Suzano avança nas pesquisas para produção de bio-óleo em Aracruz; Vip Rede prepara expansão e almeja mercado chileno
Resumo dos jornais desta quarta-feira (11)
Inovação. A Suzano avançou com as pesquisas sobre a viabilidade de fabricar bio-óleo em Aracruz. Para os especialistas da empresa, os estudos estão com alto nível de maturidade tecnológica e os testes têm sido exitosos. Até o final do ano o Conselho de Administração da companhia deve deliberar sobre a construção da fábrica no Norte do Estado. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
O que é? O bio-óleo é um combustível orgânico, renovável e derivado do processamento de resíduos florestais, como madeira de eucalipto. O produto tem grande capacidade de substituir o petróleo. Por essa razão, de olho na transição energética, a empresa tem a meta de substituir 10 milhões de toneladas de plásticos e derivados de combustíveis fósseis por produtos sustentáveis. (Gazeta)
Projetos. A área de Pesquisa e Desenvolvimento da Suzano analisa, hoje, 110 projetos. No final de abril, a empresa anunciou a compra de 206 mil hectares de área em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo. Somente no Estado, foram adquiridos 20 mil hectares. Com isso, a Suzano reforçou sua base florestal, ponto de partida para qualquer investimento. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Aquaviário. O novo sistema aquaviário da Grande Vitória vai contar com cinco barcos e quatros estações, localizadas em Cariacica, Vila Velha e Vitória — onde haverá dois terminais. A previsão do governo estadual é começar as operações até o final deste ano. A tarifa será a mesma do Sistema Transcol e o pagamento será via CartãoGV. Ao todo, o investimento no projeto será de R$ 6 milhões. (Folha Vitória)
Embarcações. Foi lançado ontem o edital para contratação da empresa responsável pela operação do novo sistema. A vencedora deverá oferecer embarcações climatizadas com capacidade mínima para 80 passageiros sentados e sinal de wi-fi. As unidades deverão transportar, no mínimo, seis bicicletas e ser acessíveis para pessoas com deficiência. (Folha Vitória)
Adaptação. Supermercados e estabelecimentos de comércio varejista do Estado terão de fornecer informações básicas sobre os produtos também em braille, segundo nova lei publicada no Diário Oficial do Espírito Santo. Os supermercados terão um prazo de até seis meses para se adaptar. (Folha Vitória)
Entraves. Especialistas do mercado imobiliário questionam a viabilidade da construção da "minicidade" anunciada para o entorno do aeroporto de Vitória. Isso ocorre porque, embora tenha a concessão da área até 2050, a Zurich Airport não tem permissão para vender nenhum imóvel no local. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Folha Business
Expansão. A empresa capixaba Vip Rede acaba de firmar uma parceria com a Ascenty — gigante de tecnologia com 27 data centers espalhados por Brasil, Chile e México. A meta é acelerar a expansão nacional, ampliando em 50% o faturamento com serviços de cibersegurança e nuvem. Hoje presente em 20 estados, a Vip Rede espera chegar ao fim de 2023 com um valor de mercado na casa dos R$ 100 milhões. O próximo passo é expandir a atuação da empresa para o Chile. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Agro. Levantamento realizado pela Conab apontou que a produção nacional de cana-de-açúcar caiu 10,6% na safra 2021/2022. Uma das principais causas da redução são as condições climáticas adversas — houve forte estiagem durante o ciclo produtivo das lavouras. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Por falar em agro, entre fevereiro de 2021 e abril de 2022, propriedades produtoras de café de Linhares economizaram 44 milhões de litros de água, o que representa uma redução de 56% no volume destinado à irrigação nas fazendas. Na comparação com o manejo antigo, à base de turnos de rega, também houve uma economia de 63% no consumo de energia elétrica. O desempenho é resultado de um projeto-piloto iniciado em 2019, em parceria com a Nestlé e com a agtech Agrosmart, de Campinas. (Coluna Abdo Filho, Gazeta)
Bolsa. Com a queda das siderúrgicas, o Ibovespa fechou o dia com recuo de 0,14%, chegando aos 103.109,94 pontos. Foi o quarto pregão consecutivo de retração. (Valor)
Dólar. A moeda terminou o pregão de ontem em queda de 0,42% frente ao real, cotada a R$ 5,1340. (Folha)
Impacto. Além da volatilidade nos mercados globais, a Bolsa foi pressionada com o anúncio do governo de que o imposto de importação de aço será zerado. CSN, Usiminas e Gerdau tiveram os maiores recuos. (Folha)
Em tempo: siderúrgicas e construtoras estão travando uma queda de braço sobre o corte anunciado. Enquanto o setor de construção defende a importação e alega que o preço do aço pressiona custos, as siderúrgicas são contra a redução de taxas de importação e contestam os números apresentados. (Estadão)
Energia. Representantes do setor elétrico acompanham com atenção o movimento do Centrão no Congresso Nacional para construir uma rede de gasodutos pelo interior do país. A medida, feita a fórceps, pode encarecer ainda mais a conta de luz dos brasileiros. (O Globo)
Reação. A oposição se mobiliza para questionar o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a manobra. A construção de milhares de quilômetros de gasodutos tem a intenção de viabilizar a implantação de usinas térmicas movidas a gás em regiões distantes dos centros consumidores. O TCU também demonstrou preocupação com a possibilidade. (Estadão)
Cozinha. O Projeto de Lei 987/22, que autoriza a venda fracionada de GLP em postos de combustíveis começou a tramitar na Câmara dos Deputados. A intenção é ampliar o número de distribuidores, que hoje estão restritos aos que comercializam botijões, e diminuir o preço para que as famílias façam recargas parciais. (Folha Vitória)
Paralisação. Caminhoneiros autônomos do Espírito Santo devem iniciar uma paralisação a partir de hoje, em protesto contra o reajuste do diesel. O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam-ES) anunciou o início da greve e afirmou que "a situação dos autônomos ficou insustentável" com o aumento do combustível. (Folha Vitória)
Política
Reajuste. O governo deve decidir sobre o reajuste de salários do funcionalismo público até o dia 22 de maio, data limite defendida pela equipe econômica. A ideia inicial é conceder um aumento linear de 5% para todas as categorias, o que custaria R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos ainda neste ano. (Folha Vitória)
Auxílio. O governo federal também discute como obter recursos para confeccionar e distribuir novos cartões do Auxílio Brasil. A maioria dos 18 milhões de beneficiários do programa social, considerado o carro-chefe da campanha à reeleição, recebe o dinheiro por meio de modelos com a marca do Bolsa Família. (Folha)
Mudança. O Senado aprovou a PEC que aumenta de 65 para 70 anos o limite de idade para indicação de ministros a tribunais superiores no país, incluindo o STF. Se confirmada, a mudança também vai valer para nomeação de juízes aos tribunais regionais federais e do trabalho. (Estadão)
Acordo. O Brasil assinará um acordo com dez países para dar mais celeridade à liberação de mercadorias importadas e exportadas. O objetivo da proposta é reconhecer mutuamente empresas que têm bom histórico de cumprimento de regras e, por isso, merecem tratamento diferenciado. Os Estados Unidos ainda negociam sua assinatura. (Valor)
Por falar em EUA, empresários e associações brasileiras enviaram carta ao presidente Joe Biden pedindo apoio a iniciativas contra o desmatamento. O texto é assinado por 23 companhias e organizações, representando mais de 300 entidades, muitas ligadas ao agronegócio, e solicita ajuda para a aprovação de um fundo de US$ 9 bilhões para conservação de florestas tropicais. (O Globo)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma