Retomada no ES: arrecadação de ICMS cresce 10,7% em setembro
Resumo dos jornais desta sexta-feira (23)
Recuperação. A queda brusca na arrecadação pública vivida no auge da pandemia começa a ser revertida no Espírito Santo. As receitas próprias do governo do Estado voltaram a subir no mês de setembro e a arrecadação com ICMS cresceu 10,7% em relação ao mesmo mês de 2019. Números do Painel de Controle do Tribunal de Contas do Estado apontam que, em setembro, o governo arrecadou R$ 626,3 milhões com ICMS. No ano passado, essa receita havia sido de R$ 566 milhões, em valores corrigidos pela inflação. (Gazeta)
Total. A recuperação acelerada das receitas em setembro fez o acumulado do ano se aproximar do que foi registrado em 2019. Nos nove primeiros meses do ano, o governo do Estado arrecadou R$ 4,983 bilhões com o imposto; no ano passado, foram R$ 4,497 bilhões. Não entram nessa conta os recursos do socorro do governo federal aos Estados, pago em quatro parcelas. Somando ICMS, impostos estaduais (como IPVA e ITCD) e demais repasses da União, como os royalties de petróleo, a Fazenda do Espírito Santo totalizou R$ 13,71 bilhões arrecadados até setembro. (Gazeta)
Saída. A Tangará Foods vai deixar o Espírito Santo. A indústria de alimentos, que hoje opera em Vila Velha, vai transferir suas atividades para Manhuaçu, em Minas Gerais, onde R$ 65 milhões serão investidos em uma nova fábrica. A decisão, segundo a presidente da Findes, Cris Samorini, é um reposicionamento e tem relação com a vantagem competitiva da bacia leiteira de Minas. (Tribuna)
Permanência. A saída da Petrobras do píer de barcaças no Porto de Tubarão, em Vitória, pode levar mais seis meses para acontecer. Com o contrato previsto para ser encerrado em novembro, a Petrobras está prestes a deixar a área da Vale e, portanto, parar de abastecer navios com o bunker, combustível usado na navegação. Um acordo entre as companhias, com intermediação do governo estadual, pode fazer com que a operação da Transpetro ganhe sobrevida, enquanto um novo local é preparado. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Escassez. A falta de insumos e a alta de preços de matérias-primas ameaçam comprometer a recuperação da indústria, passado o período de isolamento social e retração econômica provocado pela pandemia. Empresários relatam dificuldades para adquirir itens como papelão, plástico e aço, o que tem levado algumas companhias a postergar entregas ou mesmo recusar novos pedidos. (Folha Vitória)
Fornecedores. Com previsão de retomada para dezembro, a Samarco lançou o programa "Força Local", que visa contratar fornecedores de produtos e serviços em Anchieta, Piúma e Guarapari. As empresas serão monitoradas e vão receber treinamentos de qualificação e capacitação. O programa ofertará workshops, palestras, seminários e rodadas de negócios para os fornecedores selecionados. (Gazeta
Inovação. O primeiro ônibus 100% elétrico do país para transporte de passageiros vai operar no Espírito Santo. Desenvolvido pela EDP e pela VIX Logística, empresa do Grupo Águia Branca, o veículo vai atender clientes da VIX, inicialmente, por 18 meses. O investimento no projeto é de R$ 6,6 milhões. (Gazeta)
Voos. O Aeroporto de Vitória voltará a operar com voos diretos para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a partir do dia 1º de novembro. A rota, que havia sido paralisada em função da pandemia, possui uma das maiores demandas no terminal capixaba. (Gazeta)
Ricardo Frizera sobre os BDRs: "A liberação é um golaço para a cultura de investimentos do Brasil, já que qualquer pessoa pode se tornar sócio de empresas de alto crescimento nos Estados Unidos como Google, Amazon e Apple, e algumas das companhias mais sólidas do mundo como Coca-Cola, Visa e Johnson&Johnson. Vale notar também que os investidores que compram BDRs estão expostos à variação das ações e à variação do dólar neste papel. Logo, o investidor pode perder com a desvalorização da ação e do dólar -- ou ganhar com os dois, como na crise". (Coluna Mundo Business, Folha Vitória)
Aluguel. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, acumulou alta de 20,56% nos últimos 12 meses no país. Até setembro, foi registrada alta de 18,2%, percentual que está sendo utilizado por proprietários de imóveis no Espírito Santo para fazer o reajuste dos aluguéis. (Gazeta)
Temporal. O fim de semana será de chuva forte em todo o Espírito Santo, com ventos de até 80 km por hora no litoral. O Climatempo alerta para um volume de chuva que pode chegar a 100 milímetros, provocando alagamento nas cidades. (Tribuna)
Boletim. O Espírito Santo registrou 12 mortes e 660 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 3.767 óbitos e 148.055 registros da doença. Até o momento, 136.530 pacientes estão curados. (Tribuna)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 66,02% no Espírito Santo. Dos 715 leitos abertos durante a pandemia, 415 permanecem com uso exclusivo para a doença. (Painel Covid-19)
Ethel Maciel, pós-doutora em epidemiologia: "Não temos uma segunda onda. Estamos no final da primeira onda, ela está estendida, não acabou. E ainda mais sem uma vacina ou medicamento efetivo, as pessoas continuam se infectando e vemos esse aumento. Já caímos para 400 por dia e essa semana voltamos a ter mais de 1 mil. Isso significa que o vírus se mantém circulando e causando infecção". (ES 360)
Réveillon. Faltando dois meses para o fim de ano, as reservas nos pontos turísticos do Espírito Santo estão aquecidas. Em Guarapari, as acomodações mais luxuosas de alguns hotéis chegam a 70% de ocupação. (Tribuna)
Educação. As aulas presenciais serão retomadas em 292 escolas de Ensino Fundamental II da rede estadual na próxima segunda-feira, beneficiando 75.179 estudantes entre o 5º e o 9º ano. As famílias tiveram o direito de manter o aluno em casa e as escolas vão funcionar com revezamento, alternando grupos com aulas presenciais e ensino remoto. (Gazeta)
Política
Revogaço. O governo federal lançou o programa Descomplica Trabalhista, que busca reduzir dois mil documentos do Ministério do Trabalho a dez normas. Inicialmente, 48 portarias obsoletas serão revogadas, mas novos anúncios serão feitos em novembro. (Folha Vitória)
Economia. A redução de custos com burocracia e o ganho de produtividade, segundo a equipe econômica, devem gerar, ao fim de todas as revogações, uma economia de R$ 20 bilhões. (Folha Vitória)
Privatização. O ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, afirmou que os projetos de privatização da Eletrobras e dos Correios vão passar pelo Congresso. (Folha Vitória)
Indeferida. O deputado estadual e candidato a prefeito da Serra, Alexandre Xambinho, também teve sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. O problema apontado foi a prestação de contas da candidata a vice, Carla Xavier, referente às eleições de 2018, quando tentou ser deputada federal. (Tribuna)
Segurança. Vitória, Vila Velha e Cariacica concentram o maior volume de agentes de segurança pública que registraram candidatura para os cargos de prefeito ou vereador no Espírito Santo. A Região Metropolitana concentrou 58% dos homicídios dolosos do estado de janeiro a setembro. (Gazeta)
Curiosamente, os candidatos ligados à segurança pública não figuraram bem na pesquisa do Ibope para o comando dos Executivos municipais. Há policiais e bombeiros na disputa em Vitória, Vila Velha, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim. Nenhum na liderança. (Coluna Vitor Vogas, Gazeta)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma