Mercado imobiliário: Cesan vai devolver área de 133 mil m² ao aeroporto de Vitória
22 de janeiro, segunda-feira
Imóveis. Tratado como uma das últimas grandes áreas para desenvolvimento imobiliário de Vitória, o Aeroporto de Vitória vai receber um reforço nos próximos anos. Após o sucesso do leilão da Cesan que resultará em uma nova estação de tratamento na Capital, a companhia planeja desativar e devolver à Zurich Airport a unidade localizada dentro da área do aeroporto. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Prazo. O consórcio GS Inima terá 24 meses para concluir a nova estação de tratamento de esgoto e produção de água de reúso, localizada dentro da ArcelorMittal Tubarão. Após o término da obra, a empresa terá seis meses para limpar o terreno e o volume de rejeitos na área do aeroporto.
Números. Dos 153 mil metros quadrados hoje ocupados pela Cesan, 133 mil metros quadrados serão devolvidos à Zurich Airport. A área restante vai abrigar uma estação elevatória a ser construída pela companhia.
Empreendimentos. Até o momento, o aeroporto abriga o espaço de eventos Patrick Ribeiro e a loja Leroy-Merlin. Foram anunciados para a região a Escola Americana de Vitória e uma unidade do supermercado Assaí. Especialistas do mercado acreditam que outros grandes negócios podem ser atraídos para a área.
FOLHA BUSINESS
De olho. A coluna Mundo Business de hoje traz mais cinco empresas capixabas que prometem bom desempenho em 2024, crescendo acima da média de seus setores. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
MedSênior. A população brasileira está envelhecendo e terá 30% de idosos até 2050. Com 35 unidades em seis estados, a MedSênior tem 115 mil vidas cadastradas. No último ano, a companhia faturou R$ 1,5 bilhão e investiu R$ 65 milhões em novas unidades e na ampliação da rede. O investimento é justificado pelo ritmo de crescimento: cerca de 40% ao ano.
Autoglass. Com quatro mil colaboradores e quase uma centena de lojas próprias em 23 estados do Brasil e também na Colômbia, a empresa segue olhando para o futuro. O último grande investimento, de R$ 29 milhões, vai colocar de pé o Hub Autoglass, reforçando a tese de que empresas tradicionais têm muita relação com inovação, transformação digital e novas frentes de negócio.
Extrafruti. Principal distribuidora de frutas, verduras e legumes do Espírito Santo, a empresa começa 2024 preparada para crescer. Há menos de um ano, a Extrafruti inaugurou um novo centro de distribuição em Viana, investimento de R$ 63 milhões — viabilizado por um fundo imobiliário do BTG Pactual. A nova unidade aumentou em 15 vezes o espaço de armazenamento.
Imetame. Com diferentes frentes de atuação, da metalmecânica à produção de petróleo, a Imetame tem seu grande projeto na construção de um terminal portuário em Aracruz. O porto terá calado de 16 metros e poderá receber navios que ainda não atracam na costa brasileira, reforçando a posição do Espírito Santo como um hub logístico nacional. A área vai abrigar também a primeira Zona de Processamento de Exportação privada do Brasil.
Grupo Águia Branca. O Grupo Águia Branca definiu como meta chegar aos R$ 30 bilhões de faturamento até 2030, mas deve alcançar a marca ainda em 2027. Todas as divisões da empresa crescem acima do ritmo previsto: comércio de veículos e máquinas agrícolas; transporte de passageiros; e logística.
Petróleo. A norueguesa Seacrest, responsável pelos Polos Norte Capixaba e Cricaré, concluiu a captação de US$ 80 milhões. A empresa vai investir R$ 400 milhões em perfuração e otimização de 60 poços de petróleo e gás no Espírito Santo. Até o final do ano que vem, a Seacrest quer alcançar a marca de 21 mil barris de petróleo por dia. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Agronegócio. A Forbes divulgou a lista das 100 maiores empresas do agronegócio brasileiro. Quatro companhias com forte atuação no Espírito Santo figuram nesta lista: Nestlé, Suzano, Heringer e Frisa Frigorífico. O faturamento das 100 maiores empresas cresceu 20,2%, somando receitas de R$ 2,23 trilhões. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Exportações. As exportações do agronegócio no Espírito Santo atingiram US$ 2,1 bilhões no ano passado, o equivalente a R$ 10,5 bilhões. O resultado representou um crescimento de 25,3% em relação ao ano anterior. Mais de 2,5 milhões de toneladas de produtos foram destinadas ao mercado internacional, indicando um aumento de 12% no volume exportado. Os dados são da Seag. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
PIB. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) ficou praticamente estável em novembro, após registrar elevação de 0,01% no mês. Os dados são do Banco Central. (Globo)
O resultado reverte três quedas consecutivas, fruto de uma expansão dos setores de serviços (0,4%), da indústria (0,5%) e do varejo (0,1%) no mês de novembro. (Globo)
No trimestre, porém, o Índice teve queda de 0,49%. Já no acumulado do ano, sem ajustes sazonais, o IBC-Br também tem aumento de 2,40%. Em 12 meses, a elevação é de 2,31%. (Globo)
Vale lembrar que a expectativa do governo é que o PIB feche 2023 com alta de 3%. O resultado será divulgado em março. (Globo)
Em tempo: nos bastidores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem manifestado preocupação com a perspectiva de desaceleração do PIB neste ano. Com isso, o governo começou examinar o potencial de iniciativas já tomadas e mapear se mais ações serão necessárias. (Folha)
Mudanças. O Banco Central vai mudar a frequência de reuniões com economistas do mercado financeiro. Os encontros passarão a ser mensais e não mais trimestral, a partir deste ano. A ideia é que os diretores da autarquia colham percepções sobre a economia ao longo do tempo. (Estadão)
Petróleo. O Brasil pode colher um valor recorde com a exportação de petróleo bruto neste ano. As vendas podem somar US$ 43,575 bilhões, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). (Estadão)
Até então, o melhor desempenho obtido com a exportação de petróleo foi observado em 2022, quando o país vendeu US$ 42,553 bilhões. Em 2023, o resultado foi muito parecido: US$ 42,539 bilhões. (Estadão)
Falando em petróleo, a ANP atualizou os dados sobre investimentos na fase de exploração nos campos de petróleo e gás natural do país em 2024. A previsão atual é de que chegue a US$ 1,96 bilhão. (Estadão)
Para as bacias terrestres, que engloba a do Paraná, os investimentos previstos para esse ano são de US$ 100 milhões. (Estadão)
POLÍTICA
Indústria. O governo federal lança hoje o plano com metas para a industrialização do país, batizado de “Nova Indústria Brasil”. Estão previstas linhas de crédito, subvenções governamentais, e a exigência de conteúdo local na produção industrial, para fomentar empresas nacionais. (Globo)
A nova política conta com metas para os próximos dez anos e é destinada, especificamente, para seis áreas: agroindústria; bioeconomia; complexo industrial de saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital; e tecnologia de defesa. (Globo)
Ao todo, estão previstos três grupos de “estímulo” do Estado ao setor produtivo, divididos em instrumentos financeiros, como linhas de crédito, subsídios e subvenções; melhoria do ambiente de negócios; e o uso do poder de compra do setor público para alavancar “áreas estratégicas”. (Estadão)
A proposta foi construída ao longo do último semestre pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que é composto por membros de 23 ministérios e 50 representantes de setores produtivos. (Globo)
Críticas. Para a Frente Parlamentar do Empreendedorismo a “Nova Indústria Brasil” é baseada na repetição de um modelo petista do passado que não trouxe bons resultados. (Folha)
Reoneração. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o governo irá manter a desoneração da folha de pagamentos e irá revogar a medida provisória que retoma impostos sobre salários. (Estadão)
Pacheco ainda defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao afirmar que não houve má-fé nem confronto com a medida provisória sobre reoneração da folha. (Estadão)
Haddad, por sua vez, desconversou sobre a possibilidade de o governo revogar a medida e disse que Lula ainda irá conversar com o presidente do Senado para definir o melhor encaminhamento. (Folha)
Orçamento. Lula sanciona hoje a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. O presidente deve vetar em torno de R$ 5 bilhões do total de R$ 16,6 bilhões que foram destinados às emendas de comissão na aprovação da LOA. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor