Petrobras adia investimento bilionário no sul do ES pela terceira vez
Resumo dos jornais desta segunda-feira (19)
Adiamento. Um dos projetos mais esperados para o Espírito Santo na área de petróleo e gás será adiado pela terceira vez. A Petrobras decidiu jogar para 2024 o início da operação do projeto Integrado Parque das Baleias, que promete ampliar a produção em Novo Jubarte, no Litoral Sul do Espírito Santo. O projeto de aproximadamente R$ 5 bilhões estava com data prevista para 2023, mas a pandemia levou a empresa a retardar o início da atividade. (Gazeta)
Beatriz Seixas: "Não é novidade que os olhos e os recursos da petroleira estão voltados principalmente para o pré-sal da Bacia de Santos, onde o volume e a rentabilidade da produção são mais altos. Há outro detalhe do projeto no Espírito Santo que acaba contribuindo para que a entrada de uma nova unidade não seja tão urgente: a nova plataforma vai operar em uma região em que a produção já é realizada. [...] mantê-lo em seu planejamento indicando que ele pode ser recuperado em breve é uma estratégia da petrolífera também do ponto de vista político. É uma forma de manter o bom relacionamento institucional Para um grande conhecedor da área, cancelar o empreendimento causaria 'confusão e mal-estar' com o governo do Estado. De fato, ao manter o IPB na carteira de projetos ele continua vivo, mas, convenhamos, já não é de hoje que ele está em coma, aliás, em coma induzido. Retirar os aparelhos de vez será questão de tempo." (Gazeta)
Casagrande cobrou a empresa nas redes sociais: "A decisão da Petrobras de adiar mais uma vez os investimentos no Parque das Baleias, no sul do ES, e a ociosidade das instalações aqui existentes, seja na exploração do óleo e no tratamento do gás, precisa de uma explicação clara de quais são planos da empresa para nosso estado." (Twitter)
Saneamento. A PPP para o serviço de saneamento dos municípios de Cariacica e Viana atraiu sete empresas. O leilão será realizado amanhã (20), na B3. Para atender 423 mil habitantes nos próximos 30 anos, serão investidos R$ 1,3 bilhão. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Inovação. Um em cada quatro donos de pequenos negócios implementou alguma inovação desde o início da crise provocada pela pandemia. Segundo pesquisa do Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, os empresários que desenvolveram práticas inovadoras em seus negócios tiveram mais sucesso na melhora do nível de faturamento. (Folha Vitória)
Nome. Uma briga que se arrasta na Justiça há 11 anos pode ter um desfecho em breve. A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar um recurso do Extrabom Supermercados, marca capixaba do Grupo Coutinho, em processo movido pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA). A discussão sobre a propriedade intelectual do nome do negócio pode resultar na anulação do registro do Extrabom. (Gazeta)
Pós-crise. O Grupo Águia Branca prevê encerrar o ano com um faturamento 20% inferior ao de 2019, quando a companhia registrou uma receita da ordem de R$ 7 bilhões. Apesar da queda, o resultado é encarado pela empresa de forma tranquila e avaliado como satisfatório, dada a gravidade da crise enfrentada. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Risco. A internet está cheia de anúncios que prometem dinheiro rápido em operações de curto prazo na Bolsa. É o chamado day trade, que faz mais vítimas do que milionários. Estudo feito pela FGV apontou que 97% das pessoas que especulam perdem dinheiro na Bolsa. De todos que tentaram alguma coisa, 92,1% pararam em menos de um ano. Nos 3% que saíram no azul, 2,6% ganharam menos do que 300 reais por dia. Isso significa que só 13 das 19,6 mil pessoas analisadas na pesquisa (0,4%) que tentaram a sorte conseguiram altos rendimentos na carreira de day trader. (Gazeta)
Orientação. O Ministério da Economia prepara uma orientação para o pagamento de 13º salário aos trabalhadores que tiveram contratos suspensos ou salários reduzidos durante a pandemia. O governo federal quer que o valor seja pago integralmente, mas advogados trabalhistas alegam que o benefício deve ser proporcional. A nota do governo tenta diminuir o risco de judicialização. (Tribuna)
Entrevista. O programa Mundo Business do último domingo ouviu o empresário Luis Cordeiro, da Estel e da Placas do Brasil, e o economista-chefe da Apex Partners, Arilton Teixeira. (Youtube)
Boletim. O Espírito Santo registrou quatro mortes e 461 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 3.713 óbitos e 144.415 registros da doença. Até o momento, 133.595 pacientes estão curados. (Tribuna)
UTI. A taxa de ocupação nos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 72,36% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 416 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Mapa. Três municípios permanecem com risco moderado: Anchieta, Santa Teresa e Conceição da Barra. (Tribuna)
Pobreza. O fim do auxílio emergencial pago pelo governo federal até dezembro deve colocar 280 mil capixabas de volta à extrema-pobreza. No Espírito Santo, 71,4 mil pessoas têm o auxílio como única fonte de renda, segundo o Ipea. (Gazeta)
Política
Campanha. Empresas estão oferecendo aos comitês de campanha a venda de bancos de dados e pacotes de disparos de mensagens via Whatsapp. O serviço, que fere a Lei Geral de Proteção de Dados, chega a custar R$ 40 mil. Uma empresa de pernambuco ouvida pela reportagem afirma ter mais de 1,5 milhão de contatos com DDD 27 e capacidade para enviar 20 mil mensagens por dia. (Tribuna)
Produtividade. Em reunião realizada na Findes na última semana, que teve a presença de lideranças empresariais e políticas do Espírito Santo, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, apresentou o programa Mobilização pelo Emprego e Produtividade. O objetivo é ouvir o setor produtivo, identificar entraves e desenvolver soluções em favor da competitividade local. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Neutro. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Dary Pagung, afirmou que o governador Renato Casagrande deve ficar fora dos palanques no primeiro turno. (Coluna Plenário, Tribuna)
CPMF. O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar na criação de um imposto sobre transações. "Temos que desonerar o custo do trabalho. Enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro esse imposto de merda. Por que você acha que estamos pensando nessa coisa de merda? Você acha que liberais gostam de criar impostos? De maneira alguma. Só tem uma maneira razoável de pensar, é porque existe um pior funcionando hoje", afirmou. (Gazeta)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma