Pandemia deixa 160 mil trabalhadores capixabas sem remuneração
Resumo dos jornais desta quinta-feira (25)
Renda. A pandemia provocou o afastamento de 328,3 mil profissionais de seus postos de trabalho no Espírito Santo até o mês de maio. Desse total, 162,5 mil ficaram sem remuneração — o que representa 49,5% dos afastados. A pesquisa constatou também que 399 mil profissionais mantiveram suas atividades, mas trabalharam menos do que a jornada habitual. Os dados são da Pnad Covid19, divulgada pelo IBGE. (Folha Vitória)
Entrave. O Supremo Tribunal Federal decidiu, por sete votos a quatro, impedir que Estados e municípios endividados reduzam o salário de servidores públicos como forma de ajuste das contas públicas. (Folha Vitória)
Em tempo: na iniciativa privada, mais de 160 mil profissionais tiveram salário e jornada reduzidos no Espírito Santo. (Gazeta)
Auxílio. No Espírito Santo, 494 mil famílias receberam algum auxílio pago pelo governo federal durante o mês de maio. De acordo com o IBGE, o número representa 38% do total de 1,3 milhão de domicílios do Estado. (Gazeta)
Saneamento. O Senado aprovou na noite de ontem o novo marco legal do saneamento, medida que pode atrair até R$ 700 bilhões em investimentos e gerar um milhão de empregos no país. O texto segue para sanção presidencial. (Folha Vitória)
No Espírito Santo, como mostrado na edição de ontem, serão necessários R$ 9 bilhões para fazer chegar água e esgoto tratados a todos os capixabas. (Gazeta)
Luan Sperandio, editor-chefe da Apex, em artigo sobre o tema: "Apenas em 2018, houve 30 mortes e mais de quatro mil internações por doenças de veiculação hídrica no Estado. Uma vez que a renda das pessoas sem saneamento básico no ES (R$ 743,21) é inferior a um salário mínimo, este é um problema que se abate principalmente sobre as famílias mais pobres. Em geral, as áreas rurais costumam ser as mais negligenciadas nesse sentido. Porém, mais de 200 mil moradores da Grande Vitória não têm acesso à água limpa e 42% não recebe coleta de esgoto". (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 31 mortes e 1.258 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 1.463 óbitos e e 38.483 notificações da doença. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos exclusivos para tratamento de pacientes com covid-19 subiu para 82,66% no estado. Na região Metropolitana, o indicador avançou quase três pontos percentuais, chegando a 84,80%. (Painel Covid)
Interiorização. Último município capixaba a registrar casos do novo coronavírus, Ponto Belo teve sua primeira morte causada pela covid-19 confirmada ontem. (Tribuna Online)
Aliás, a velocidade de contaminação no interior do Espírito Santo segue acima do registrado na Grande Vitória. Levantamento realizado entre abril e junho mostrou que a taxa de transmissão caiu de 4,03 para 1,56, ou seja, cada grupo de 10 pacientes contamina outras 15,6 pessoas. No interior, a taxa de transmissão recuou pouco: de 2,63 para 2,17. (Gazeta)
Fiscalização. O Conselho Regional de Enfermagem esteve no pronto-socorro do Hospital Infantil para apurar denúncias de irregularidades. Encontrou pacientes com covid no mesmo ambiente que crianças não infectadas e ouviu relatos de reuso de EPI. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Educação. A Secretaria de Estado da Saúde decidiu que fará o retorno das aulas de forma escalonada e com rodízio de alunos. A data, no entanto, ainda não foi definida. (Gazeta)
Cristhine Samorini, presidente eleita da Findes, sobre os desafios da indústria capixaba: "É preciso ter um olhar atual para a mudança no comportamento de consumo. A transformação digital vem pra ampliar possibilidades, aumentar a competitividade, diminuir custos. A indústria não pode apenas se recuperar para se manter em crescimento. Se não se ajustar aos tempos de hoje, mais para frente você desaba novamente". (Folha Vitória)
Adiado. Programado para julho, o primeiro voo internacional do Aeroporto de Vitória foi adiado por conta da pandemia. A administradora segue negociando futuras conexões com Chile e Argentina. (Gazeta)
Política
Eleição. A pressão dos prefeitos pode complicar a aprovação da PEC do adiamento das eleições municipais na Câmara dos Deputados. Candidatos que buscam a reeleição preferem não adiar o pleito, já que um prazo mais curto de campanha favoreceria quem está no cargo e prejudicaria políticos novatos. (Gazeta)
CPI. O conflito da Assembleia Legislativa com as escolas e faculdades particulares ganhou um novo capítulo. Onze deputados assinaram um pedido de criação de CPI para apurar a situação financeira das instituições. (Coluna Plenário, Tribuna)
Vitória. O presidente da Câmara de Vereadores de Vitória, Cleber Félix, corre o risco real de ser afastado. Com maioria formada contra ele na Corregedoria e no plenário da Casa, o presidente pode ser destituído em processo deflagrado por Vinícius Simões. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma