Porto da Imetame deve disputar exportação do agronegócio; Grupo Buaiz lança hub de inovação
Resumo dos jornais desta quarta-feira (25)
Investimentos. O Porto da Imetame, em Aracruz, já recebeu R$ 200 milhões de investimento e deve entrar na disputa pela exportação do agronegócio, seguindo a mesma estratégia do Porto de Santos, que protagonizou uma mudança histórica na rota logística do agronegócio do Brasil no início dos anos 2000. A primeira fase do projeto receberá um total de R$ 3 bilhões. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Capacidade. Em construção, o Porto terá capacidade de receber navios que transportam 150 mil toneladas de carga e que, hoje, não operam na costa brasileira. Além disso, o modelo que poderá ser operado em Aracruz possui um frete por tonelada mais barato do que o Porto de Santos. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Competitividade. No cenário mais otimista, o novo porto do Espírito Santo seria capaz de atender uma demanda entre 23,2 milhões e 27 milhões de toneladas de soja, volume equivalente ao exportado por Santos em 2021. A previsão é que a zona de abrangência do Porto da Imetame inclua a soja produzida em Minas Gerais, Goiás, leste de Mato Grosso e parte da Bahia. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Operação. A área de contêineres entrará em operação primeiro, em 2024. Já o terminal de grãos está previsto para iniciar as atividades em 2025. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Ainda sobre infraestrutura e logística, com a privatização da Codesa, a Prefeitura de Vila Velha irá investir na infraestrutura do município, com abertura de vias de acesso que irrigam áreas que comportem o crescimento da retroárea que o porto vai demandar e incentivar a construção de complexos logísticos. A estimativa é que o movimento no complexo portuário seja multiplicado por três nos próximos anos. (Gazeta)
Chamado de Cinturão do Desenvolvimento, as obras abrangem uma avenida de três quilômetros que vai ligar a Rodovia do Sol até a ES 388. Um outro trecho vai chegar à Rodovia Leste-Oeste. A primeira parte do projeto deve ser entregue até o segundo semestre do ano que vem. (Gazeta)
E tem mais. O trecho da BR 262 que corta Cariacica vai ganhar quatro viadutos. O edital para construção do primeiro elevado, na altura do estádio Kléber Andrade, será lançado em junho. O valor a obra é orçado em R$ 45 milhões. A conclusão deve ser feita no prazo entre 12 e 15 meses. (ES360)
Em tempo: a Prefeitura de Vitória lançou o edital de licitação para realizar intervenções na Ponte Ayrton Senna, na Ponte da Ilha do Frade e na Ponte de Camburi. A previsão é que as mudanças custem cerca de R$ 5,1 milhões aos cofres públicos e sejam concluídas até maio do próximo ano. (Gazeta)
Inovação. O Espírito Santo ganhou um novo hub de inovação, o Hugb lançado pelo Grupo Buaiz. A empresa vai trabalhar com todas as empresas do grupo: Buaiz Alimentos, Rede Vitória de Comunicação, Shopping Vitória, Escola Americana de Vitória e a parceira Apex Partners. (Folha Vitória)
Objetivo. A proposta é desenvolver diversos projetos na área de tecnologia, gerando valor nos negócios. Entre as iniciativas está o desenvolvimento de treinamentos para estimular também a troca de experiências. (Folha Vitória)
Recursos. Para o desenvolvimento de iniciativas inovadoras, o Grupo Buaiz vai aportar R$ 1 milhão somente neste 2022. A operação será feita por meio do Hugb, que fica no Base27. O recurso será investido no desenvolvimento de soluções para as empresas do Grupo, por meio do processo de inovação aberta. O foco é em startups em estágio inicial. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
E se o assunto é inovação, o Espírito Santo possui atualmente 128 startups, com destaque para as empresas dos segmentos de EdTechs, Fintechs e HealthTechs, de acordo com o Liga Insights. A coluna destaca uma parte dos principais hubs de inovação que vem contribuindo para o desenvolvimento de startups no Espírito Santo. (Coluna Data Business, Folha Business)
Folha Business
Prejuízo. A mudança de temperatura dos últimos dias tem causado prejuízos para agricultores no Espírito Santo, com lavouras inteiras sendo destruídas pelas geadas e perdas que chegam a R$ 3 milhões . Esperada para junho ou julho, a chegada antecipada do frio pegou o setor de surpresa, principalmente a cafeicultura. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Por falar em Agro, o Ministério da Economia bloqueou aproximadamente R$ 1,2 bilhão em despesas para incluir o Plano Safra 2022/23 no Orçamento. A quantia será remanejada para a subvenção de taxas de linhas, no segundo semestre, de um total de cerca de R$ 4,3 bilhões bloqueados com destino ao crédito rural e ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). (Estadão)
Juros. A Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento já previa a necessidade de R$ 818 milhões para os primeiros seis meses da safra 2022/23, mas o aumento da Selic elevou a demanda. Até então, o Orçamento de 2022 não contava com recursos para viabilizar a subvenção de taxas no período. (Estadão)
Bolsa. O Ibovespa subiu pela quarta sessão seguida, encerrando o dia com alta de 0,21%, aos 110.580 pontos. (Folha)
Dólar. A moeda americana fechou o pregão praticamente estável, sendo comercializada a R$ 4,8110. (Folha)
Queda. O dia foi marcado pela queda dos papéis da Petrobras, após o governo federal trocar o comando da estatal mais uma vez. As ações preferenciais da petroleira fecharam em queda de 3,06%, enquanto as ordinárias caíram 2,96%. Nos Estados Unidos, os ADRs da empresa tiveram quedas ainda mais agudas, que chegaram a 13,6%. (Folha)
Comex. A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 523,8 milhões na terceira semana deste mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. O valor foi alcançado com exportações de US$ 6,034 bilhões e importações de US$ 5,510 bilhões. (Folha Vitória)
Inflação. O IPCA-15 registrou alta de 0,59% em maio, após ter avançado 1,73% em abril, segundo o IBGE. Esse é o percentual mais elevado já registrado no mês desde 2016. Com isso, o Índice acumulou um aumento de 4,93% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 12,20%. (Folha Vitória)
Impactos. Os dados do IBGE apontam que, apesar da trégua na conta de luz, as famílias gastaram mais com saúde, transportes e alimentos. (Estadão)
Com o avanço dos preços, os planos de saúde também são impactados. A ANS deve anunciar ainda neste mês um reajuste acima da inflação e próximo a 16%. No Espírito Santo, a medida deve afetar mais de 130 mil pessoas. As empresas alegam que há uma demanda reprimida por consultas e que exames durante a pandemia provocaram aumento dos custos. (Folha Vitória)
Por falar em energia, o consumo nacional de energia elétrica aumentou 1,9% na primeira quinzena de maio em relação a igual período do ano passado. A alta foi impulsionada por uma maior demanda do mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas. Os dados preliminares são da Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (Forbes)
No período, o ambiente de contratação regulada mostrou alta de 2,5% no consumo no comparativo anual. Já no ambiente livre, no qual indústrias e grandes empresas adquirem eletricidade, a demanda subiu 0,9%. (Forbes)
Acordo. Para reduzir resistência de governadores, líderes da base fecharam um acordo para incluir no projeto que busca limitar o ICMS sobre energia e combustíveis um gatilho que obrigue a União a compensar estados em caso de perda de arrecadação superior a 5%, com uma transição de seis meses. (Folha)
Combustível. O governador Renato Casagrande deve anunciar nos próximos dias que irá manter o congelamento da alíquota de ICMS cobrada em cima da gasolina, etanol, gás de cozinha e gás natural. O imposto está travado desde setembro do ano passado para reduzir a força dos aumentos sucessivos dos combustíveis. (Gazeta)
Aliás, o ministro do STF, André Mendonça, deu 48 horas de prazo "improrrogável" para que todos os estados e o Distrito Federal prestem informações na ação em que o governo tenta garantir a redução da cobrança do ICMS sobre o diesel pelos estados. (Folha)
Alerta. A Petrobras alertou ao Ministério de Minas e Energia sobre uma possível falta de diesel no segundo trimestre, se não houver uma sinalização clara de que a estatal vai manter a paridade com os preços externos. Em documento entregue à pasta, a companhia indica que há um pico de demanda por diesel nos EUA e no Brasil que coincide com a safra brasileira, entre agosto e outubro. (Tribuna)
No Estado, caso a falta do diesel se confirme, especialistas preveem impacto forte principalmente na indústria. O fornecimento do combustível tornou-se uma preocupação global desde que as sanções contra a Rússia, devido ao conflito na Ucrânia, reformularam o comércio do diesel e levaram os estoques internacionais para mínimos históricos. (Tribuna)
Política
Crédito. Os deputados estaduais autorizaram o governo do Estado a abrir crédito suplementar de R$ 1 bilhão voltado para as áreas de Educação e previdenciária. Os recursos necessários à execução do crédito serão provenientes do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2021, segundo o governo. (ES360)
Salário. A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória (MP) que fixou o salário mínimo em R$ 1.212 este ano e rejeitou iniciativas da oposição para aumentar o valor. A proposta segue para análise do Senado, que precisa aprová-la até 1º de junho. Caso contrário, ela perderá a validade e o piso voltará ao patamar de 2021. (Valor)
Voos. A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que proíbe a cobrança para despachar bagagens de até 23 quilos em voos nacionais e 30 quilos em voos internacionais. Agora, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro. (Folha)
Universidades. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve votar na próxima semana a PEC que propõe a cobrança de mensalidade em universidades públicas. A ideia é que as instituições usem os recursos captados para despesas de custeio, como água e luz, e que a gratuidade seja mantida para alunos que não tenham condições socioeconômicas de arcar com os custos. O valor mensal seria definido pelo MEC. (Estadão)
Mudanças. O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni e Silva, foi exonerado, a pedido, do cargo. Para o seu lugar, o governo nomeou Mario Povia, ex-diretor-geral da Antaq. (Folha Vitória)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma