgoto, novas estações de água de reúso e de dessalinização. O maior dos leilões, previsto para o segundo semestre, será para definir a empresa responsável pela coleta e tratamento de esgoto em 43 municípios capixabas. (Gazeta)
Tributação. As mudanças na cobrança de impostos federais sobre incentivos fiscais estaduais podem afetar a competitividade do Espírito Santo para atração de investimentos. Estudo elaborado pela PP&C Auditores Independentes apontou que empresas optantes pelo Lucro Real podem "perder" até 43,25% do benefício com a nova regra — proposta via media provisória e validada pelo Congresso. (Gazeta)
BRASIL
Socorro. O governo federal prepara um conjunto de medidas para ajudar companhias aéreas, que amargam prejuízos e acumulam dívidas desde a pandemia de Covid-19. (Globo)
O pacote em negociação com as empresas inclui o abatimento de dívidas regulatórias — como tarifas aeroportuárias —, renegociação de débitos tributários e uma linha de crédito via BNDES. (Globo)
A previsão é a de que as primeiras medidas sejam encaminhadas por integrantes do governo nas próximas semanas. (Globo)
Na Bolsa de Valores, as companhias Gol e Azul já perderam R$ 2,1 bilhões em valor de mercado. (Globo)
Projeção. A Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, projeta que o PIB brasileiro fechou 2023 com crescimento próximo de 3%. Entretanto, neste ano, deve registrar um avanço de apenas 1,2%. (InfoMoney)
O resultado do último ano, segundo relatório da instituição, está ligado à expressiva expansão do agronegócio e ao aumento da renda. Neste ano, esses fatores devem exercer menos impacto, mas a redução das taxas de juros pode contribuir para sustentar o consumo e impulsionar os investimentos. (InfoMoney)
Além disso, a IFI apontou que o déficit primário de 2023 deve ser de R$ 134 bilhões desconsiderando efeitos atípicos, equivalente a 1,2% do PIB. A meta fiscal ajustada para 2023 admitia um rombo primário de até R$ 213,6 bilhões nas contas do Governo Central. (Estadão)
Alerta. O relatório da IFI aponta que o novo arcabouço fiscal pode ser incapaz de estabilizar a dívida do país, caso o crescimento econômico não continue surpreendendo. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa registrou mais um dia de queda, de 0,94%, fechando a sessão aos 127.315 mil pontos. Dessa vez, indo na contramão do exterior. (InfoMoney)
O cenário em Brasília impactou a Bolsa, com as discussões em torno da medida provisória da reoneração, além do relatório do TCU sobre o Orçamento de 2024 e a meta do déficit zero. (InfoMoney)
O dólar ficou praticamente estável, com alta de 0,02%, cotado a R$ 4,930. (InfoMoney)
Em tempo: a B3 planeja implementar no final do ano, entre o terceiro e o quarto trimestres, o horário estendido para a negociação do contrato futuro do Ibovespa. Nos planos, também está a extensão para um contrato futuro de bitcoin, caso a CVM aprove. (InfoMoney)
Petróleo. Com a queda nos estoques norte-americano e as tensões no Oriente Médio, o petróleo fechou o dia em alta. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para igual março subiu 1,56% (US$ 1,22), a US$ 79,10 o barril. (InfoMoney)
Minério. O mercado está pessimista quanto ao futuro do minério de ferro. A projeção é de continuidade da queda dos preços da commodity nos próximos meses. (InfoMoney)
No ano, a queda acumulada do minério de ferro é de mais de 10%. A commodity esboçou recuperação, com avanço de 2,48% na Bolsa de Cingapura, a US$ 128,9 a tonelada no contrato para fevereiro, e 0,8% no contrato para maio na Bolsa de Dalian, da China. Mas o movimento, no entanto, não deve permanecer. (InfoMoney)
POLÍTICA
Reforma. O governo federal vai propor que a população de baixa renda tenha acesso ao cashback nas contas de água e esgoto, com a devolução de valores gastos com a tributação, dentro do âmbito da Reforma Tributária. A informação é do secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy. (Estadão)
A emenda constitucional aprovada no Congresso Nacional já prevê a devolução dos tributos incidentes sobre as contas de energia elétrica e gás de cozinha. Há também uma discussão interna no governo sobre a extensão do benefício também para o consumo de alimentos, mas ainda não há decisão fechada. (Estadão)
Appy aponta ainda que os fundos de compensação voltados aos Estados da Região Norte do país, que mobilizaram forte lobby na reta final da tramitação da reforma tributária no Congresso Nacional, deverão começar com aportes pequenos e poderão crescer à medida que os governadores reduzam os benefícios fiscais. (Estadão)
Orçamento. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu que a estimativa de receita incluída no Orçamento de 2024 era "plausível" e "razoável" quando a peça foi elaborada, no segundo semestre do ano passado. (Folha)
No entanto, afirmou que o montante foi afetado pelas alterações feitas pelo Congresso Nacional que acabaram por reduzir as estimativas de arrecadação. (Folha)
A declaração é um contraponto ao alerta do TCU de que o governo pode ter superestimado receitas no Orçamento de 2024 e o risco de que a frustração dessas expectativas leve a um déficit de até R$ 55,3 bilhões. (Folha)
Energia. O governo brasileiro não planeja oferecer subsídios para o setor elétrico para baratear a conta de luz dos consumidores, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele afirmou que a pasta enfrenta dificuldades de orçamento e se colocou como "um crítico dos subsídios que foram dados ao setor elétrico nos últimos anos”. (Estadão)
Silveira defendeu ainda uma “reestruturação do setor elétrico” para que o país avance na transição energética sem aumentar os subsídios nas contas de energia. O ministro está em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor