Por melhoria logística, avicultores garantem compra mínima de ração; Rota dos Ipês receberá loteamento e polo gastronômico
Resumo dos jornais desta segunda-feira (10)
Acordo. Produtores de aves do Espírito Santo se comprometeram com a compra de 500 mil toneladas de ração por ano em reunião com representantes do governo estadual, da VLI e da Vports. O objetivo é estimular a empresa de transporte ferroviário e a operadora do Porto de Vitória a melhorarem a logística de entrega de insumos para os avicultores capixabas. (Gazeta)
Relevância. A criação de aves gera um faturamento anual de R$ 3 bilhões no Espírito Santo. As empresas estão concentradas, em especial, na região de Santa Maria de Jetibá. A compra de milho e farelo de soja representa cerca de 70% dos custos de produção e, segundo os empresários, qualquer melhoria na entrega da ração ampliará a competitividade do setor. (Gazeta)
Prazo. A VLI ficou de apresentar, ainda no mês de abril, um primeiro estudo com alternativas ao transporte rodoviário para os participantes do encontro. (Gazeta)
Vale lembrar que a avicultura do Espírito Santo tem atraído grandes players do mercado nacional. Em 2021, a Pif Paf Alimentos adquiriu a Uniaves; no ano passado, foi a vez da Granja Faria comprar a BL Ovos por R$ 290 milhões. (Gazeta)
Turismo. A Rota dos Ipês, em Domingos Martins, receberá dois novos empreendimentos imobiliários. Os projetos envolvem a incorporadora Montana, fundada por Cláudio Chieppe, um dos idealizadores da região, a Galwan e a Appia. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Empreendimentos. O Portal dos Ipês terá 132 mil metros quadrados, incluindo 22 lotes comerciais e 139 residenciais, além de um centro de serviços para os moradores. O Vila dos Ipês terá cinco restaurantes, empórios e cervejarias. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Histórico. Esse será o terceiro empreendimento imobiliário de Chieppe na região. O primeiro, Espelho D'água, foi lançado em 2005. O segundo, Mudrah, está com 20% das obras executadas e 90% das unidades vendidas. A entrega será no final de 2024. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Quem também aposta na região para crescer é a cervejaria capixaba Azzurra. A empresa ocupará um dos espaços da Vila dos Ipês, mas também vai investir em uma fazenda para produzir insumos em Pedra Azul e uma nova fábrica em Venda Nova do Imigrante. Os investimentos totalizam R$ 3 milhões. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Por falar em imóveis, o Una Residence, da Grand Construtora, vai iniciar as obras no próximo dia 17 com 78% das unidades já vendidas. O imóvel será a maior torre de Vitória, com 37 andares e 128 metros de altura. (Gazeta)
Folha Business
Mais uma vez, falamos de logística. A falta de infraestrutura portuária para escoamento de café tem encarecido a venda da produção capixaba. Como os portos do Espírito Santo não têm capacidade para receber navios de grande porte, uma parte das mercadorias acaba sendo exportada por Santos ou pelo Rio de Janeiro. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Segundo o empresário Jorge Luiz Nicchio, o entrave chega a acrescentar US$ 3 (R$ 15 na cotação atual) ao custo de cada saca. Além disso, os portos capixabas deixam de exportar o café produzido na Zona da Mata Mineira — geograficamente, Vitória é o ponto mais próximo para o embarque. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Outro desafio para os produtores capixabas vem da própria natureza. A "broca da haste", causada por um besouro que infecta os ramos da planta, vem trazendo prejuízo nas lavouras e pode comprometer a safra de 2024. Um cafeicultor atingido pela praga calculou uma perda de 75% das sacas previstas para o próximo ano. (Coluna Agro Business, Folha Business)
ESG. De olho nas melhores práticas sustentáveis de agricultura, extensionistas capixabas passaram por uma capacitação da Emprapa em parceria com a Rede ILPF. A ideia é potencializar a combinação entre lavoura, pecuária e floresta, diversificando a produção, ampliando a produtividade e, ao mesmo tempo, recuperando áreas degradadas. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Emprego. O agronegócio chegou a 13,9 milhões de trabalhadores, com 23,5% de empregos formais — a maior taxa desde o início da série histórica, em 2016. Nos últimos três anos, o agro gerou 359,6 mil postos de trabalho com carteira assinada no país, segundo estudo do FGVAgro. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Expansão. O aplicativo de cashback Cosmo Pay, criado em São Mateus, alcançou a marca de R$ 100 milhões transacionados em menos de um ano e meio de existência. Com mais de R$ 1,5 milhão já distribuídos em cashback, o app planeja ampliar a base de lojas cadastradas — atualmente, são 70 empresas e 45 mil usuários — e chegar a R$ 250 milhões em operações até o fim do ano. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Produção. A indústria capixaba cresceu 18,6% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2022. A alta foi impulsionada pela produção de petróleo e gás natural. Com o percentual, o Espírito Santo teve o melhor indicador do país e ficou acima da média nacional (-0,3%). (Folha Vitória)
Imbróglio. Embora tenha destravado parte dos investimentos previstos para o saneamento no país, os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiram opiniões no mercado. Os críticos dos textos apontam que as estatais ganharam sobrevida e há risco de judicialização. (O Globo)
Flexibilização. A nova regulamentação permite que empresas estatais deficitárias, isto é, que não têm capacidade para realizar investimentos, mantenham contratos sem licitação com os municípios, o que o Marco Legal havia proibido — à época, a decisão foi celebrada por abrir espaço para a iniciativa privada. (O Globo)
Prorrogação. O decreto também prorrogou para dezembro deste ano o prazo para que as estatais provem ser capazes de fazer investimentos. Mais que isso, flexibilizou os critérios para a comprovação, beneficiando estatais que seriam substituídas por empresas privadas via licitação. (O Globo)
Questionamento. O Partido Novo puxou a fila e apresentou, ainda na semana passada, uma ADPF no Supremo Tribunal Federal para sustar os efeitos dos decretos. (Infomoney)
Na Câmara dos Deputados, parlamentares já se articulam para a derrubada dos decretos. O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) vai apresentar decretos legislativos para reverter os textos assinados por Lula. (Folha Vitória)
Política
Obras. O Espírito Santo tem 246 obras paradas. As informações estão no Painel de Controle do Tribunal de Contas do Estado. Entre estradas, prédios e redes de distribuição elétrica inacabadas, os projetos já custaram mais de R$ 490 milhões aos cofres públicos. (Gazeta)
Responsáveis. O Estado é quem tem o maior volume da lista, com 57 obras paradas. Na relação dos municípios, Cachoeiro de Itapemirim (15) lidera, seguido por Colatina (13), Anchieta e Vitória (10 cada). (Gazeta)
Desonerações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a revisão de desonerações só deve ocorrer após a aprovação da reforma tributária no Congresso — prevista para outubro deste ano, nas contas do ministro. A ideia é rever algumas isenções, que chegam a R$ 400 bilhões por ano. (Folha Vitória)
Por falar em reforma, os municípios capixabas estão apreensivos com a possível perda de arrecadação. O secretário da Fazenda da Serra, Henrique Valentim, foi um dos escolhidos para compor uma comissão de representantes de todo o país. Ainda que apoiem o texto do governo federal, as Prefeituras esperam clareza e segurança em relação aos repasses previstos. (Gazeta)
Privatização. O governo federal retirou sete empresas do Programa Nacional de Desestatização e três do Programa de Parcerias e Investimentos. Na lista estão os Correios, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a fábrica de chips e condutores Ceitec. (Folha Vitória)
Tenha uma boa leitura e um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma