Sem recursos para conclusão, obras do Contorno do Mestre Álvaro podem ficar para 2023; Leilão de galpões do IBC é suspenso
Resumo dos jornais desta terça-feira (12)
Infraestrutura. As obras do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra, encontraram novo impasse: o governo federal pretende concluir as intervenções no traçado da BR 101 até o final do ano, mas não tem o dinheiro necessário para finalizar os trabalhos. Faltam R$ 90 milhões, revelou o novo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, em visita ao Estado. (Folha Vitória)
Investimento. Dos 19 quilômetros de contorno, cerca de 60% estão concluídos. O valor total do investimento chega perto dos R$ 500 milhões e a maior parte dos recursos veio da bancada capixaba. Se não obtiver uma suplementação, o Ministério concluirá as obras apenas no primeiro trimestre do ano que vem. (G1)
Lentidão. O Ministro de Infraestrutura também visitou as obras da BR-447, um trecho de quatro quilômetros entre Cariacica e Vila Velha, que dá acesso ao Porto de Capuaba. O orçamento é de R$ 210 milhões e o governo possui o dinheiro, o desafio aqui é outro: avançar com as desapropriações, que estão 40% pendentes. A BR deve ser entregue em 2023. (Folha Vitória)
Por falar em imbróglio, em mais um capítulo do leilão dos galpões do IBC, a Justiça capixaba suspendeu o pregão que seria realizado hoje. O lance mínimo para as unidades localizadas em Jardim da Penha era de R$ 10,7 milhões. (Gazeta)
Ação. A decisão da 4ª Vara Federal Cível da Capital é uma resposta à Ação Civil Pública movida pela Associação de Moradores em conjunto com as Defensorias Públicas da União e do Espírito Santo. Ambas questionaram a ausência de informações sobre o tombamento provisório do local pelo Conselho Estadual de Cultura. (Gazeta)
Pela legislação federal, não há impedimento para venda dos bens tombados, sejam provisoriamente ou em caráter definitivo. Entretanto, o processo impede que obras modifiquem as características do imóvel. Nesse caso, as intervenções deveriam ser submetidas ao Conselho de Cultura. (Gazeta)
Folha Business
Exemplo. O programa Mundo Business do último domingo, exibido na TV Vitória, contou a história de Amós Souza. O empresário carioca fundou a Sollo em 1999 no Espírito Santo depois de deixar o funcionalismo público. Hoje, a empresa fatura mais de R$ 120 milhões por ano e emprega 2.500 funcionários. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
ESG. Os municípios de Linhares e Pedro Canário receberam a visita de especialistas no sistema de "Integração Lavoura Pecuária e Floresta" (ILPF). A caravana levou informações técnicas e debateu alternativas para um agro cada vez mais sustentável. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Energia. O Brasil entrou no período seco, que vai de abril a outubro, com os reservatórios das hidrelétricas registrando o melhor nível desde 2012, o que deve garantir contas de luz menores este ano, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). (Estadão)
Com isso, a expectativa é de que a bandeira verde vigore até o final do ano, sem a cobrança extra na conta dos consumidores para cobrir o custo do acionamento das térmicas. (Folha Vitória)
Se tem alívio na energia, a inflação pode aparecer em outros setores. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, admitiu que o resultado expressivo do IPCA surpreendeu a equipe em março. Com a revelação, o mercado financeiro calcula que as altas da Selic devem continuar além do encontro de maio. Para a reunião do Copom, no próximo mês, o BC já sinalizou aumento de 1 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano. (Estadão)
Tiago Pessotti, estrategista-chefe da Apex Partners: "O cenário no mundo inteiro tem sido de apreensão e atenção às possíveis mudanças das taxas de juros, isso porque as taxas de inflação ao redor do globo estão atingindo patamares elevados [...] Na Europa, o acumulado anual dos preços ao produtor já chega a 31%." (Coluna Mercado Diário, Folha Business)
Lucro. A soma dos dividendos pagos por Petrobras e Vale em 2021 foi maior que todo o valor distribuído pelas demais empresas listadas na B3. Análise da Economatica aponta um montante de R$ 146 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio. (Valor)
Política
Finanças públicas. Os reajustes de salários e mudanças nas carreiras do funcionalismo estadual terão impacto de mais de R$ 560 milhões nos cofres públicos neste ano. O maior impacto, de R$ 358 milhões, será gerado pelo reajuste de 6% concedido a todos os servidores estaduais, aposentados e pensionistas. (Gazeta)
Congelamento. Por conta da lei federal que controlou gastos na pandemia e ofereceu ajuda aos Estados, o governo do Espírito Santo ficou proibido de aumentar o salário dos servidores por dois anos. (Gazeta)
Exceções. Vale ressaltar que, além do reajuste linear, categorias como policiais civis, militares, bombeiros, agentes socioeducativos e penitenciários obtiveram aumentos de 4% em fevereiro e outros 4% previstos para julho. (Gazeta)
Espaço. Do ponto de vista legal, o governo estadual possui margem financeira para conceder reajustes neste ano. Segundo o Tribunal de Contas, a despesa com pessoal está em 34% da receita corrente líquida, enquanto o limite de alerta da LRF é de 44%. (Gazeta)
Desoneração. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo "tentará novamente" desonerar a folha de pagamentos. Ele lembrou que tentou fazer isso durante a reforma da Previdência, com a aprovação de um imposto que permitisse a redução de encargos trabalhistas. (Folha Vitória)
Por falar em Guedes, o Brasil propôs, à revelia do Mercosul, um novo corte de imposto sobre importação. A ideia é reduzir em mais 10% a alíquota sobre produtos comprados de países fora do bloco comercial. Pelas regras do Mercosul, a Tarifa Externa Comum só pode ser alterada com o aval dos demais membros do bloco. (Estadão)
Presencial. A Assembleia Legislativa vai retomar as sessões exclusivamente presenciais. A medida começa a valer a partir da próxima segunda-feira (18). (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma