Renovação. O trecho capixaba da BR-101 vai continuar sob administração da Eco101. A informação foi divulgada ontem pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante visita ao Espírito Santo. Desde julho do ano passado, quando a Eco101 solicitou à ANTT a rescisão do contrato de concessão, o processo foi marcado por idas e vindas. (Folha Vitória)
Em análise no TCU, a repactuação do contrato de concessão caminha para um desfecho positivo. Segundo o ministro, haverá uma "otimização" do acordo, viabilizando novos investimentos para 170 km de vias duplicadas. Deste total, 40 km serão de terceiras faixas e 51 km de contornos novos. (Folha Vitória)
Inicialmente, a concessão com a Eco101 previa a duplicação de 475 km da rodovia. Após nove anos, apenas 46 km foram entregues. Os 170 km do novo acordo representam, portanto, apenas 35% da via. (ES 360)
Prazo. Após o aval do TCU em relação à vantajosidade do acordo, a expectativa do ministro é que o contrato seja assinado em dezembro deste ano. O governador Renato Casagrande espera o reinício das obras no começo de 2024. (Gazeta)
Ferrovia. Outro anúncio importante feito pelo ministro foi em relação ao ramal da Vitória a Minas até Anchieta. Com custo de R$ 6 bilhões, a obra ficará a cargo da Vale, confirmou Renan Filho em conversa particular com o governador e publicamente durante o evento. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Veículos. A importação de automóveis pelo Espírito Santo no período entre janeiro e setembro chegou à marca de US$ 1 bilhão. É o segundo maior volume do século, 225% a mais que o registrado no mesmo intervalo do ano passado. A marca só é superada por 2011, quando a importação de carros durante os nove primeiros meses do ano foi de US$ 1,37 bilhão. Os dados são do Observatório da Indústria. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Origem. Entre 2011 e 2023, o cenário das importações mudou significativamente. Há 12 anos, a principal fonte de importações era a Coreia do Sul, seguida por Reino Unido, China e Alemanha. Em 2023, a China assumiu a liderança com 41% das importações, seguida por Alemanha e Estados Unidos. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Novidade. Uma das grandes razões para o avanço da China no mercado automotivo é a entrada de montadoras como a BYD e a GWM no Brasil, ambas especializadas em veículos elétricos e híbridos. Somente a BYD, representada pelo Grupo Águia Branca, vai importar 15 mil veículos pelo Porto de Vitória até o fim do ano. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Análise. A Fecomércio lançou ontem uma ferramenta para mapear, em tempo real, dados de 137 mil empresas ligadas ao comércio, ao setor de serviços e ao turismo no Espírito Santo. O projeto Connect conta com parceria da Faesa, da Secti, da Fapes e da Mobilização Capixaba pela Inovação. (Folha Vitória)
Investimento. O projeto será financiado com recursos do governo do Estado, obtidos por meio da Fapes e da Mobilização Capixaba pela Inovação. O investimento total é de R$ 4,7 milhões. (Folha Vitória)
Capacitação. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) vai promover um workshop para atualizar os profissionais do setor acerca das últimas tendências e inovações do mercado. Um dos treinamentos tratará sobre o mercado livre de energia, acessível a todos os consumidores da rede de média e alta tensão a partir de 2024. As inscrições já estão abertas no site do Crea-ES. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
BRASIL
Nota. A implementação do arcabouço fiscal será fundamental para que o Brasil retome seu grau de investimento. A avaliação é de Samar Maziad, vice-presidente da agência Moody’s. Desde fevereiro de 2016, o rating soberano brasileiro na agência está em Ba2, duas notas abaixo do patamar mais atrativo para investidores. (InfoMoney)
Maziad se mostrou otimista com o desempenho brasileiro e afirmou que a sinalização do governo federal de cumprimento da meta, com déficit zero no próximo ano, é importante. Entretanto, pontuou que será necessário mostrar empenho para alcançar esse objetivo, visto com ceticismo pelo mercado. (InfoMoney)
Além disso, a executiva da Moody´s apontou que a Reforma Tributária tem implicações positivas para o perfil de crédito do Brasil. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com queda de 0,54%, aos 115.908 pontos, acompanhando os ânimos dos índices de Nova York. O dólar também encerrou o dia com queda, de 0,04%, cotado a R$ 5,035. (InfoMoney)
Alimentos. Levantamento realizado pelo Ipea revelou que a queda nos preços dos alimentos em setembro voltou a aliviar o custo de vida percebido pelas famílias de baixa renda. Por outro lado, os combustíveis mais caros pressionaram a inflação sentida pelos mais ricos. (Estadão)
Produção. A Vale informou que a sua produção de minério de ferro somou 86,24 milhões de toneladas no terceiro trimestre. O valor representa uma queda de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. Os dados constam no relatório de produção e vendas da mineradora. (InfoMoney)
Já as vendas de minério de ferro cresceram 6,6%, atingindo 69,1 milhões de toneladas, já que a empresa afirmou ter se beneficiado de condições favoráveis de mercado. (InfoMoney)
Ainda sobre a Vale, a companhia afirmou que atingirá a meta de consumo de energia exclusivamente por fontes renováveis no Brasil até o final de 2023. Anteriormente, a expectativa era atingir a meta somente em 2025. (Estadão)
INTERNACIONAL
Versões. O bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza, causando a morte de pelo menos 500 pessoas, gerou comoção em meio à guerra entre Israel e Hamas. Inicialmente criticado pelo possível ataque, o governo israelense afirmou que a falha de um míssil disparado pelo próprio grupo terrorista teria provocado a explosão. Imagens do momento foram compartilhadas pelo governo e pelo Exército de Israel nas redes sociais. (Poder 360)
No Brasil, o Partido dos Trabalhadores se apressou em condenar o ataque, afirmando por meio de nota que Israel não possui "autoridade moral para falar em direitos humanos". (Poder 360)
A Embaixada de Israel no Brasil havia criticado a posição do PT e lamentado que "um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas com o que o governo israelense está fazendo para proteger seus cidadãos". (Poder 360)
Ameaças. O grupo extremista Hezbollah, sediado no Líbano, promete um dia de "raiva sem precedentes" após o bombardeio do hospital na Faixa de Gaza. (Poder 360)
Na ONU, a votação da resolução proposta pelo Brasil foi adiada pelo Conselho de Segurança. O impasse em relação ao texto está justamente na classificação do Hamas como "grupo terrorista". (Poder 360)
Visita. Em meio à disputa de narrativas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou em TelAviv na manhã desta quarta-feira. Recebido pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Biden promete fazer "perguntas difíceis" ao aliado. (Poder 360)
Após a viagem, Biden visitaria a Jordânia para uma reunião com o rei jordaniano, o presidente palestino e o presidente do Egito. A reunião, no entanto, foi cancelada. (Poder 360)
POLÍTICA
E-commerce. Pressionado pelas empresas varejistas brasileiras, o Ministério da Fazenda estuda definir ainda neste ano uma alíquota de imposto de importação para compras de até US$ 50 em plataformas digitais que vendem produtos de fora do país. (Globo)
Recentemente, o governo federal zerou a taxa para as empresas de e-commerce que estão inseridas no programa Remessa Conforme, criado para regularizar as compras internacionais no varejo on-line para compras até esse valor. As importadoras, no entanto, têm de pagar ICMS de 17%. (Globo)
Ainda assim, os varejistas brasileiros não estão satisfeitos e se queixam de concorrência desequilibrada com importados. Algumas empresas propuseram ingressar no programa e vender importados isentos em suas plataformas. (Globo)
A Magazine Luiza vai solicitar adesão ao programa. O pedido será encaminhado ao governo ainda esta semana. A varejista quer avançar com seu plano de ampliação da operação de marketplace internacional. (InfoMoney)
Entre as opções que circulam na Fazenda, está a possibilidade de aplicar uma alíquota de 20% sobre remessas internacionais de até US$ 50. Assim, atenderia as reivindicações das empresas domésticas e, por outro lado, adotaria uma valor menor que os 60% previstos para compras acima desse valor. (Globo)
Adiado. A Câmara dos Deputados adiou mais uma vez a votação do projeto de lei que muda a tributação dos fundos exclusivos e offshore. Com isso, a apreciação da matéria deve ocorrer apenas na próxima semana. A tentativa de votar o projeto ontem foi frustrada pelas lideranças do União Brasil e do PP. (Globo)
No Senado, a Comissão de Assuntos Econômicos adiou a votação do projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam no país. Houve um pedido de vista coletivo pela base do governo federal. Com isso, a votação do projeto ficou para a próxima terça-feira. (Globo)
Tributária. O Ministério da Fazenda segue resistente à possibilidade de aumento de recursos destinados pelo governo federal ao Fundo de Desenvolvimento Regional. A medida vai compensar possíveis perdas dos entes federativos com as mudanças promovidas pela Reforma Tributária. (Estadão)
O valor previsto no texto aprovado na Câmara dos Deputados é de R$ 40 bilhões por ano a partir de 2033. Governadores pedem até R$ 80 bilhões. (Estadão)
Visita. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode vir ao Espírito Santo para a inauguração do Contorno do Mestre Álvaro, prevista para dezembro. A informação foi divulgada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante evento em Vitória.
Derrubada. A Assembleia Legislativa arquivou uma PEC que incorporaria 1,5 mil inspetores penitenciários contratados em caráter temporário ao quadro de servidores efetivos, mesmo sem concurso. Apesar da pressão da categoria, o projeto foi rejeitado por 13 votos a 8, após articulação da base governista. (ES 360)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor