Suzano investe R$ 7 milhões em monitoramento e reduz 60% de incêndios florestais no ES
29 de novembro, quarta-feira
Incêndios. Nos últimos dias, as queimadas se tornaram um assunto recorrente. O tempo seco, combinado às altas temperaturas e aos ventos fortes, facilitam o surgimento de focos de incêndio e a propagação das chamas. Com a finalidade de reduzir a perda da biodiversidade e os prejuízos socioeconômicos, as empresas têm investido em monitoramento 24 horas com o apoio de satélites e drones. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Investimento. A Suzano, referência global, investiu R$ 7 milhões em tecnologias para prevenção e combate aos incêndios. No último ano, o trabalho da Gerência de Inteligência Patrimonial conseguiu reduzir em mais de 60% os incêndios na região norte do Espírito Santo. Neste ano, houve redução de 45% da área total queimada.
Tecnologia. A queda é fruto do sistema de prevenção e controle, que conta com equipes de brigadistas e duas centrais de operações integradas — uma em Aracruz, outra em Conceição da Barra. Elas monitoram por meio de câmeras e imagens de satélite as florestas nativas, os plantios de eucalipto e pilhas com madeira já colhida.
Causas. Apesar da redução da área queimada, ainda foram registradas cerca de 1.500 ocorrências neste ano, com grande destaque para pilhas de madeira já colhidas. Nesses casos, nove em cada dez incêndios foram provocados por ação humana, revela a Suzano.
FOLHA BUSINESS
Boa notícia. Duas indústrias capixabas atingidas por incêndios neste mês já estão retomando as suas atividades. Depois da Placas do Brasil retomar 100% de suas atividades nesta semana, foi a vez da Cacau Show, que teve um incêndio de maiores proporções, voltar com a produção da linha de biscoitos — a menos prejudicada pelas chamas. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Impacto. Das sete linhas de alimentos produzidas na fábrica da Cacau Show em Linhares, cinco foram atingidas no incêndio de 7 de novembro. Foram destruídas a linha de biscoiteria, tabletes e trufas de chocolates, além de uma parte da linha de ovos de Páscoa do próximo ano. A empresa informou que metade da fábrica e 60% da produção foram atingidas pelo incêndio.
Interesse. A Cesan começou a ser procurada por empresas interessadas em construir usinas de dessalinização no litoral do Espírito Santo. Indústrias estrangeiras fizeram contato após o anúncio de que o governo estuda a contratação de dois projetos ao longo de 2024. (Gazeta)
Evento. Centenas de profissionais do setor de comunicação se reuniram ontem em Vitória para mais uma edição do Data Business. O evento contou com painéis temáticos, que falaram sobre conexão transmídia, regionalização de conteúdo e apresentou cases de sucesso do Espírito Santo e do Brasil. (Folha Vitória)
Voos. Começam na próxima segunda-feira os primeiros voos ligando o Aeroporto de Linhares ao Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Com apenas nove passageiros por voo, as viagens serão realizadas em aviões do tipo Cessna Grand Caravan. (Gazeta)
Feira. A Vitória Stone Fair de 2024 será realizada entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro. A expectativa é que o evento reúna 15 mil visitantes e 250 marcas expositoras de 50 países. (ES 360)
BRASIL
Inflação. O IPCA-15 voltou a acelerar em novembro e subiu 0,33% no mês, segundo o IBGE. A prévia da inflação oficial do País já havia registrado alta de 0,21% em outubro. (InfoMoney)
Em outubro de 2022, a taxa tinha ficado em 0,53%. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,84%, ante os 5,5% observados nos 12 meses até outubro. No ano, o indicador acumula alta de 4,30%. (InfoMoney)
O principal impacto para o resultado do mês (0,17 p.p.), segundo o IBGE, veio do setor Alimentação e Bebidas, que teve a maior variação (0,82%). (InfoMoney)
Para economistas, o resultado do IPCA-15 em novembro favorece a manutenção do ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual na Selic pelo Copom em dezembro. Entretanto, há um alerta na alta dos alimentos, que quebrou uma sequência de deflações. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,64%, aos 126.538 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira contou com ajuda do cenário externo e também das petroleiras. (InfoMoney)
O dólar caiu 0,57%, cotado a R$ 4,871. (InfoMoney)
Petróleo. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 2% (US$ 1,60), a US$ 81,47 o barril. O avanço foi apoiado pela perspectiva de juros menos restritivos nos Estados Unidos e pela desvalorização do dólar no exterior. (InfoMoney)
Em tempo: o saldo de recursos estrangeiros na Bolsa de Valores em novembro promete ser o maior deste ano e também o maior para o mês desde 2020. Após três meses consecutivos de retiradas, a virada foi induzida pelo alívio com o cenário dos juros nos Estados Unidos, sazonalidade e fatores internos. (InfoMoney)
Superávit. As contas do Governo Central voltaram a registrar superávit primário em outubro, de acordo com o Tesouro Nacional. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 18,277 bilhões. O resultado sucedeu o superávit de R$ 11,548 bilhões em setembro. (InfoMoney)
No acumulado do ano até outubro, o Governo Central registrou déficit de R$ 75,090 bilhões, o pior resultado desde 2021. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 70 bilhões, em valores corrigidos. (InfoMoney)
POLÍTICA
Taxação. O governo federal planeja voltar a taxar compras internacionais de até US$ 50, segundo o presidente em exercício e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. Atualmente, remessas até esse valor estão isentas da cobrança do Imposto de Importação. (Estadão)
Alckmin ressaltou que a cobrança do ICMS nas remessas já está implementada. Entretanto, ele não detalhou quando a cobrança das compras de até US$ 50 será retomada. (Estadão)
O Ministério da Fazenda já havia admitido que terá de retomar a cobrança, mas o nível do tributo ainda é alvo de discussões. (Estadão)
Dívidas. Geraldo Alckmin revelou ainda que o governo federal estuda o lançamento de uma versão do programa Desenrola para empresas. (Globo)
Energia. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que regulamenta o mercado de energia gerada a partir do "hidrogênio verde". A proposta define os critérios para que o hidrogênio, de fato, seja considerado verde, ou seja, fruto de um processo de baixa emissão de gases de efeito estufa. (Globo)
Com a aprovação, a Câmara avança na chamada “agenda verde” defendida pelo presidente da Casa, Arthur Lira. (Estadão)
E se o assunto é sustentabilidade, a próxima captação dos chamados "títulos verdes" do Tesouro Nacional deve ocorrer a partir de maio do ano que vem. A primeira emissão desse tipo pelo Brasil foi feita no dia 13 e é considerada um sucesso pela equipe econômica, já que as taxas obtidas com a operação ficaram muito próximas das alcançadas por países com grau de investimento. (Estadão)
ICMS. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiram que a proposta da subvenção do ICMS, tramitará nas duas Casas por meio de uma medida provisória. (Estadão)
A proposta é uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A decisão é uma vitória para a equipe econômica, que prevê arrecadação maior com a MP (R$ 35,3 bilhões) do que com projeto de lei (R$ 26,3 bilhões). O relator será o deputado Luiz Fernando, aliado de Pacheco. (Estadão)
Indicações. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou os nomes de Paulo Picchetti e de Rodrigo Alves Teixeira para as diretorias do Banco Central. Eles foram indicados pelo governo federal. Agora, os nomes serão analisados e votados pelo plenário da Casa. (Folha)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor