Petrobras vai investir R$ 22 bilhões no ES; energia eólica, gás e hidrogênio entram no radar
19 de setembro, terça-feira
Investimento. A Petrobras vai investir R$ 22 bilhões no Espírito Santo até 2027. O anúncio foi feito pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, durante cerimônia de celebração dos 15 anos da produção de pré-sal no Brasil, realizada na sede da empresa, em Vitória. (Folha Vitória)
Prazo. Um dos investimentos mais aguardados para a exploração de petróleo no pré-sal capixaba é o FPSO Maria Quitéria, que vai operar no campo de Jubarte. Segundo a Petrobras, o navio-plataforma começará a produzir a partir de 2025 e terá capacidade para 100 mil barris por dia. (Folha Vitória)
Inovação. O FPSO Maria Quitéria será o primeiro “all electric”, o que resultará em menor emissão de gases de efeito estufa. A estimativa é que, durante seu ciclo de produção, o navio-plataforma deixe de emitir mais de cinco milhões de toneladas de CO2. (Folha Vitória)
Por falar em energia limpa, a Petrobras revelou o desejo de implantar duas usinas de energia eólica no litoral capixaba. Uma será desenvolvida em parceria com a Equinor, outra somente com recursos da estatal. As duas unidades ficarão entre as cidades de Itapemirim e Presidente Kennedy. (Gazeta)
Gás. Diante da pressão do governo federal para ampliar a produção de gás no Brasil, o Espírito Santo voltou a ser visto de forma estratégica pela Petrobras. O maior desafio, segundo o presidente Jean Paul Prates, é viabilizar economicamente o processo, já que as reservas são distantes e muito profundas. (Gazeta)
Ociosidade. Atualmente, a Petrobras possui duas unidades de tratamento de gás em solo capixaba: uma em Linhares, outra em Anchieta. Apesar da capacidade de processamento de 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia, as unidades utilizam apenas 20% desse total. (Gazeta)
Hidrogênio. A ampliação da produção de gás em solo capixaba pode viabilizar outro projeto ambicioso: a produção de hidrogênio, grande aposta para fonte de combustível industrial no futuro. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Negócios. A Espírito Madeira, realizada na última semana em Venda Nova do Imigrante, já está confirmada para setembro de 2024. A feira inédita conectou toda a cadeia produtiva da madeira no Espírito Santo e, segundo levantamento preliminar da organização, movimentou pelo menos R$ 26 milhões em negócios. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Números. Com 162 expositores e mais de dez mil visitantes, a feira abriu espaço para 44 especialistas em 51 horas de programação. O evento contou com uma olimpíada da madeira, além de espaço maker, oficinas gastronômicas e exposição de design, com curadoria de arquitetos e produtores culturais. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Imóveis. Praia do Canto e Enseada do Suá estão entre os bairros mais caros da América Latina. Levantamento da consultoria internacional Properati mostrou que bairros badalados de países como Peru e México, quando convertidos para o Real, figurariam muito próximos aos endereços capixabas. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Ampliação. O grupo MiniPreço investiu R$ 8 milhões para erguer duas novas lojas no Espírito Santo. As unidades ficarão na Glória, em Vila Velha, e em Jardim Limoeiro, na Serra. Com as inaugurações, o grupo passa a ter seis lojas em solo capixaba — há unidades também em Vitória e Linhares. (ES360)
BRASIL
PIB. O Ministério da Fazenda aumentou a estimativa de crescimento para o PIB em 2023, subindo de 2,5% para 3,2%. Os dados são do Boletim MacroFiscal. (InfoMoney)
A mudança repercutiu principalmente o resultado do PIB no 2º trimestre do ano, que cresceu 0,9% na margem e 3,4% na comparação interanual. (InfoMoney)
O Ministério listou o aumento na safra projetada para 2023, os resultados positivos observados em diferentes indicadores e as expectativas de recuperação da economia chinesa como fatores que contribuíram para elevar a estimativa de crescimento no ano. (InfoMoney)
Por falar em projeções, o Boletim Focus do Banco Central revela que o mercado financeiro interrompeu a sequência de altas para a inflação de 2023 nesta semana. A estimativa do IPCA 2023 recuou de 4,93% para 4,86%. (InfoMoney)
As estimativas para o PIB 2023 continuaram a avançar. A mediana das projeções subiu de 2,64% para 2,89%. (InfoMoney)
Para a Selic, as projeções estão inalteradas há seis semanas. A estimativa para o final de 2023 continuou em 11,75%. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa começou a semana com queda de 0,40%, fechando a sessão aos 118.288 pontos. O índice foi impactado pelas baixas das ações ordinárias da Vale, que recuaram 1,14%. (InfoMoney)
O dólar caiu 0,31% frente ao real, cotado a R$ 4,856. (InfoMoney)
Dívidas. Os bancos já renegociaram R$ 13,2 bilhões em dívidas por meio do programa Desenrola Brasil, segundo a Febraban. O número de contratos de dívida chegou a 1,9 milhão, em um universo de 1,4 milhão de clientes bancários. (Estadão)
Petróleo. A cotação do petróleo atingiu o maior patamar em 10 meses, com o barril tipo Brent fechando em alta de 0,53%, cotado a US$ 94,43. Com isso, a Petrobras vê a disparidade entre os preços de combustíveis no país e no mercado internacional aumentar. (Globo)
Superávit. Especialistas estimam que o saldo entre as vendas externas e as compras internacionais no Brasil possa superar US$ 90 bilhões até o fim do ano. Esse seria o maior superávit da série histórica, iniciada em 1989.
Impulsionada pelo agronegócio, a balança comercial brasileira vem renovando recordes e já acumula superávit de US$ 62,4 bilhões até agosto, salto de 43% ante o ano anterior. (Globo)
POLÍTICA
Captação. O Ministério da Fazenda estima captar cerca de US$ 2 bilhões, o correspondente a R$ 9,73 bilhões, na cotação atual, com a emissão dos chamados “títulos verdes” na Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos. (Globo)
A ideia é que o valor seja utilizado para o financiamento de projetos sustentáveis no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no país para uma série de agendas com empresários, políticos e acadêmicos. (Globo)
As ações para atrair os recursos de investidores estrangeiros incluem: prevenção e controle de poluição e emissão de gases de efeito estufa; fomento a iniciativas ligadas à energia renovável, transporte limpo, e gestão sustentável de recursos naturais; bem como prevenção e controle de poluição, e gestão de resíduos sólidos. (Globo)
Em tempo: o governo se prepara para desenvolver um Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia e uma Estratégia Nacional de Investimentos em Negócios de Impacto. Essas novas políticas prometem acelerar os chamados negócios verdes. (Estadão)
E se o assunto é sustentabilidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que quer aprovar na Casa o marco regulatório de transição para uso de hidrogênio verde ainda neste semestre. (Globo)
A ideia é usar o combustível para descarbonizar a frota nacional de transporte de carga e reduzir a dependência de diesel. (Globo)
Reajuste. O governo federal quer usar parte do crédito extra de R$ 15 bilhões do orçamento do ano que vem para conceder um reajuste aos servidores. Os recursos poderão ser liberados em maio, caso a receita cresça mais que o previsto. (Estadão)
Por falar no funcionalismo, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirma que a estabilidade do servidor federal será preservada na proposta de reforma administrativa que está em discussão na atual gestão. (Estadão)
Transparência. O governo federal passará a divulgar informações de monitoramento das obras do novo PAC dentro do site de lançamento do programa. A medida foi tomada para amenizar as críticas por parte de especialistas e entidades quanto à transparência do plano. (Estadão)
Inclusão. A Secretaria de Estado das Mulheres vai lançar um prêmio para reconhecer organizações não governamentais e movimentos coletivos que apoiam o empreendedorismo feminino. O "Prêmio Elas" vai distribuir um total de R$ 60 mil para as instituições que se destacam na inclusão produtiva das mulheres capixabas. (Tribuna)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto, editor