Movimentação de cargas deve crescer 65% com privatização da Codesa; Governo federal busca alternativa para duplicação da BR 262
Resumo dos jornais desta terça-feira (06)
Expectativa. Com a privatização da Codesa, o Porto de Vitória deve registrar um aumento de 65% na movimentação de cargas, chegando a 14 milhões de toneladas por ano, segundo o Ministério da Infraestrutura. A assinatura do contrato de compra e venda foi realizada ontem entre governo federal e Quadra Capital, com a presença do ministro Marcelo Sampaio. (Folha Vitória)
Sampaio: "Essa é a primeira privatização que fizemos no Ministério. Acreditamos no poder do setor privado. Esse Porto de Vitória vai ser uma referência de eficiência para o Brasil e para o mundo. Vamos ver esse porto crescer. É um dia histórico. O PIB do país passa pelo setor portuário. Escolhemos a Codesa por ser um porto bem estruturado e temos certeza que, a partir de agora, teremos investimentos e a eficiência do setor privado para o Porto de Vitória". (Folha Vitória)
Recapitulando: a Codesa foi vendida por R$ 106 milhões ao consórcio em leilão realizado em março. A vencedora do certame, que vai administrar os portos de Vitória e de Barra do Riacho por 35 anos, foi a FIP Shelf 119 - Multiestratégia. Disputado por duas empresas, o certame teve dezenas de lances até a outorga de R$ 106 milhões. (Folha Vitória)
Além disso, os investidores se comprometeram a aportar mais R$ 850 milhões na ampliação e na modernização dos complexos. (Gazeta)
Rodovia. Durante sua visita ao Espírito Santo, o ministro Marcelo Sampaio confirmou que o governo federal planeja duplicar a BR 262 com recursos próprios, mas há um problema: não há verba disponível para a obra. A expectativa inicial, de utilizar o dinheiro do acordo com a Samarco, fracassou e a negociação foi suspensa. (Gazeta)
Durante a espera, Sampaio garante que o Dnit realizará a manutenção da rodovia. (Gazeta)
Folha Business
Qualidade. A Realcafé abriu mais um concurso para identificar e premiar os melhores cafés arábicas produzidos nas montanhas capixabas, incentivando os produtores na busca constante da melhoria da qualidade. O prêmio de excelência vai distribuir R$ 45 mil aos três primeiros colocados. Além disso, a Realcafé vai pagar R$ 1.700 pela saca dos cafés finalistas. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Bebidas. O Anuário da Cerveja divulgado pelo Ministério da Agricultura na última semana colocou o Espírito Santo na sétima posição do país. São 57 cervejarias, um crescimento de 53,5% nos últimos cinco anos. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Liberdade. Refletindo os efeitos da pandemia, a liberdade econômica global caiu em 2021, segundo o tradicional estudo do Heritage Foundation. Na última edição, no entanto, o Brasil ganhou 10 posições, chegando a 133º entre 177 países, o melhor resultado em uma década. (Coluna Data Business, Folha Business)
Financeiro. A Fitch, agência de classificação de risco, elevou a nota do Sicoob ES de A+ para AA-. No curto prazo, a nota saiu de F1 para F1+. A análise inclui, além da Central, as sete cooperativas do Sicoob no Estado: Norte, Leste Capixaba, Coopermais, Sul-Serrano, Sul-Litorâneo, Sul e Credirochas. No primeiro semestre de 2022, o Sicoob ES teve um resultado bruto de R$ 403 milhões, o maior de sua história. (Gazeta)
Desempenho. Segundo relatório da agência, a elevação da nota "é reflexo dos bons resultados da instituição", como altos índices de rentabilidade e capitalização, forte crescimento dos ativos, elevados investimentos realizados, sucesso do plano de expansão geográfica e diversificação de receitas, clientes e setores em médio prazo. (Gazeta)
Bolsa. O Ibovespa subiu 1,21%, aos 112.203 pontos. (Globo)
O dólar caiu 0,60%, negociado a R$ 5,1535. (Globo)
Em tempo: no mês de agosto, o Ibovespa registrou uma alta de 6,16% em relação a julho, saltando de 103.164,69 pontos para 109.522,88 pontos. Essa é a maior valorização mensal na B3 desde janeiro, quando o índice subiu 6,98%. (Folha Vitória)
PIB. O mercado elevou a projeção para o PIB em 2022 de 2,10% para 2,26, segundo o Boletim Focus. Essa é a décima alta seguida. Há um mês a projeção estava em 1,98%. (Folha Vitória)
IPCA. Já a estimativa de inflação para esse ano foi reduzida de 6,70% para 6,61%. (Folha Vitória)
A projeção para a taxa Selic no fim de 2022 continuou em 13,75% pela 11ª semana. (Folha Vitória)
Endividamento. Em agosto, 79% das famílias brasileiras estavam endividadas, segundo a CNC. A inadimplência, medida pela proporção de famílias que relataram ter dívidas em atraso, ficou em 29,6% dos entrevistados. Já a proporção de famílias que não possuem condições de pagar as dívidas em atraso ficou em 10,8%. (Folha Vitória)
Esse é um novo recorde no ano e também na série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, iniciada em 2010. (Estadão)
Motivos. A inflação foi apontada como motivo para endividamento e inadimplência em agosto. De acordo com os técnicos da CNC, com o avanço inflacionário, as famílias continuam a usar crédito para fazer frente aos gastos mensais do orçamento. O endividamento e a inadimplência devem crescer mais no ano. (Valor)
Energia. O setor elétrico sinalizou apoio à abertura do mercado de energia proposta pelo governo federal. A medida dá ao consumidor mais opções para escolher fornecedores. A Abraceel realizou um mapeamento a partir das contribuições enviadas à consulta pública do Ministério de Minas e Energia sobre o tema, que indica que o setor apoia a abertura do mercado, tanto na alta tensão, quanto na baixa. (Valor)
Política
Piso. O Comsefaz apontou que os Estados terão um “profundo” problema de despesa no começo de 2023, em razão da lei que criou o piso nacional de enfermagem. Segundo o presidente da entidade, Décio Padilha, hoje há um quadro de desequilíbrio do chamado Pacto Federativo em razão do aumento das despesas na contramão da redução das receitas. (Estadão)
Impacto. Dados do Conass apontam um impacto de R$ 27,3 bilhões aos Estados, Distrito Federal e municípios com a exigência do piso. (Estadão)
Depois de suspender a lei que implementou o piso da categoria, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, liberou para julgamento no plenário virtual a sua decisão individual. A votação terá início na próxima sexta-feira. (Estadão)
Enquanto isso, o Ministério da Economia monitora o andamento do processo. O receio da equipe econômica é que, para solucionar a questão, o STF decida “empurrar” o custo extra que recai sobre Estados e municípios para a União. (Estadão)
Senadores criticaram a decisão liminar do STF. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que vai tratar imediatamente, em nome do Parlamento, “dos caminhos e das soluções para a efetivação do piso perante o Supremo”. (Estadão)
Na Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira se colocou à disposição do STF para, juntos, encontrarem soluções para reverter a suspensão do piso da enfermagem, que deveria começar a ser pago hoje. (Folha Vitória)
Em Vitória, profissionais da enfermagem realizaram uma manifestação que interditou por três horas a Terceira Ponte. (Folha Vitória)
Petrobras. O governo federal conseguiu emplacar um nome para a diretoria executiva de Transformação Digital e Inovação da Petrobras. Paulo Palaia, ex-diretor de tecnologia da Gol, é uma escolha direta do presidente Jair Bolsonaro. (Globo)
Por falar na estatal, o Cade abriu um inquérito administrativo para apurar se a companhia está cobrando mais caro pelo petróleo vendido a refinarias privadas. A suspeita do órgão é que a estatal estaria favorecendo unidades próprias. (Folha)
Veto. O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que altera as regras do vale-alimentação, com veto à possibilidade de saque do benefício pelo trabalhador após 60 dias sem uso dos créditos. (Folha Vitória)
Frota. Bolsonaro também sancionou, com vetos, a lei do Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País (Renovar), que tem como um dos objetivos retirar, progressivamente, de circulação veículos em fim de vida útil. (Folha Vitória)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma