Pandemia e investimentos fazem caixa do ES cair de R$ 2,2 bi para R$ 684 milhões
Resumo dos jornais desta quinta-feira (08)
Reserva. O primeiro balanço das contas do segundo semestre revela que o Espírito Santo possui R$ 684,95 milhões de recursos livres para investir ou aplicar em despesas não obrigatórias. Essa poupança sofreu queda na comparação com 2019, quando o Estado fechou o ano com R$ 2,2 bilhões em caixa. A redução das reservas foi causada, em parte, pelo aumento dos gastos com a pandemia, mas também pelo volume de investimentos realizados. (Gazeta)
Rogélio Pegoretti, secretário de Estado da Fazenda: “O principal fator, naturalmente, foi a pandemia, que trouxe um impacto muito grande ao caixa a partir de abril, principalmente nas receitas de petróleo, e exigiu um aumento considerável dos gastos nas despesas com saúde. Mas também tivemos uma boa notícia, que foi o aumento de gastos com investimentos, que praticamente dobraram", avalia. (Gazeta)
Números. Segundo o secretário, os investimentos tiveram um crescimento de 131,5% no segundo quadrimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019. Neste ano, foram aplicados mais de R$ 484 milhões em obras, ações e equipamentos. E ainda há R$ 1,44 bilhão de saldo no fundo de infraestrutura, com parte dos recursos reservada para projetos em andamento. (Gazeta)
Voos. O Cais do Hidroavião, localizado na região de Santo Antonio, em Vitória, vai voltar a operar com voos comerciais e turísticos de aeronaves anfíbias, que podem pousar na água ou na terra. O leilão do imóvel está sendo viabilizado para o mês de janeiro do próximo ano. O local já abrigou o primeiro aeroporto do Espírito Santo. (Gazeta)
Interesse. O anúncio foi feito pelo superintendente de Patrimônio da União no Espírito Santo (SPU-ES), Márcio Furtado. “Já temos alguns interessados na compra do imóvel para a exploração de voos comerciais e turísticos. E como o edital é nacional, pode ainda atrair o interesse de empresários de fora do Estado. Além do aeroporto, o espaço poderá ter restaurante e outras atividades”, explicou. (Gazeta)
Aviação. O governo federal lançou ontem o programa Voo Simples, um conjunto de 52 medidas para desburocratizar a aviação. O pacote simplifica as exigências para empresas de táxi aéreo, permitindo que novos operadores de pequeno porte entrem no mercado, aumentando a oferta nas áreas menos atendidas. A simplificação dos processos para fabricação, importação ou registro de aeronaves também está prevista. (ES 360)
Aliás, o grupo Itapemirim, que está em recuperação judicial, inicia amanhã a contratação de novos funcionários para sua companhia de aviação, a Ita Transportes Aéreos. A empresa, que ainda busca um fundo interessado em financiar o projeto, planeja voar para 16 aeroportos do país. (Tribuna)
Impasse. Empresários e especialistas discordam da equipe econômica do governo federal quanto ao pagamento de 13º ao final deste ano. O primeiro grupo defende um pagamento proporcional aos trabalhadores que tiveram contratos suspensos ou jornadas reduzidas durante a pandemia. O Ministério da Economia, por sua vez, quer que o pagamento seja feito de forma integral. (Gazeta)
Prêmio. A Realcafé abriu inscrições para o Prêmio Excelência de Qualidade Realcafé, que busca identificar e premiar os melhores cafés arábica produzidos nas montanhas capixabas. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 13 mortes e 740 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 3.617 óbitos e 136.590 registros da doença. Até o momento, 125.803 pacientes estão curados. (Tribuna)
UTI. A taxa de ocupação nos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 68,35% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 436 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Ocupação. É a maior taxa dos últimos 28 dias. O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explica que o aumento da ocupação de UTIs tem relação com a reversão de leitos para outras especialidades. "Hoje, temos 436 leitos disponíveis e 298 pacientes internados. No dia 9 de setembro, tínhamos 586 leitos disponíveis e 404 pacientes internados", detalha. (Tribuna)
Aulas. O Ministério da Educação divulgou ontem o Guia de Retorno das Atividades Presenciais na Educação Básica. O documento recomenda uso de itens de segurança em alunos e professores, como máscaras de proteção tripla, que devem ser trocadas a cada quatro horas. Também foram estabelecidos quatro níveis de classificação, permitindo a reabertura total apenas em municípios com poucos casos da doença. (Tribuna)
Política
Bolsonaro afirmou ter acabado com a Lava Jato ao responder críticas à nomeação de Kassio Marques para o STF: "É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato! Porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”. Bolsonaro foi elogiado pelo senador Renan Calheiros, que classificou o fim da Lava Jato como o combate ao "estado policialesco". (Tribuna)
Currículo. O currículo do desembargador Kassio Marques cita um curso de pós-graduação e um pós-doutorado que teriam sido feitos, se somados, em um período de apenas 10 dias de aula. Segundo informações do Ministério da Educação, os cursos, juntos, demorariam, em média, de três a quatro anos para serem concluídos. (ES 360)
Acordo. O governo brasileiro reagiu à decisão do Parlamento Europeu de aprovar, de forma simbólica, uma resolução rejeitando o acordo entre União Europeia e Mercosul e a classificou como "manifestação de cunho político", sem efeitos reais sobre o processo legal de apreciação do tratado. (Folha Vitória)
Rio Doce. A Defensoria Pública do Espírito Santo estuda elaborar uma ação contra a Fundação Renova após a instituição ter rompido o contrato unilateralmente com a Rede Rio Doce Mar (RRDM). A Renova estipulou um prazo de 30 dias para desmobilização do programa, que é formado por uma rede colaborativa acadêmica de pesquisa, constituída por mais de 500 pesquisadores de 28 instituições de ensino. (ES 360)
Regras. A Secretaria de Estado da Saúde vai elaborar uma nota técnica com protocolos sanitários para o período eleitoral. Na ausência de um protocolo unificado, cidades como Barra de São Francisco têm proibido até mesmo a realização de carreatas. (Coluna Plenário, Tribuna)