Plano de recuperação do ES aposta em energia limpa, redução de ICMS e parceria com iniciativa privada
Resumo dos jornais desta sexta-feira (27)
Retomada. Foi lançado oficialmente ontem o Plano Espírito Santo - Convivência Consciente, que prevê R$ 32 bilhões em investimentos e a criação de 100 mil vagas de empregos até 2022. Ao todo, o plano terá sete eixos: Desburocratização; Medidas Tributárias; Crédito e Financiamento; Monitoramento dos Impactos na Economia; Aceleração dos Investimentos Públicos e Privados; Inovação e Tecnologia; e Geração de Emprego e Renda. As ações foram desenvolvidas em parceria com a Findes, o ES em Ação e o Sebrae. (Governo)
Detalhamento. Do total a ser investido, R$ 8 bilhões virão dos cofres estaduais e serão aplicados em rodovias, infraestrutura rural e também nas áreas de saúde e educação. O governo federal, por sua vez, vai aplicar mais de R$ 1,3 bilhão em projetos como o Contorno do Mestre Álvaro e as obras da BR-447. Outros R$ 23,5 bilhões serão aplicados pela iniciativa privada. (Gazeta)
Infraestrutura. Os recursos relativos à infraestrutura serão direcionados para grandes projetos, como a duplicação da BR-101, a possível duplicação da BR-262, e para investimentos na área portuária, como o anunciado pela Log-In no Terminal Portuário de Vila Velha (TVV). (Gazeta)
Energia. No evento, o governo oficializou a criação do programa Gerar, que tem o objetivo de estimular a produção de energias renováveis, como eólica e solar. Haverá ampliação da isenção de ICMS para atividades de microgeração de energia e licenciamento ambiental simplificado pela internet. (Gazeta)
Gás. Outra proposta é reduzir o ICMS do gás natural. O percentual ainda não está definido, pois o projeto ainda está em fase inicial, mas a medida pode colocar o Estado alguns passos mais perto da atração de investimentos e da criação de empregos nas indústrias que fazem uso intensivo do insumo. (Gazeta)
Tributos. O programa também prevê medidas tributárias, como transferência de créditos de ICMS para terceiros, alterações na legislação do Repetro e redução do imposto sobre o bunker. (Gazeta)
Inovação. O governo irá apoiar empresas capixabas com o Programa de Incubação de Empresas Prósperas e Insight, por meio dos Centros Estaduais de Educação Técnica (CEET) Talmo Luiz Silva, em João Neiva, e Vasco Coutinho, em Vila Velha. (Folha Vitória)
Refinaria. Durante o lançamento do Plano Espírito Santo, foi anunciada a assinatura de um protocolo de intenções para a instalação de uma refinaria modular no Porto Central, em Presidente Kennedy. O investimento previsto para a realização do projeto é de US$ 670 milhões e envolve as empresas EnP e Oil Group. A refinaria poderá processar óleo offshore para produzir gasolina, óleo diesel, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e combustível marítimo (bunker). (Gazeta)
Fundo. O governo aproveitou o evento para apresentar o decreto que regulamenta o Fundo Soberano (Funses). Criado em 2019 para poupar recursos do petróleo, o Fundo soma R$ 360 milhões e permitirá que o Estado use parte do dinheiro para tornar-se sócio de empreendimentos competitivos. A proposta segue a referência de países como Singapura e Noruega. "O fundo pretende ser um indutor do crescimento no nosso território e indutor do crescimento das empresas capixabas fora do estado", explicou o secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffman. (Gazeta)
Beatriz Seixas: "O diálogo entre as iniciativas pública e privada tem se mostrado cada dia mais consistente, fazendo com que o Espírito Santo seja uma referência Brasil afora na condução de diferentes temas, da saúde à economia. Por mais elementar que essa atitude possa parecer, ela é exceção quando olhamos para o que acontece em outros Estados. A briga entre Poderes, as disputas por protagonismo, a falta de alinhamento político-ideológico são alguns dos fatores que minam outros entes da federação a seguir caminho semelhante ao escolhido pelas lideranças capixabas. Não que por aqui estejamos livres de vaidades ou brigas políticas, mas elas ficaram pequenas perto dos esforços coletivos e do interesse de fazer o Espírito Santo avançar." (Gazeta)
Teco Medina, economista e comentarista da CBN, palestrante convidado do evento: "O grande azar do Brasil como nação é que o país tenha optado até hoje em ser menos Espírito Santo e ser mais Rio de Janeiro. A gente perde muito com isso. Essa opção pelo puxadinho, pelo paliativo, por empurrar as coisas com a barriga, por não enfrentar os problemas é a causa principal de tudo o que a gente colhe de errado no país. Acho que não é coincidência que os últimos secretários do Tesouro sejam daqui. Não é coincidência que a gente tenha números diferentes aqui do que os que a gente colhe mesmo no Sudeste já que, em tese, somos muito parecidos." (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Exemplo. A empresa capixaba de projetos e consultoria Timenow foi um dos destaques no Ranking de Engenharia Brasileira 2020 da principal publicação de engenharia do Brasil, a revista OE. A empresa acumula 30% de aumento de receita neste ano, após ter crescido 51% em 2019. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Emprego. O Espírito Santo abriu 9.228 novos postos formais de trabalho em outubro, uma alta de 1,28% em relação ao mês de setembro. O comércio foi destaque, com 2.999 contratações. O setor de serviços somou 2.890 novas vagas, seguido pela indústria, com 1.898. A construção civil gerou 1.478 empregos em outubro. (Gazeta)
Emprego. Após a abertura recorde de vagas formais em outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país pode terminar o ano com perda zero de empregos com carteira assinada. Até outubro, o saldo é negativo em 171.139. Em um pronunciamento no início da coletiva, Guedes ressaltou que a abertura de 394.989 vagas em outubro é o maior número da série histórica, desde 1992. (Folha Vitória)
Velhice. O Espírito Santo ficou em primeiro lugar do país no ranking de longevidade na terceira idade. Os capixabas que chegam aos 65 anos vivem, em média, mais 20,5 anos, segundo o IBGE. (Tribuna)
Nascimento. A taxa de mortalidade infantil também teve o melhor desempenho do país. São 7,8 óbitos de crianças com menos de um ano a cada mil nascidos vivos. A média nacional ficou em 11,9 mortes. (Tribuna)
Boletim. O Espírito Santo registrou 21 mortes e 1.946 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 4.207 óbitos e 184.801 registros da doença. Até o momento, 170.664 pacientes estão curados. (Folha Vitória)
Curva. É o segundo maior volume de casos em 24h registrado desde o início da pandemia. Perde apenas para o dia 7 de julho, quando o Painel Covid-19 registrou 2.156 casos. (Gazeta)
Crispim Cerutti Júnior, médico infectologista: "Isso mostra que, novamente, houve um incremento na transmissão e que não se tem o vislumbre de qual será o novo pico. Um percentual dessas pessoas vai precisar de atendimento hospitalar especializado e de estrutura de terapia intensiva (UTI). Eu acho que esse é o grande tom dessa questão". (Gazeta)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 87,44% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 422 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Também é o segundo maior índice de ocupação desde o início da pandemia. Fica atrás do dia 5 de julho, quando 86,58% dos leitos de UTI do estado estavam ocupados. Não representa, no entanto, o maior número absoluto de pacientes internados: em julho, eram 600 infectados; hoje, 369. (Tribuna)
Política
Conflito. Às vésperas do segundo turno, o clima esquentou nos debates, nas redes sociais e nos programas eleitorais de TV. Sobraram acusações e ataques nos embates entre Pazolini e Coser, em Vitória, e Arnaldinho e Max, em Vila Velha. (Coluna Plenário, Tribuna)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma