Mulheres ocupavam 94% dos postos de trabalho fechados neste ano no ES
Resumo dos jornais desta terça-feira (10)
Desigual. As mulheres ocupavam 94% dos empregos formais extintos em 2020 no Espírito Santo. Dados do Caged de janeiro a setembro apontam que a participação feminina no mercado formal caiu significativamente: considerando apenas o saldo de admissões e demissões, das 11.432 mil vagas cortadas, 10.781 eram de mulheres. Os homens perderam apenas 651 postos de trabalho neste ano. (Gazeta)
Recolocação. A partir de julho, quando as empresas voltaram a contratar, a maioria das vagas criadas foram preenchidas por homens. Como muitas escolas ainda estão fechadas, principalmente na rede municipal, as mulheres encontram mais dificuldades para voltar ao mercado de trabalho. (Gazeta)
Gisélia Freitas, psicóloga e especialista em carreiras: "O home office era um sonho, mas, da forma como surgiu, pegou muita gente despreparada. Idealmente, a criança estaria na escola, e não ali dentro de casa, demandando a divisão das atenções com o trabalho. Diante disso, a produtividade de algumas mulheres acabou diminuindo, e isso levou a uma série de problemas, incluindo a demissão". (Gazeta)
Importação. O Espírito Santo subiu para a oitava posição no ranking de importações no Brasil. Em 2019, o Estado ocupava a nona colocação; em 2017 e 2018, esteve em décimo lugar. Entre janeiro e outubro, os países que mais venderam para o Espírito Santo foram China, Estados Unidos, Argentina, Singapura e Canadá. (Gazeta)
Impacto. A saída da Leão Alimentos e Bebidas de Linhares vai afetar a fruticultura no Norte do Espírito Santo. Segundo a Federação da Agricultura do Estado, pequenos produtores locais de frutas perderão seu principal comprador. (Tribuna)
Oportunidade. O plano econômico do democrata Joe Biden inclui um ambicioso pacote de US$ 2 trilhões para revigorar a infraestrutura dos Estados Unidos. Setores exportadores do Brasil, como os de rocha e aço, esperam que o crescimento da demanda e o fim da política protecionista ampliem as exportações para o mercado estadunidense. (Gazeta)
Ataque. Todos os serviços digitais da prefeitura de Vitória, como marcação de consultas e vacinas, emissão de notas fiscais e aulas online, estão fora do ar. Equipes da Subsecretaria de Tecnologia da Informação identificaram um ataque de hackers aos sistemas no último sábado. (ES 360)
Boletim. O Espírito Santo registrou 12 mortes e 644 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 3.938 óbitos e 163.072 registros da doença. Até o momento, 150.737 pacientes estão curados. (Tribuna)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 84,05% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 395 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Negociação. A vacina produzida pela americana Pfizer demonstrou 90% de eficácia em resultados preliminares. Em outubro, fontes ligadas ao Palácio Anchieta revelaram conversas com a indústria farmacêutica para saber sobre o potencial do imunizante. (Tribuna)
Política
Orçamento. O vice-presidente Hamilton Mourão reconheceu que o orçamento para 2021 dificilmente será votado neste ano, o que pode provocar a redução da nota do país pelas agências de classificação de risco. Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o Brasil "vai explodir" em janeiro caso as matérias não sejam votadas. "O dólar vai a R$ 7, a taxa de juros de longo prazo vai subir, para um país que vai ter 100% da sua riqueza em dívidas", aponta Maia. (Tribuna)
Potências. O FMI projeta que a desvalorização do Real e a queda do PIB brasileiro vão retirar o país da lista das dez maiores economias do mundo. A expectativa é que o Brasil caia três posições, indo para a 12ª colocação do ranking, ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia. (Tribuna)
Previdência. Às vésperas de completar um ano, a reforma da Previdência do governo ainda tem propostas pendentes. Não foi enviado ainda o texto que cria a Lei de Responsabilidade Previdenciária, cujo objetivo é incentivar que estados e municípios façam adesão à reforma e adotem medidas para controlar os gastos com aposentadorias e pensões de servidores. (Gazeta)
Ana Paula Vescovi, economista-chefe do banco Santander: "Precisamos repensar a forma de remunerar o serviço público como um todo. Porque esse é um problema que, além de ser a segunda maior despesa do orçamento federal, é a primeira despesa mais importante nos orçamentos dos entes subnacionais. Isso está retirando o oxigênio dos Estados e dos municípios e impedindo-os de justamente endereçar recursos para as políticas sociais, para quem precisa do Estado". (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Eleições. Em entrevista ao programa Mundo Business, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, defendeu o uso de urnas eletrônicas no Brasil. "Até agora, nunca se documentou nenhum tipo de fraude na urna eletrônica desde 1996. Não temos razões para desconfiar das urnas e nunca houve nenhuma comprovação de problemas. Fraudes eleitorais no Brasil ocorriam na época do voto manual. O retorno do voto impresso poderia trazer grande judicialização das eleições – é como comprar um videocassete na era digital", comparou. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Curiosidade. O Espírito Santo tem 128 mulheres com mais de 80 anos disputando as eleições municipais neste ano. (Coluna Plenário, Tribuna)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma