Quarentena começa amanhã no ES; comércio estima prejuízo de R$ 350 milhões; governo prepara fundo de reconstrução da economia
Resumo dos jornais desta quarta-feira (17)
Fechamento. O governador Renato Casagrande confirmou o fechamento total do comércio, das escolas e de outras atividades consideradas não essenciais a partir desta quinta-feira. As medidas restritivas vão até o dia 31 de março e valem para todos os municípios capixabas. Foram listadas 24 atividades essenciais que poderão funcionar durante o período. (Folha Vitória)
Com o decreto, lojas de rua e shopping centers não poderão abrir as portas, bem como salões de beleza e academias. Restaurantes e bares só poderão funcionar por meio de delivery, sem atendimento presencial. Supermercados e padarias ficam proibidos de funcionar aos domingos e feriados. Hotéis e pousadas só poderão ter 50% de ocupação. (Gazeta)
Impacto. O comércio estima uma perda de R$ 350 milhões durante a quarentena no Espírito Santo. O setor espera deixar de faturar, em média, R$ 25 milhões por dia. (ES 360)
Apelo. Representantes do comércio e da indústria apoiaram as medidas restritivas, mas fizeram um apelo para que a população siga a quarentena corretamente. Também pediram apoio ao governo para mitigar os efeitos econômicos da medida. (Folha Vitória)
Socorro. O governo estadual deve anunciar nesta semana a criação de um fundo de reconstrução da economia capixaba. Entre as ações possíveis estão: concessão de mais tempo para pagamento de impostos, a exemplo do Simples; prorrogação de prazos de obrigações de contribuintes com o Estado, como impugnações, recursos e validade de certidões; e oferta de linhas de crédito com melhores condições de financiamento. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Alternativas. Plataformas de entregas de alimentos estão divulgando programas de ajuda aos pequenos e médios restaurantes. Segundo o Sindbares, 250 estabelecimentos capixabas têm acesso a taxas de uso reduzidas das plataformas digitais, além da antecipação das receitas de transações realizadas por meio dos apps. (Tribuna)
Em nível federal, o setor espera que o governo lance uma nova rodada do programa que permite às empresas reduzirem salário e jornada dos trabalhadores. Pelo menos 120 mil profissionais capixabas devem ser atendidos pelo programa no Espírito Santo. (Tribuna)
Incerteza. Durante a coletiva de imprensa, Casagrande afirmou que o cenário para abril é incerto e não descartou a possibilidade de um lockdown — medida mais extrema, que restringiria a circulação de pessoas nas ruas. Primeiro, o Estado vai avaliar a redução do número de casos e a taxa de ocupação dos leitos de UTI nas próximas duas semanas. (Folha Vitória)
Encontro. O governador se reúne hoje com prefeitos para explicar as ações que serão adotadas durante a quarentena no Estado. O encontro também servirá para pedir apoio às medidas restritivas, já que os municípios serão os responsáveis pela fiscalização. (Coluna Plenário, Tribuna)
Educação. A exemplo do início da pandemia, em março de 2020, as aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino, bem como em cursos livres, estão suspensas em todo o estado. (Gazeta)
Cultos. As igrejas também foram recomendadas a adotar celebrações virtuais nas próximas semanas. (Tribuna)
Punições. As ações de fiscalização na quarentena serão intensificadas. Estabelecimentos comerciais que não seguirem as regras poderão sofrer multas e até interdições. Pessoas físicas que promoverem aglomerações também poderão ser responsabilizadas criminalmente por contribuir com a disseminação da doença. (Gazeta)
Boletim. O Espírito Santo registrou 37 mortes e 2.426 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 6.783 óbitos e 348.970 registros da doença. (Tribuna)
Recorde. O Brasil bateu um novo recorde: foram 2.798 mortes em 24 horas. (Folha Vitória)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 chegou a 91,05% no Espírito Santo. Dos 749 leitos exclusivos para tratamento de pacientes com a doença, 682 estão em uso. (Painel Covid-19)
Dos 31 hospitais que possuem leitos de UTI para covid-19, pelo menos 11 estão com 100% de ocupação. A situação mais crítica é a da Região Metropolitana, que tem taxa de ocupação de 94,57%. (Folha Vitória)
Vacinação. Apontada como uma das razões para o avanço da pandemia, a imunização dos capixabas segue em ritmo lento. Até o momento, 184.423 receberam a primeira dose e 61.431 a segunda aplicação. Até o momento, 366.820 doses foram recebidas e 318.617 distribuídas aos municípios. (Painel Covid-19)
Reforço. Ainda hoje, o Espírito Santo espera receber 84.600 novas doses e dar início à vacinação de idosos acima de 60 anos. (ES 360)
Economia
Empregos. O Espírito Santo criou 4.971 mil empregos no melhor janeiro de contratações desde 2004, segundo o Caged. O saldo positivo também se repetiu em nível nacional, com 260.353 novos postos de trabalho. O resultado foi puxado pelo bom desempenho do setor de serviços. (Gazeta)
Retomada. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o resultado recorde do Caged indica a retomada da economia brasileira. Guedes comparou a trajetória da crise atual com recessões anteriores, em que houve fechamento de empregos com carteira assinada. (Folha Vitória)
Preocupação. O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, lembrou que as medidas restritivas adotadas por diversos estados “trazem problemas significativos para a economia e o mercado de trabalho”. (Folha Vitória)
Energia. A EDP vai investir R$ 21 milhões em uma subestação de energia em Vitória. Cerca de 138 mil habitantes serão beneficiados com a elevação da capacidade do sistema. Além disso, o empreendimento deve gerar 200 empregos diretos e indiretos na fase da obras. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Café. A startup capixaba Farmly vem ganhando destaque por elevar a lucratividade dos cafés especiais do Espírito Santo. A empresa desenvolveu uma plataforma digital que conecta agricultores diretamente a torrefadores no exterior, permitindo a compra direta. Com dois anos de fundação, a empresa construiu uma rede de parceiros de 400 produtores e agora recebeu um aporte de R$ 1 milhão para expandir sua atuação. (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Política
Continuidade. Indicado para o Ministério da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga afirmou que dará continuidade ao trabalho do ministro Eduardo Pazuello e garantiu que a política de enfrentamento à covid-19 no país “é do governo Bolsonaro e não do ministro da Saúde”. Ele reforçou ainda a necessidade de união nacional e de desenvolvimento de um plano para o combate à doença. (ES 360)
Correios. O governo já decidiu que a desestatização dos Correios será feita por venda do controle acionário da estatal. Falta ainda definir se a venda para o setor privado será apenas de parte majoritária da empresa ou de 100% das ações. A privatização ainda depende da aprovação de um projeto de lei de autoria do Executivo. A previsão é que o leilão ocorra em 2022. (Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma