Paralisação da Vale em Itabira (MG) pode afetar produção capixaba
Resumo dos jornais desta terça-feira (09)
Impacto. O aumento dos casos de covid-19 em Minas Gerais pode afetar a produção da Vale no Espírito Santo. As operações do complexo da Vale em Itabira (MG) foram paralisadas por causa da pandemia, afetando o abastecimento do Sistema Sudeste. Uma parte do minério é exportada pelo Porto de Tubarão e outra é transformada em pelotas para atender ao mercado. Uma das principais compradoras é a ArcelorMittal Tubarão. A Vale confirmou que pode haver "desabastecimento temporário de pelotas para o mercado interno enquanto permanecer a paralisação de Itabira". No primeiro trimestre deste ano, o Sistema Sudeste produziu 11,7 milhões de toneladas de minério. Deste total, 6 milhões foram retirados do complexo de Itabira. (Gazeta)
Queda. O orçamento do Espírito Santo sofrerá a maior perda percentual do Sudeste. A retração de R$ 3,4 bilhões projetada pelo secretário de Estado da Fazenda, Rogélio Pegoretti, representa 17% do orçamento estadual. Os estados do Rio de Janeiro (-14%), de São Paulo (-13,6%) e de Minas Gerais (-7,2%, considerando apenas o ICMS) terão perdas menores de arrecadação. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
Aliás, o governo do Espírito Santo e os municípios capixabas recebem hoje a primeira parcela do auxílio financeiro da União. O Tesouro estadual receberá R$ 936 milhões, sendo R$ 224 milhões destinados exclusivamente à saúde pública e R$ 712 milhões de uso livre. Os municípios receberão outros R$ 539 milhões, com destaque para a Serra, que terá direito a R$ 69,5 milhões. (Folha Vitória)
Além disso, o governo estadual terá um alívio financeiro de R$ 480 milhões com a suspensão do pagamento de dívidas com a União e os bancos federais até o fim deste ano. (Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 39 mortes e 1.040 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 871 óbitos e 20.659 notificações da doença. Até o momento, 11.192 pacientes foram curados. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para covid-19 chegou a 84,22% no Espírito Santo. Na região Metropolitana, a taxa de ocupação subiu para 88,01%, com 53 leitos à disposição. (Painel Covid-19)
Vagas. A Secretaria de Estado da Saúde tem mantido vagas abertas em processos seletivos, mas não tem conseguido preenchê-las. Segundo médicos e enfermeiros consultados, há déficit de profissionais de saúde no Espírito Santo. (Gazeta)
Educação. Diante do crescimento da inadimplência, escolas particulares do Espírito Santo temem a falência em meio à pandemia. O superintendente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino (Sinepe-ES), Geraldo Diório Filho, calcula que 50% das mensalidades deixaram de ser pagas no último mês e o número de distratos atingiu níveis "astronômicos" nas creches. O sindicato pede que o Estado crie um auxílio emergencial para as escolas. (Gazeta)
Retorno. A rede particular de ensino prepara uma proposta de retomada das aulas a partir de julho. O Sinepe elaborou um protocolo de segurança que determina, entre outras coisas, aferição da temperatura, distanciamento em sala de aula e uso obrigatório de máscaras. (Gazeta)
Na rede pública, alunos têm realizado tarefas online que não contabilizam como dias letivos e relatam dificuldade para acessar o conteúdo em casa. (Folha Vitória)
Formalização. O número de microempreendedores individuais cresceu no Espírito Santo durante os meses de março e maio, segundo o Sebrae. Foram cerca de sete mil novos registros, contra seis mil no mesmo período do ano passado O estado conta, agora, com 260 mil microempreendedores individuais. (ES 360)
Produção. Mesmo em meio à pandemia, a Usina Paineiras, localizada em Itapemirim, espera moer 22% a mais de cana-de-açúcar do que na última safra. A empresa quer processar 600 mil toneladas da matéria-prima, produzindo 670 mil sacos de açúcar e 25 milhões de litros de etanol. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Troca. O gerente-geral da Unidade de Operações da Petrobras no Espírito Santo (UO-ES), Ricardo Morais, vai assumir a gerência executiva de Terras e Águas Rasas (TAR) no Rio de Janeiro. Quem assumirá interinamente a UO-ES é Marcela Borges, atual gerente de Planejamento e Gestão. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Solidariedade. O projeto Apex Social arrecadou cerca de 165 mil reais, transformados em mais de 30 toneladas de alimentos e distribuídos em 2.200 cestas. A iniciativa foi organizada pela Apex Partners em parceria com o deputado federal Felipe Rigoni e as empresas Marca Ambiental, Buaiz Alimentos, Lupino Filmes e Comprocard. O projeto atendeu 8.800 pessoas em 90 comunidades e oito municípios do Espírito Santo: Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Vitória, Vila Velha, Serra, Linhares, Fundão e Cariacica. (Blog Apex)
Política
Comarcas. A pressão contra a integração de comarcas ganhou mais um ingrediente no interior. Moradores de Pedro Canário, Laranja da Terra, Vargem Alta e Fundão organizaram carreatas para protestar contra a decisão. A OAB-ES realizará um ato público online e ingressará com ação no CNJ em parceria com a Amunes. (Coluna Plenário, Tribuna)
Reajuste. Os vereadores de Linhares rejeitaram reduzir os salários em 75%, passando de R$ 6.192 para R$ 1.543. A medida valeria para a próxima legislatura, mas teve apenas dois votos favoráveis. A maioria vai buscar a reeleição. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma