Setor capixaba de serviços cresce o dobro do país; Fasano prepara investimento em Pedra Azul
Resumo dos jornais desta terça-feira (18)
Serviços. O setor capixaba de serviços vem registrando o maior crescimento percentual do país. Com alta de 8,9% entre janeiro e maio, o segmento avançou quase o dobro da média nacional (4,8%) no período. Destacaram-se positivamente os serviços profissionais, administrativos e complementares (13,4%), de transportes e correios (9,7%), e de informação e comunicação (8,1%). (Fecomércio)
Desempenho. Na comparação interanual, o setor de serviços do Espírito Santo cresceu 13,9% e quatro dos cinco segmentos tiveram alta. Os dados foram divulgados pela Fecomércio-ES, com base na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), disponibilizada pelo IBGE. (Fecomércio)
Reforma. O ânimo do setor, no entanto, foi refreado pela tramitação da reforma tributária. No modelo atual, o segmento de serviços poderá sofrer um aumento de até 170% na sua carga tributária, de acordo com a CNC. (Fecomércio)
Impacto. "A reforma é boa para o Brasil, mas não é boa para o Espírito Santo, que vai ficar à mercê de fundos de governo", analisou o superintendente da Fecomércio, Cézar Wagner Pinto. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Saúde. A paulista Sanus vai colocar em ação um plano para acelerar sua expansão no Espírito Santo. A startup iniciou sua aproximação com o estado em abril de 2021, quando recebeu um investimento de R$ 1 milhão da Apex Partners. Desde então, a Sanus adicionou 40 mil vidas à sua carteira. Mirando chegar a 100 mil vidas até o fim deste ano, o Espírito Santo vai ser uma das praças mais relevantes para essa meta. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Investimento. O Grupo Fasano, responsável por hotéis e restaurantes de luxo em todo o Brasil, deve inaugurar seu primeiro empreendimento em terras capixabas. O lugar escolhido é o distrito de Pedra Azul, em Domingos Martins. (ES 360)
Negociação. O empreendimento ficará em uma área com vista privilegiada para a Pedra Azul. A negociação está em fase final e a expectativa, segundo fontes ouvidas pelo ES 360, é que o lançamento seja feito em breve. (ES 360)
Café. O Grupo Tristão está investindo em transformação digital para se manter competitivo no mercado. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu mais de R$ 50 milhões em novos armazéns para ampliar a capacidade produtiva e de armazenagem, bem como fortalecer as operações em Viana, no Espírito Santo, e em Varginha, em Minas Gerais. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Veículos. De olho no sucesso do BYD Dolphin no Brasil, o Grupo Águia Branca vai investir R$ 10 milhões para ampliar as vendas do veículo elétrico no Espírito Santo e em Minas Gerais. Atualmente, há cinco lojas comercializando o automóvel nos dois estados. A meta é criar mais dez pontos de venda ainda neste ano. (Gazeta)
Atraso. O governo estadual adiou pela sexta vez a conclusão das obras da Terceira Ponte. Inicialmente prevista para março, a ampliação da via será concluída em agosto, de acordo com novo cronograma divulgado pela Semobi. (ES 360)
BRASIL
Contração. Em maio, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou uma forte contração da economia brasileira. O indicador, que é uma prévia do PIB, caiu 2%. Em abril, o avanço havia sido de 0,81%. A queda no mês foi a mais intensa desde março de 2021 (-3,5%). (Estadão)
De abril para maio, o índice passou de 148,56 pontos para 145,59 pontos. O resultado é o menor desde janeiro deste ano, quando pontuou 143,50. (Estadão)
Já na comparação entre os meses de maio de 2023 e de 2022, houve crescimento de 2,15%. (Estadão)
No ano, o IBC-Br acumulou alta de 3,61% em 2023 até maio. No acumulado de 12 meses, encerrados em maio, a alta foi de 3,43%. (Estadão)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, culpou os juros mantidos pelo Banco Central. (Valor)
Analistas do mercado, no entanto, atribuem o recuo à perda de força do segmento agrícola e à queda nas vendas do comércio varejista no mês. (InfoMoney)
Focus. O mercado financeiro elevou a projeção do PIB deste ano de 2,19% para 2,24%, segundo o Relatório Focus do Banco Central. (InfoMoney)
Já a estimativa do IPCA 2023 estacionou em 4,95% após oito semanas consecutivas de alta. (InfoMoney)
A projeção da Selic se manteve em 12% para este ano. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou em leve alta de 0,43%, aos 118.219 pontos. O dólar registrou alta de 0,25%, negociado a R$ 4,806. (InfoMoney)
Dividendos. A Petrobras pagou ontem R$ 138,067 milhões em dividendos para seus investidores. A estatal ainda vai pagar outros R$ 24,7 bilhões em dividendos, como antecipação relativa ao primeiro trimestre de 2023, quando lucrou R$ 38,1 bilhões. O montante será dividido em duas parcelas: 18 de agosto e 20 de setembro. (Globo)
Ainda sobre Petrobras, o plano estratégico 2024-2028 deve prever um aporte de US$ 78 bilhões de dólares, segundo o presidente Jean Paul Prates. A empresa planeja voltar seu olhar para a transição energética. (Folha)
Em tempo: sem conseguir concorrer com a Petrobras no mercado brasileiro, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, começou a exportar diesel. Essa é a única refinaria privada de grande porte do país. A unidade é controlada pela Acelen. (Estadão)
POLÍTICA
Clima. O Senado Federal tem clima favorável à aprovação da Reforma Tributária. Na Casa, os debates em torno da matéria devem tomar boa parte do segundo semestre, de acordo com os bastidores do Congresso. (InfoMoney)
Existe um consenso formado de que os senadores vão realizar ajustes no texto aprovado pela Câmara. Com isso, a matéria voltará para a análise dos deputados. (InfoMoney)
Os principais pontos de mudança devem ser a distribuição de recursos de fundos e a própria governança do Conselho Federativo, que será responsável por gerir os recursos do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). (InfoMoney)
Analistas do mercado apontam ainda que pode haver algum espaço para redução no volume de exceções concedidas a setores específicos da economia. (InfoMoney)
Aliás, o ministro Fernando Haddad afirmou que a quantidade de exceções no texto da Reforma Tributária pode prejudicar a transição e o funcionamento do sistema tributário. (Globo)
Por outro lado, diferentes setores continuam pressionando os parlamentares para conseguir essas exceções. A Associação Nacional de Restaurantes (ANR), por exemplo, estima que os clientes poderão ter de pagar até 20% a mais nos preços, se não houver um sem regime diferenciado de impostos para o segmento. (Valor)
PAC. A Casa Civil adiou pela quarta vez o lançamento do novo PAC. Agora, o pacote de obras será apresentado somente em agosto. (Valor)
Regularização. O Ministério da Fazenda calcula que o alcance de cancelamento de dívida do Desenrola pode chegar a R$ 30 bilhões. O programa tem o aval do Tesouro Nacional, com uma reserva de R$ 7,5 bilhões para as renegociações entre a população de baixa renda. (InfoMoney)
Mercosul. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar a conclusão de um acordo “equilibrado” entre Mercosul e União Europeia ainda neste ano. A declaração foi realizada no fórum empresarial União Europeia-América Latina, em Bruxelas, na Bélgica. (Estadão)
Água. O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal a interrupção da captação e distribuição de água feita pela Sanear em Colatina. O MPF pede também a implantação de projetos de captação alternativa ao Rio Doce, em volume suficiente para abastecer o município com o que chamou de "água não contaminada". Laudos anexados à ação apontam suposta presença de metais pesados na água. (Valor)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma