Justiça capixaba determina saída do MST de terras da Suzano; ArcelorMittal faz parceria com ES Gás para diminuir uso de carvão
Resumo dos jornais desta quarta-feira (19)
Invasão. Uma liminar concedida pela Justiça do Espírito Santo determinou que o MST deixe as áreas produtivas da Suzano invadidas em Aracruz. A decisão ainda concedeu tutela para inibir novas mobilizações do Movimento em áreas vizinhas. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Análise. Segundo o advogado Guilherme Almeida, da APD Advogados, a decisão é acertada. Isto porque a Constituição Federal prevê a reforma agrária, mas não abre espaço para invasões de terra por meio de força. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Críticas. Até mesmo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificou a invasão como "crime". Irritado por ver a Embrapa entre os alvos do MST, o ministro afirmou que a entidade é fundamental para as pesquisas do agronegócio e que, ao atentar contra a ciência, o Movimento comete "crime próprio de negacionistas". (Folha Vitória)
Reputação. Em defesa da Suzano, a Findes lembrou o impacto socioeconômico da empresa na região. Em 2022, foram investidos R$ 17,5 milhões em projetos que beneficiam 73 mil moradores de 49 comunidades. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Nacional. A onda de invasões faz parte do movimento Abril Vermelho, deflagrado em todo o país. Desde o fim de semana, pelo menos nove fazendas e sedes do Incra e da Embrapa foram alvo do MST. (Folha de São Paulo)
Energia. A ArcelorMittal Tubarão assinou acordo com a ES Gás para utilizar a rede de distribuição da companhia. Nesta modalidade, inédita no mercado capixaba, a siderúrgica negociará o insumo diretamente com o fornecedor desejado, pagando à ES Gás apenas pelo uso da infraestrutura de dutos. (Gazeta)
Transição. O plano é receber 260 mil metros cúbicos de gás por dia da portuguesa Galp Energia, que explora a região de Macaé (RJ). O combustível será usado no Alto-Forno 3 e permitirá a redução do volume de carvão, seguindo mais uma etapa da transição da ArcelorMittal para uma energia de carbono neutro em 2050. (Gazeta)
Na Bahia, a ArcelorMittal criou um joint venture com a Casa dos Ventos, especializada em energias renováveis. Serão investidos R$ 4,2 bilhões para instalar um parque eólico com capacidade de 553,5 megawatts. A operação está prevista para 2026 e destinará 92% da energia para a ArcelorMittal. (Tribuna)
Folha Business
Sustentabilidade. Um agricultor de Cariacica desenvolveu uma técnica que aumenta a produção de pitaya e reduz em 50% o uso de água no cultivo. A técnica consiste em produzir um adubo com as cascas do coco, o que tem preservado a umidade do solo. Os cocos são coletados nas praias e, por mês, cerca de seis mil unidades deixam de ir para o lixo. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Turismo. Vitória pode entrar na rota de cruzeiros internacionais. A temporada que se inicia em outubro deste ano e vai até maio de 2024 pode incluir o Espírito Santo como um dos destinos, segundo o Ministério do Turismo e a Clia Brasil. A Secretaria de Estado de Turismo informou que foram feitos estudos de viabilidade, mas não confirmou a inclusão capixaba no roteiro. (Folha Vitória)
Crescimento. A próxima temporada de cruzeiros deve movimentar R$ 3,9 bilhões na economia brasileira, segundo a Clia Brasil. O volume representa um acréscimo de 6% em relação à temporada atual. (Folha Vitória)
Imóveis. O desenvolvimento imobiliário de Vitória deve ganhar tração no eixo entre a Enseada do Suá e a Ilha de Santa Maria. Especialistas apontam que o mercado já vinha caminhando nesta direção, mas empreendimentos recentes, como o Grand Suá Tower e o Una, consolidaram a força da região. (Gazeta)
Enquanto isso, em Miami, tem imóvel novo sendo anunciado com a participação de capixabas. O Banco Opportunity vai colocar de pé uma torre com 400 apartamentos em um terreno de dois mil metros quadrados que pertencia a investidores do Espírito Santo. (Gazeta)
Recuo. Diante da pressão da sociedade, o governo federal voltou atrás e decidiu manter a isenção de tributos para encomendas do exterior de até US$ 50, desde que enviadas sem fins comerciais entre pessoas físicas. A ordem é apertar o cerco contra a sonegação por meio de medidas administrativas. (Folha Vitória)
Sem alternativa. A Receita Federal acredita que algumas empresas fracionavam os envios em diferentes pacotes, utilizando desta brecha para burlar a lei. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai estudar como outros países lidam com o tema para adotar novas medidas no Brasil. (Folha Vitória)
Em tempo: o governo federal esperava arrecadar R$ 8 bilhões neste ano com o fim da isenção, valor que Haddad agora considera "difícil" de alcançar. (Folha Vitória)
Aliás, por falar em arrecadação, a meta de zerar o déficit público em 2024, apresentada no PLDO enviado ao Congresso, depende de pelo menos R$ 155 bilhões em receitas de origem ainda incerta. (Valor Econômico)
Alvo. O ministro da Fazenda revelou que o governo deixa de arrecadar, atualmente, R$ 600 bilhões por ano com as renúncias fiscais. A equipe econômica planeja rever um quarto deste valor, cerca de R$ 150 bilhões, para banir benefícios classificados como "indevidos". (Folha Vitória)
Outra fonte de arrecadação serão os sites de apostas, que deverão pagar 15% de imposto sobre o lucro. Para os ganhadores, o tributo será de 30% sobre os prêmios recebidos. (Folha Vitória)
Política
Veto. O governador Renato Casagrande vetou integralmente o projeto que concedia reajuste salarial de 5% para o chefe do Executivo e seus secretários. Em dezembro do ano passado, o governador já havia recebido um aumento de 16,9%, bem como o vice-presidente e todo o secretariado. (Folha Vitória)
Em Vitória, os vereadores decidiram retirar de pauta o projeto que aumentava o número de cadeiras na Câmara. A partir de agora, será preciso esperar que o presidente Leandro Piquet (Republicanos) inclua o projeto na ordem do dia novamente. (Tribuna)
Arcabouço. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ontem o projeto de lei com as novas regras fiscais do país. A principal mudança em relação ao teto de gastos atual é a vinculação dos gastos a 70% das receitas nos 12 meses anteriores. O crescimento real dos gastos, no entanto, terá um limite de 2,5% ao ano e um piso de 0,6%. (Folha Vitória)
A expectativa do governo, que tem o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é que o projeto seja aprovado até o fim de junho. (Folha Vitória)
Bolsa. O mercado optou pela cautela na análise do material. O Ibovespa teve leve alta de 0,14%, aos 106.163 pontos. O dólar subiu 0,78%, cotado a R$ 4,975. (Infomoney)
Mudança. Criticado por Estados Unidos e Europa, o presidente Lula mudou o tom sobre a guerra da Ucrânia e afirmou que o Brasil condena a violação territorial. (Folha Vitória)
Tenha uma boa leitura e um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma