PIB capixaba cai 1,2% no primeiro trimestre; pandemia vai agravar resultado até junho
Resumo dos jornais desta quinta-feira (18)
Queda. O PIB capixaba caiu 1,2% entre janeiro e março deste ano, na comparação direta com o último trimestre do ano passado. Os dados divulgados pelo Instituto Jones dos Santos Neves mostram que a economia do Espírito Santo sofreu recuo antes mesmo que as medidas de isolamento social fossem intensificadas. Quando comparado ao primeiro trimestre de 2019, o desempenho do PIB foi ainda pior: recuo de 1,7%. (Gazeta)
Setores. A indústria capixaba, com perda de 13,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, exerceu maior influência negativa na composição do PIB. O setor de serviços teve baixa de 2,4% e o comércio registrou o único resultado positivo, crescendo 4,4%. O IJSN projeta desempenho pior no segundo trimestre, considerando que o primeiro decreto para fechamento do comércio de rua foi publicado em 20 de março. (Gazeta)
Recuperação. Os dados da economia capixaba só devem começar a apresentar melhoria a partir de julho, avalia o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antônio Ricardo Freislesbem da Rocha. (Tribuna)
Extração. A retração de 25,5% na indústria extrativa, composta pelos segmentos de minério, petróleo e rochas, contribuiu para o mau desempenho do setor. "Com a redução da demanda do mercado internacional, a Vale realizou a parada programada das usinas 3 e 7 de Tubarão", explica Freislesbem. (Gazeta)
Exportações. Com uma economia muito ligada ao mercado internacional, o Espírito Santo sentiu mais rapidamente a queda no comércio exterior. Houve perda de 19,31% em relação ao último trimestre, com redução de 25,79% nas importações e decréscimo de 12,47% nas exportações. (Gazeta)
Agricultura. Das dez principais lavouras cultivadas no Espírito Santo, quatro estão com perspectiva de queda e seis em expansão. (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 47 mortes e 1.478 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, soma 1.179 óbitos e 30.508 registros da doença. O número de curados também subiu, chegando a 17.254 pacientes. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com covid-19 voltou a cair e chegou a 81,86% no estado. Na região Metropolitana, a ocupação é de 83,33%. (ES 360)
Cálculo. A ocupação dos leitos de UTI infantis é 59% menor que a de adultos no Espírito Santo. Os dados são importantes porque compõem o cálculo da oferta de vagas e contribuem para diminuir a média geral do estado. (ES 360)
Letalidade. Pesquisa realizada pela Ufes em parceria com o IJSN apontou que as mortes por covid-19 ocorreram 2,5 vezes mais entre pacientes atendidos pela rede pública, na comparação com a rede privada. O estudo concluiu que os pacientes do SUS apresentam mais comorbidades e não tratam doenças como diabetes e hipertensão. (ES 360).
Dívida. O governo do Espírito Santo publicou decreto suspendendo por 90 dias a inscrição de novos devedores na dívida ativa estadual. (Gazeta)
Falha. Dos 2,6 mil servidores estaduais que receberam o auxílio emergencial indevidamente, 2,3 mil estão inscritos no CadÚnico e não solicitaram o benefício. Uma falha no sistema do Ministério da Cidadania e da Caixa autorizou pagamentos a cadastrados que possuem vínculo empregatício, indo contra requisitos do programa. A devolução dos recursos pode ser feita de forma voluntária. (Gazeta)
Aquisição. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aval para a venda do Grupo São Bernardo Saúde à Athena Saúde, controlada pelo Pátria Investimentos. O grupo já adquiriu a Samp, o Vitória Apart Hospital e as clínicas de diagnóstico por imagem Multiscan e CDI. (Folha Vitória)
Pedágio. A ANTT espera concluir em 60 dias a revisão das tarifas das praças de pedágio da BR 101 no Espírito Santo. A análise deve resultar em reajuste acima da inflação, considerando os investimentos realizados pela concessionária. (Folha Vitória)
Rombo. O Tribunal de Contas da União concluiu que a construção da sede da Petrobras na Reta da Penha causou prejuízo de R$ 819 milhões aos cofres públicos. Edital obscuro, sobrepreço e financiamento desvantajoso aparecem como causas do rombo. (Gazeta)
Política
Investigação. O Ministério Público Estadual (MPES) instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apurar possíveis condutas lesivas praticadas pelos seis deputados estaduais que estiveram nas dependências do hospital estadual Dório Silva. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
Contra-ataque. Os deputados apresentaram uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT-ES) contra o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. Os parlamentares pedem ações cíveis e criminais em razão das condições de trabalho encontradas no Hospital Dório Silva. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Precaução. Como a Assembleia Legislativa rejeitou o requerimento de urgência do projeto que tenta incluir igrejas no rol de atividades essenciais durante a pandemia, pastores se articularam para pressionar as câmaras municipais. Vereadores de Vitória, Vila Velha e Serra registraram, no mesmo dia, projetos idênticos ao texto em tramitação no Legislativo estadual. (Coluna Plenário, Tribuna)
Bandeira. O deputado estadual Capitão Assumção exibiu na sessão virtual da Assembleia Legislativa uma bandeira de origem ucraniana, apropriada por grupos de ultra-direita e neonazistas do mundo todo. (Gazeta)
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Rafael Porto, editor Apex News e Em Suma