Petrobras quer investir bilhões em geração eólica offshore no ES; Após 20 anos, Cade pode dar aval à venda da Chocolates Garoto
Resumo dos jornais desta terça-feira (07)
Energia. A Petrobras assinou uma carta de intenções com a norueguesa Equinor e avalia construir sete usinas de geração eólica offshore na costa brasileira. Uma delas, no parque Aracatu, ficaria localizada na fronteira litorânea entre o Espírito Santo e o Rio de Janeiro. (Brazil Journal)
Os investimentos, que também contemplam projetos no Piauí, no Ceará, no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte, podem superar os US$ 25 bilhões. O valor não está no plano estratégico da Petrobras 2023-2027, que prevê um capex de US$ 78 bilhões, com 80% do valor destinado ao pré-sal. (Brazil Journal)
A capacidade de geração das sete usinas é de 14,5 GW, o equivalente a 63% de toda a capacidade instalada no país em parques de geração solar (23 GW). (Brazil Journal)
Críticas. Especialistas questionam a escolha da geração eólica offshore para o plano de transição energética da Petrobras. Embora tenham mais estabilidade e produzam até 67% a mais que as eólicas onshore, as usinas demandam um investimento três vezes superior. (Brazil Journal)
Diversificação. Além da energia eólica offshore, a Petrobras também planeja investir nos próximos cinco anos em hidrogênio verde e captura de carbono. (Brazil Journal)
Vale lembrar: em 2020, a norueguesa Equinor deu entrada no processo de licenciamento de um parque eólico offshore no Espírito Santo. O projeto, localizado em Itapemirim, tinha capacidade para 2 GW. (Gazeta)
Fusão. A longa novela da compra da Chocolates Garoto pela Nestlé terá mais um capítulo nesta semana. O Cade vai analisar o assunto mais uma vez, quase 21 anos após a compra. Se a fusão for aprovada, será o fim de uma batalha judicial de 19 anos. (Gazeta)
Histórico. Em 2004, dois anos após o negócio, o Cade vetou a fusão. A decisão foi suspensa no ano seguinte, após recurso apresentado pela Nestlé. Em 2009, o órgão antitruste deu início a uma nova análise, processo que tramita na Justiça desde então e foi até ao TRF. (Gazeta)
Folha Business
Qualificação. O setor portuário capixaba receberá R$ 7 bilhões de investimentos nos próximos anos, que devem gerar milhares de empregos nas obras e na operação das novas unidades. Um dos maiores desafios para o setor, no entanto, é a qualificação da mão de obra. A falta de profissionais capacitados é um problema que tem afetado o setor de logística não só no Espírito Santo, mas em todo o Brasil. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Demissão. Quase sete milhões de brasileiros pediram demissão de forma voluntária em 2022. O movimento, conhecido como "grande renúncia", ocorreu com maior intensidade entre os mais escolarizados e os mais jovens. Entre os trabalhadores com pós-graduação, a demissão voluntária superou os 50%. (Folha Vitória)
Dois fatores explicam a onda de demissões: a busca por qualidade de vida e o desequilíbrio em algumas áreas, como tecnologia e saúde, com alta demanda e pouca mão de obra disponível. (Folha Vitória)
Nos Estados Unidos, mais de um milhão de trabalhadores optaram por trabalhar meio expediente em dezembro e janeiro. Dos 22 milhões de profissionais no modelo part-time, apenas quatro milhões gostariam de um trabalho em tempo integral. (Wall Street Journal)
Bolsa. O Ibovespa fechou o dia com alta de 0,80%, aos 104.700 pontos. O resultado refletiu o otimismo dos investidores com o anúncio de um novo arcabouço fiscal. (Infomoney)
O dólar recuou 0,58%, negociado a R$ 5,169. (Infomoney)
Recuperação. A Azul registrou lucro líquido de R$ 231,2 milhões no quarto trimestre de 2022. O desempenho reverteu o prejuízo de R$ 954,7 milhões registrado no mesmo período de 2021. O Ebitda da empresa no último trimestre ficou em R$ 1,097 bilhão, alta de 70% na mesma base de comparação. (Folha Vitória)
Crescimento. O Brasil subiu uma posição no ranking das maiores economias do mundo, segundo a agência de risco Austin Rating. O PIB nominal chegou a US$ 1,92 trilhão, colocando o país na 12ª colocação. Para voltar aos dez primeiros lugares, será preciso ultrapassar o Irã (US$ 1,97 trilhão) e a Itália (US$ 2 trilhões). (Poder 360)
Embora tenha avançado 2,9% no ano passado, a economia brasileira cresceu abaixo da média. Segundo levantamento da Austin Rating, o PIB global teve alta de 3,2%. Em uma lista de 47 países, Arábia Saudita (7,6%), Colômbia (7,6%) e Índia (6,8%) tiveram os maiores avanços de PIB. O Brasil ficou no 28º lugar. (Poder 360)
Expectativa. Neste ano, com o fim das medidas sanitárias anti-covid, a China projeta um crescimento de 5%, o que deve impulsionar a demanda e os preços de commodities. (Folha Vitória)
Liberação. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes calcula que o comércio com a China seja restabelecido até o final de março. Interrompida preventivamente após o registro de um caso isolado de "vaca louca", a exportação estará na pauta da visita do presidente Lula à China. (Poder 360)
Digital. O comércio eletrônico avançou 1,6% no Brasil e encerrou 2022 com faturamento de R$ 262,7 bilhões. O valor representa um novo recorde, segundo a NielsenIQEbit. Apesar do avanço tímido na variação percentual, o comércio eletrônico vem de anos com altas de dois dígitos por conta da pandemia. (Folha Vitória)
Política
Insatisfação. O vice-governador Ricardo Ferraço subiu o tom nas cobranças feitas à Vale acerca da EF-118. Em 2020, em razão da renovação antecipada da concessão da Ferrovia Vitória-Minas, a Vale assumiu o compromisso de construir um ramal de Cariacica a Anchieta e entregar um projeto de engenharia para o trecho até o Rio de Janeiro. (Gazeta)
Em um recado direto à mineradora, o vice-governador afirmou que é "preciso ser dado um deadline para que a Vale faça as coisas acontecerem". O assunto virou um ponto de desgaste na relação entre o Palácio Anchieta e a empresa, que tem apresentado respostas "insatisfatórias", segundo Ferraço. (Gazeta)
Atritos com uns, harmonia com outros. O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), participou ontem de evento no gabinete do governador sobre segurança pública. Foi sua primeira aparição no Palácio Anchieta desde os ataques contra o governador em maio do ano passado. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Prevenção. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, vem ao Espírito Santo hoje para o lançamento do Fundo Cidades 2023. O governo estadual vai repassar R$ 224 milhões aos municípios para atuar na prevenção de catástrofes naturais. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Jabuti. O relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP), não descarta incluir no texto a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos. O benefício está previsto para se encerrar no fim deste ano. O relator afirma, no entanto, que a decisão caberá ao governo federal. (Poder 360)
Votação. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou que o governo federal ainda não tem base no Congresso para aprovar a reforma. Lira acredita que a operação das comissões será um teste para a dinâmica de um governo de centro-esquerda e um Congresso mais liberal. (Folha Vitória)
Desabafo. O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) fez duras críticas ao presidente Lula em entrevista ao Estadão. Jereissati lamentou a "linha radical" adotada por Lula, que foi classificado como "raivoso em determinados momentos". (Estadão)
E falou mais: Jereissati afirmou que as ideias defendidas pelo governo são "ultrapassadas" e que os embates contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, são "inteiramente desnecessários". (Estadão)
Em tempo: Tasso, que é ex-governador do Ceará e ex-presidente do PSDB, declarou apoio a Lula no segundo turno de 2022. (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma