Mais da metade dos leitos de UTI exclusivos para coronavírus está em uso no ES
Resumo dos jornais desta terça-feira (14)
Boletim. O Espírito Santo registrou ontem 33 novos casos coronavírus e confirmou três mortes em decorrência da doença. A atualização elevou para 463 o total de confirmados e para 17 o número de óbitos no estado. Segundo boletim da Sesa, 86 pacientes foram curados, 285 estão em isolamento residencial e 75 seguem internados, sendo 48 em UTIs. (Folha Vitória)
Ocupação. Mais da metade dos leitos de UTI para atendimento exclusivo de pacientes com coronavírus está em uso no estado. A taxa de ocupação, que contabiliza as redes pública e filantrópica, está em 53,75%. De acordo com a Sesa, há 160 leitos de UTI prontos para receber pacientes com a doença: 26 estão ocupados com casos confirmados e outros 84 abrigam casos de síndrome respiratória aguda grave, mas que ainda aguardam o resultado dos testes. (Folha Vitória)
Respiradores. Durante coletiva de imprensa, o governador Renato Casagrande voltou a manifestar preocupação com a quantidade de respiradores disponíveis no estado: 1.468, ou seja, um para cada 2.700 habitantes. A meta do governo é ampliar o número de leitos preparados para tratamento de casos graves, mas a compra de respiradores tem sido difícil diante da alta demanda global pelos aparelhos. (Folha Vitória)
Concentração. Segundo estudo do GeoSaúde, da Ufes, mais da metade dos respiradores está concentrada em apenas três cidades: Vitória (387), Vila Velha (249) e Serra (192). Cerca de 30% dos municípios não têm respirador e outros 23% possuem somente um. (Gazeta)
Testes. O Espírito Santo segue na luta para ampliar sua capacidade de testagem. Nesta semana, 50 mil kits seriam entregues por uma fabricante chinesa, mas o material foi encaminhado a outro destino: um comprador que pagou mais. Segundo Casagrande, o Estado solicitou uma nova remessa, mas busca alternativas: vai receber 15 mil testes de uma empresa local e comprar outros 30 mil de um fornecedor do Paraná. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Estoque. Atualmente, o Laboratório Central possui 16.268 kits de testagem. (Folha Vitória)
Ritmo. No início da pandemia, o Espírito Santo registrava um caso de coronavírus a cada 11 testes realizados. Atualmente, há um resultado positivo a cada quatro testes. Segundo boletim da Sesa, 1.485 casos suspeitos estão na fila para testagem. (Folha Vitória)
Reabertura. O governador deu sinais positivos à reabertura gradual do comércio a partir da próxima semana em reunião com representantes do setor, mas cobrou rigor no cumprimento dos protocolos de segurança. "É uma ação que precisa de corresponsabilidade. Só temos uma forma de diminuir a velocidade do contágio: distanciamento social, isolamento dos grupos de risco e não aglomeração. Qual é a proposta que o comércio tem para nós?", questionou Casagrande. (Gazeta)
Selo. O Espírito Santo recuperou a nota A do Tesouro Nacional. O estado havia perdido o selo de bom pagador quando obteve liminar no Supremo Tribunal Federal para suspender a cobrança de uma dívida com a União. O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que o Estado recupere a nota máxima. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Salários. O governador não descartou reduzir salários dos servidores públicos temporariamente. A arrecadação de ICMS vem caindo com a baixa da atividade econômica e a queda no preço do barril de petróleo vai afetar os repasses de royalties ao estado. (Gazeta)
Crédito. Anunciada pelo governo federal como medida de enfrentamento à crise, a linha de crédito com juros a 3,75% ao ano para custear a folha de pagamento ainda não tem data para ser adotada pelo Banestes. Bancos privados, como Itaú e Bradesco, oferecem o empréstimo desde a semana passada. (ES 360)
Fornecedores. A Vale vai antecipar o pagamento a fornecedores de todo o país em meio à pandemia. No Espírito Santo, 169 empresas vão receber R$ 52 milhões. Em nível nacional, o pacote vai injetar quase R$ 1 bilhão no caixa de três mil empresas. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Máscaras. A ArcelorMittal Tubarão doou 78 máquinas de costura para que internos do sistema prisional fabriquem máscaras descartáveis, aventais e toucas. Segundo a Sejus, será possível produzir 7,8 mil unidades por dia com os novos equipamentos. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Safra. O mercado de café teve bom desempenho em março, puxado pela compra antecipada mediante o risco de alta em abril. Para o empresário Jorge Luiz Nicchio, a safra recorde e o bom preço podem diminuir o impacto da crise no setor. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Evolução. "O retorno da paralisação trará um 'novo normal', isto é, uma consciência de que devemos ter responsabilidade com o bem-estar do próximo, respeito com a sociedade e com os colaboradores. Os governantes também devem passar por uma evolução. Será um avanço em relação a como vivemos hoje", avaliou Ettore Cavalieri, do Grupo Imetame, em live realizada pela Apex. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Política
Infectado. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Erick Musso, está com coronavírus. Em isolamento domiciliar, em Aracruz, Erick gravou um vídeo ontem anunciando o resultado do exame. O presidente começou a ter febre dois dias após visitar a Assembleia na semana passada, mas não manteve contato com ninguém que apresente sintomas da doença. (Coluna Plenário, Tribuna)
Receitas. A Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto de lei que socorre estados e municípios. Baseado no chamado Plano Mansueto, o novo texto tem um "seguro-receita" que vai obrigar o governo federal a arcar com as perdas na arrecadação de impostos estaduais e municipais. O impacto fiscal do auxílio será de R$ 89 bilhões. (Gazeta)
Obrigado pela leitura!
Rafael Porto, editor Apex News & Em Suma