Economia. O PIB do Espírito Santo avançou 0,3% no segundo trimestre e fechou a primeira metade do ano com crescimento de 2,5%. Em 12 meses, a economia capixaba acumula 0,9% de alta e soma R$ 184,7 bilhões, o maior valor nominal da série histórica. Os dados são do Instituto Jones dos Santos Neves. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Setores. A expansão de 2,5% no primeiro semestre foi puxada pelo desempenho do setor de serviços (+8,9%) e do comércio varejista (+9,7%). A venda de veículos, estimulada pela redução temporária de tributos, saltou 21,8% no Espírito Santo. Na indústria capixaba, avanço tímido de 0,5% no período. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Na agricultura, houve aumento da produção em cinco das dez culturas monitoradas pelo IJSN. Em alta: pimenta-do-reino (+1,7%), banana (+3,2%), cacau (+15,8%), coco (+9,3%) e mandioca (+0,9%). Em baixa: mamão (-18,1%), tomate (-2,0%), cana-de-açúcar (-0,5%), café conilon (-14,7%) e café arábica (-22,2%). (Coluna Agro Business, Folha Business)
FOLHA BUSINESS
Relevância. O crescimento do setor de serviços vem fortalecendo o cofre das Prefeituras. No ano passado, a arrecadação dos municípios capixabas com ISS chegou a R$ 1,9 bilhão. O montante representa uma alta de 14,5% em relação a 2021. Os dados estão no anuário Finanças dos Municípios Capixabas, elaborado pela Aequus Consultoria. (Aequus)
Desempenho. Vitória teve a maior variação nominal, com R$ 57,5 milhões a mais de arrecadação de ISS, chegando a R$ 640 milhões no ano passado. Na Serra, que recolheu R$ 298,2 milhões com o imposto no mesmo período, o ganho foi de R$ 43,1 milhões. Na variação percentual, destacam-se Linhares (48,5%), Aracruz (29,4%) e São Mateus (19,9%). (Aequus)
Inovação. O Grupo Buaiz anunciou a expansão de seus negócios no campo da tecnologia. A empresa fechou uma sociedade com a Optsol, startup capixaba de desenvolvimento de softwares. O grupo adquiriu 30% de participação na empresa de tecnologia, que atende clientes como ArcelorMittal e Águia Branca. (Folha Vitória)
Mobilidade. O Espírito Santo vai ganhar, até novembro, mais um aplicativo para transporte de passageiros. O Mobizap, que já opera em São Paulo, promete cobrar tarifas menores dos motoristas e, por consequência, resultar em corridas mais acessíveis para os passageiros. (ES 360)
BRASIL
Indústria. A indústria brasileira iniciou o segundo semestre no vermelho. A produção recuou 0,6% em julho, depois de ficar estagnada no mês anterior. Os dados são do IBGE. (Estadão)
Com o resultado, o setor está em um patamar 2,3% abaixo do registrado no período pré-pandemia. Na avaliação de economistas, a tendência é que a indústria continue em marcha lenta. (Globo)
A pesquisa aponta que, na passagem de junho para julho, houve perdas em 15 dos 25 ramos avaliados, com destaque para as retrações em veículos automotores (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%). (Estadão)
Entre os fatores para o baixo desempenho da produção industrial estão os juros e a inadimplência elevados. (Globo)
Títulos. O Brasil vai oferecer três tipos de títulos soberanos sustentáveis aos investidores internacionais. Eles poderão ser adquiridos sob o compromisso de destinação dos recursos para ações ambientais e sociais. (Folha)
A definição consta no chamado "Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis". Será a primeira emissão de título sustentável realizada pelo país no mercado externo. (Folha)
A expectativa do governo federal é que a primeira captação ocorra ainda neste ano. (Folha)
Petróleo. O preço do petróleo subiu cerca de 2% depois que a Arábia Saudita e a Rússia anunciaram novos cortes voluntários de oferta. A decisão estendeu uma redução combinada de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) por mais três meses até dezembro. (Folha)
Com isso, os contratos futuros do petróleo Brent subiram cerca de 1,4%, sendo negociados acima de US$ 90 por barril, o que não acontecia desde novembro do ano passado. (Folha)
Descarbonização. A Petrobras realizou sua primeira compra de créditos de carbono: 175 mil títulos. Os créditos serão gerados pelo projeto Envira Amazônia, em Feijó (AC), dedicado à preservação da floresta amazônica e ao desenvolvimento de ações em prol das comunidades da região. O valor pago na transação não foi divulgado. (Folha)
O volume de créditos comprados equivale a 175 mil toneladas de gases de efeito estufa e à preservação de uma área de 570 hectares da floresta amazônica. (Folha)
Drex. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil realizaram a primeira transferência de recursos entre bancos públicos por meio do Drex. A versão digital do Real está em processo de implementação pelo Banco Central e ainda não tem um cronograma oficial de lançamento. (Estadão)
As instituições financeiras realizaram a transferência de reservas bancárias no ambiente de testes do Banco Central. Primeiro, os valores foram transferidos da carteira do Banco do Brasil para a Caixa. Depois, retornaram para a carteira de origem. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,38%, aos 117.331 pontos. O principal índice da B3 foi impactado pelo temor dos investidores sobre uma desaceleração da economia global. (InfoMoney)
O dólar registrou alta de 0,82%, cotado a R$ 4,97 (InfoMoney)
POLÍTICA
Regulamentação. O STF vai decidir se o governo estadual deve seguir as normas regulamentadoras de saúde e segurança no ambiente de trabalho (NRs). O governo recorreu ao Supremo depois que o Ministério Público do Trabalho (MPT-ES) moveu processos administrativos e judiciais por descumprimento das normas. (Valor)
Estratégia. Na ação, o Espírito Santo pede a inconstitucionalidade da interpretação do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a aplicação das normas. O Estado alega que os servidores estatutários não são regidos pela CLT e, portanto, não estão sujeitos a normas trabalhistas secundárias. (Valor)
Condições. Em provas apresentadas pela Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região, foram observados problemas de segurança, saúde e higiene no ambiente de trabalho de alguns servidores. (Valor)
Compensação. A Câmara dos Deputados aprovou a tramitação em regime de urgência do projeto de lei sobre a compensação das perdas de arrecadação do ICMS para os Estados e municípios. Foram 305 votos favoráveis e 89 votos contrários. (Estadão)
As perdas ocorreram no ano passado, com a redução de impostos sobre combustíveis. Em março, o Ministério da Fazenda havia anunciado um acordo entre governo e estados de R$ 27,5 bilhões. Essa decisão foi homologada pelo STF em junho. (Globo)
Os deputados discutem incluir no projeto de lei uma antecipação dos recursos aos municípios e uma espécie de “cota-extra” do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As alternativas ainda estão sendo estudadas. (Estadão)
Aprovado. Os deputados também aprovaram o projeto de lei que limita os juros do rotativo do cartão de crédito. O texto prevê uma taxa máxima de 100% do valor original da dívida para o crédito rotativo e para o parcelamento de faturas de cartões de crédito. (Estadão)
O projeto também estabelece as regras do Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo. O texto agora segue para análise do Senado. (Estadão)
A Febraban criticou o estabelecimento de um teto para o crédito rotativo e afirmou que a decisão deve reduzir a oferta de crédito no país. (Estadão)
A Abipag, que representa as maquininhas, comemorou a aprovação. Para a entidade, a medida estimula a portabilidade de crédito e iniciativas de educação financeira. (Estadão)
Apostas. O relator do projeto de lei que vai regulamentar as apostas esportivas online, deputado Adolfo Viana, avalia reduzir a cobrança sobre as empresas e ampliar a faixa de isenção para o apostador. As mudanças estão sendo discutidas com técnicos do Ministério da Fazenda e lideranças partidárias. (Estadão)
As chamadas Bets pedem um valor entre 8% e 10%. O governo quer 18%. Viana estuda um meio-termo. (Globo)
Reforma. Para não aprovar a reforma administrativa, o governo federal deve apresentar um pacote de medidas e apoiar dois projetos no Senado que tratam de supersalários e concursos públicos. (Globo)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apoiou publicamente o projeto para combater os supersalários no serviço público. (Folha)
O governo teme que a Câmara dos Deputados desengavete um projeto de lei enviado pela equipe econômica de Paulo Guedes sobre a reforma administrativa, após pressão do presidente da Casa, Arthur Lira, sobre o tema. (Globo)
Lira, por sua vez, afirmou que recebe com "satisfação" o interesse da equipe econômica pelo assunto. (Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor