Investimento da EDP em energia solar pode chegar a R$ 460 milhões no Espírito Santo
30 de janeiro, terça-feira
Solar. A EDP investiu R$ 200 milhões em geração de energia solar no Espírito Santo nos últimos dois anos, chegando à marca de 13 usinas em terras capixabas — três ainda em construção. Até 2026, o plano de investimentos da multinacional prevê mais R$ 230 milhões em geração distribuída no estado, podendo chegar a R$ 460 milhões investidos. (Gazeta)
No Espírito Santo, as dez usinas em operação estão localizadas nos municípios de São Mateus, Pinheiros, Sooretama, Pedro Canário e Mucurici. A capacidade instalada soma 44 MWp (Megawatt pico).
No Brasil, a EDP conta com 87 usinas solares — 48 delas já em operação. Nos próximos três anos, a multinacional vai investir R$ 2,3 bilhões em geração distribuída.
Capacidade. A meta da EDP é chegar aos 530 MWp até 2026, mais que o dobro da capacidade atual (200 MWp).
FOLHA BUSINESS
Futebol. A SAF do Rio Branco prevê um investimento mínimo de R$ 50 milhões nos próximos 10 anos. Para cumprir a meta, o clube está recebendo aportes de investidores capixabas e renovando seu quadro de patrocinadores. Os dois primeiros a estampar a camisa são a Apex Partners e a rede de supermercados BH. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Equilíbrio. A meta do time é chegar à série B do Campeonato Brasileiro até 2030. Os patrocinadores são fundamentais nessa etapa, segundo o CEO Renato Antunes. Desde a metade do ano passado, 90% do elenco foi renovado e a folha salarial cresceu quase dez vezes.
Café. O consumo de café solúvel no Brasil cresceu 5,2% em 2023, alcançando o volume recorde de 24,2 mil toneladas — o equivalente a 1,05 milhão de sacas. Esse é o oitavo ano consecutivo em que o consumo avança no país. Ao mesmo tempo, as exportações do segmento apresentaram um aumento mais discreto, de 0,4%, chegando a 86,5 mil toneladas. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Rodovia. O trânsito no quilômetro 87 da BR 262, em Domingos Martins, foi totalmente liberado na noite de ontem, segundo a PRF. O desmoronamento de uma barreira atingiu pelo menos oito carros no domingo, sem registro de vítimas fatais. (Folha Vitória)
BRASIL
Injeção. O carnaval deve movimentar R$ 9 bilhões acima da média de faturamento do turismo brasileiro este ano. O montante representa um incremento de 10% em relação ao impacto provocado pela festa em 2023. A projeção é da CNC. (Globo)
Caso se concretize, esse será o quarto ano consecutivo de alta, o que leva o faturamento da data a superar, pela primeira vez, os indicadores pré-pandemia. (Globo)
A CNC aponta crescimento em todos os estados, com liderança de São Paulo, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. (Globo)
Entretanto, o levantamento sinaliza que Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul apresentam as maiores altas acumuladas entre 2021 e 2023. (Globo)
Combustível. O preço do diesel no Brasil está em média 11% defasado em relação ao mercado internacional, segundo a Abicom. A diferença poderia acarretar em um aumento de R$ 0,45 por litro. (InfoMoney)
Nas refinarias da Petrobras, essa diferença chega a ser de 13%, abrindo espaço para uma alta de R$ 0,50 por litro. (InfoMoney)
Alerta. Os preços do barril do petróleo podem ultrapassar US$ 90 este ano se os ataques a navios no Mar Vermelho se intensificarem. A projeção é do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. (Globo)
Minério. A produção de minério de ferro pela Vale no quarto trimestre de 2023 aumentou 10,6% em relação a igual período de 2022, alcançando 89,397 milhões de toneladas. Na comparação com o trimestre anterior, a produção de minério cresceu 3,7%. (Estadão)
No total de 2023, a produção atingiu 321,2 milhões de toneladas, acima da projeção de 315 milhões de toneladas. Na comparação com 2022, o crescimento foi de 4,3%. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,36%, aos 128.502,66 pontos; enquanto o dólar comercial subiu 0,71%, cotado a R$ 4,945. (InfoMoney)
O índice foi pressionado pelas perdas das ações da Gol. Os papéis despencaram 33,6% com os desdobramentos relacionados ao pedido de recuperação judicial da companhia aérea nos Estados Unidos. (Globo)
Esse é o maior tombo da companhia desde o início da pandemia e a menor cotação em mais de sete anos. (Globo)
Com esse cenário, a B3 decidiu excluir as ações da Gol de todos os seus índices. A medida é habitual em casos de recuperação judicial e segue os termos do manual de definições e procedimentos dos índices da Bolsa. (Valor)
Ontem, a Justiça dos EUA aceitou interinamente o pedido da Gol para fazer um empréstimo de US$ 950 milhões. A modalidade de crédito será a Debtor-in-Possession (DIP), específica para empresas em situação financeira difícil. (Estadão)
Atrasos. Devido à operação-padrão dos servidores do Banco Central, as notas econômico-financeiras mensais passarão por um atraso de divulgação. Esse é o quarto mês consecutivo. Os dados referentes a dezembro e ao encerramento de 2023 serão publicados apenas na segunda semana de fevereiro. (Estadão)
O Relatório de Mercado Focus também sofrerá impactos. O documento, divulgado às segundas-feiras, será publicado hoje. (Estadão)
POLÍTICA
Rombo. As contas do governo central tiveram um rombo de R$ 230,5 bilhões em 2023, o equivalente a 2,12% do PIB. Esse é o pior resultado desde 2020, ano da pandemia de Covid-19. (Folha)
O resultado foi influenciado pela regularização dos precatórios, dívidas judiciais que haviam sido adiadas pela gestão de Jair Bolsonaro. No fim do ano passado, o governo federal obteve autorização do STF para quitar um passivo de R$ 92,4 bilhões. (Folha)
Entretanto, sem o pagamento dos precatórios, o déficit teria sido de R$ 138,1 bilhões — o equivalente a 1,27% do PIB e, ainda assim, o pior desde 2020. (Folha)
A meta fiscal ajustada para 2023 admitia um rombo de até R$ 213,6 bilhões nas contas do Governo Central. No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em novembro, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 177,4 bilhões nas contas, equivalentes a 1,9% do PIB. (Estadão)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que o déficit representa não apenas as despesas que não foram pagas pelo governo em 2022, como também as indenizações a estados e municípios pela redução do ICMS. (Globo)
Gastos. Em seu primeiro ano de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou R$ 285 bilhões em despesas contratadas e não pagas para 2024. A cifra é R$ 30 bilhões superior ao que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou ao final do seu governo. A alta é de 11,7%. (Folha)
Planos. A equipe econômica montou um “plano de guerra” para reduzir ao máximo a necessidade de bloqueio orçamentário no primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano, previsto para março. (Estadão)
A estratégia é acelerar, no curtíssimo prazo, a entrada de arrecadação nova no caixa do governo federal e tentar garantir o maior corte possível de gastos por meio do combate a fraudes, principalmente na Previdência. (Estadão)
Ainda há negociações com o Congresso Nacional para postergar decisões com impacto nas contas públicas – como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos e a recomposição de políticas públicas desidratadas pelos parlamentares. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor