Maiores cooperativas do ES faturam R$ 6,5 bilhões; receita deve avançar 40% nos próximos anos
05 de dezembro, terça-feira
Relevância. As dez maiores cooperativas do Espírito Santo faturaram R$ 6,5 bilhões em 2022. Os dados foram revelados pelo Anuário IEL 200 Maiores e Melhores, publicado pela Findes na última semana. Nos próximos cinco anos, a Organização das Cooperativas Brasileiras no Espírito Santo (OCB-ES) projeta um crescimento de até 40% no faturamento do setor. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Vale lembrar: o cooperativismo é um dos setores que mais avança na economia capixaba, com uma taxa de crescimento de dois dígitos, e já representa 6,4% do PIB do Espírito Santo. São 747 mil associados e 11,5 mil empregos diretos gerados pelo segmento.
No ranking do Anuário IEL, a liderança entre as cooperativas ficou com a Cooabriel, com receita operacional líquida de R$ 1,7 bilhão. Na sequência, vieram Nater Coop (R$ 1,4 bilhão), Unimed Vitória (R$ 1,6 bilhão), Sicoob ES (R$ 751 milhões) e Unimed Sul Capixaba (R$ 398 milhões).
FOLHA BUSINESS
É oficial. O novo aeroporto de Linhares recebeu ontem seu primeiro voo comercial: uma viagem da Azul que partiu do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte. O aeroporto recebeu um investimento de R$ 67 milhões para expansão da pista e construção do novo terminal de passageiros. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Expansão. Depois de enfrentar graves dificuldades na pandemia, a Café Caramello se reinventou e agora prepara um plano de internacionalização. Antes centrada na venda em eventos, a empresa quase fechou as portas no primeiro ano de enfrentamento ao coronavírus, mas migrou para um modelo de franquias e conta agora com oito fábricas pelo país. Em 2024, o objetivo é abrir uma unidade nos Estados Unidos. (Gazeta)
Expectativa. Empresários capixabas acreditam que a Petrobras pode intensificar os projetos de baixo carbono no Espírito Santo. O novo plano de investimentos da empresa prevê US$ 5,2 bilhões em geração eólica e solar — o que pode incluir o projeto offshore em parceria com a Equinor no litoral sul. Além disso, o retorno da Petrobras ao mercado de fertilizantes reacende o antigo projeto de instalação de uma fábrica em Linhares. (Gazeta)
Mudança. A Cesan vai publicar um edital para locação de um novo imóvel no Centro de Vitória. A ideia é se manter na região, mas abrigar toda a estrutura física da nova sede e o maior número de servidores da companhia em um mesmo lugar. (Folha Vitória)
BRASIL
Indústria. A indústria deverá desembolsar ao menos R$ 40 bilhões adicionais para descarbonizar o setor até 2050 no Brasil. O estudo realizado pela CNI que traz o valor foi apresentado ontem na Conferência do Clima, em Dubai. (Estadão)
A Confederação faz sugestões para acelerar o processo de descarbonização, incluindo maior ação governamental para aumentar o acesso a crédito. Também aplica críticas antigas do setor produtivo, como ao chamado “Custo Brasil”. (Estadão)
Opep+. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que o Brasil não pode se envergonhar de seu potencial no setor de combustíveis fósseis e deve explorá-lo. Participando da 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, Silveira argumentou que os países ricos devem liderar os esforços de mudanças em suas matrizes energéticas. (Estadão)
Diante da contradição do discurso do Brasil na COP-28 com o ingresso na Opep+, o país recebeu o antiprêmio Fóssil do Dia, distribuído pela ONG Climate Action Network (CAN) para o país que anunciou a pior medida em relação à luta contra a crise climática nos dias anteriores da conferência do clima. (Folha)
Projeções. O mercado financeiro aumentou as projeções para a inflação de 2023 e de 2024, de 4,53% para 4,55%, e 3,91% para 3,92%, respectivamente. Os dados constam no Relatório Focus do Banco Central. (InfoMoney)
Por outro lado, as previsões para o crescimento do PIB para este ano e para o próximo se estabilizaram em 2,84% e 1,50%, respectivamente. (InfoMoney)
Juros. As projeções para a taxa Selic não sofreram alterações: para o final de 2023 continuou em 11,75%, enquanto a projeção para 2024 permaneceu em 9,25%. (InfoMoney)
Em tempo: o resultado do PIB do 3º trimestre será conhecido na manhã de hoje. A divulgação do número oficial do IBGE é aguardada pelos analistas de mercado com um viés negativo. (Globo)
Bolsa. O Ibovespa encerrou a sessão com queda de 1,08%, aos 126.802 pontos, seguindo a movimentação das Bolsas no exterior. O dólar se valorizou ao registrar alta de 1,39%, cotado a R$ 4,948. (InfoMoney)
Saldo. Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 2,544 bilhões na B3 da última quinta-feira. Em novembro, houve entrada de R$ 21,024 bilhões, a maior de todo o ano de 2023 até o momento. No acumulado do ano, o capital externo está positivo em R$ 27,392 bilhões. (InfoMoney)
Queda. Os investimentos diretos no país totalizaram US$ 57,5 bilhões no intervalo de 12 meses até outubro de 2023, segundo o Banco Central. O resultado representa uma queda de US$ 17 bilhões ou 22,82% em relação ao acumulado até outubro de 2022, quando a entrada de dólar para investimento no país foi de US$ 74,5 bilhões. (Globo)
POLÍTICA
Alerta. O relator da medida provisória que trata das subvenções de ICMS, deputado Luiz Fernando Faria, vai propor em seu relatório um desconto de 80% nas transações tributárias envolvendo o estoque de benefícios que já foram abatidos pelas empresas. A decisão já foi levada ao Ministério da Fazenda (Estadão)
Além disso, ele também vai propor parcelar a dívida em até seis parcelas mensais. A Fazenda tenta evitar a mudança. (Globo)
A proposta, no entanto, desidrata a principal medida de arrecadação do ministro da Pasta, Fernando Haddad, para alcançar a meta de déficit zero em 2024. A equipe econômica esperava obter R$ 35 bilhões com a medida. Originalmente, era proposto um desconto de até 65%. (Folha)
Tributária. O presidente em exercício da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou a importância da reforma tributária para o crescimento da economia. Segundo ele, a medida fará o PIB brasileiro crescer 10% em 15 anos. (InfoMoney)
Para Alckmin, a reforma é uma solução para problemas que caminham na contramão da produtividade e competitividade brasileira. Ele destacou também a importância da transição da tributação na origem para a tributação no destino, o que eliminará a guerra fiscal entre os Estados. (InfoMoney)
Bloqueio. A consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados aponta que o bloqueio de despesas no ano que vem do governo federal pode chegar a R$ 56 bilhões. O estudo elaborado por técnicos da Casa vai na contramão da declaração de Fernando Haddad, que defende um contingenciamento de, no máximo, R$ 23 bilhões. (Globo)
Acordo. Em uma mudança no calendário previsto pelo Brasil, o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul não será anunciado nos próximos dias, segundo integrantes do governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, no entanto, que não desistirá da medida. (Globo)
A mudança atende a um pedido do atual governo da Argentina, que está em um momento de transição. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor