Taxa de desocupação cai e renda do trabalhador cresce no ES
19 de fevereiro, segunda-feira
Trabalho. O Espírito Santo encerrou o ano de 2023 com uma taxa de desocupação de 5,7%, segundo dados da Pnad divulgados pelo IBGE. O resultado veio abaixo da média nacional (7,8%) e colocando o Espírito Santo como o sétimo estado com a menor taxa de desocupação do país. (Observatório da Indústria)
O nível de ocupação ficou em 60,7% no Espírito Santo durante o último trimestre do ano passado. De acordo com o IBGE, há 2,06 milhões de capixabas em idade ativa no mercado de trabalho, o que representou um avanço de 1,2 ponto percentual em relação a 2022.
Renda. O rendimento médio dos trabalhadores do Espírito Santo cresceu 2,1%, saindo de R$ 2.876 para R$ 2.936 na comparação anual.
Informalidade. Enquanto o número de trabalhadores ocupados aumentou e as vagas formais também tiveram avanço, conforme dados do Caged divulgados na Apex News, a taxa de informalidade recuou. Em 2023, o indicador ficou em 37,6% no Espírito Santo, abaixo da média nacional (39,1%).
FOLHA BUSINESS
Inovação. A Lecar, primeira montadora de carros elétricos de capital nacional, está planejando a expansão de suas operações e a produção do seu segundo modelo, o Lecar 100. O anúncio foi feito semanas depois de a montadora revelar o lançamento do primeiro carro elétrico originalmente brasileiro: o Lecar Model 459. Em busca por um local para instalar a linha de produção do modelo popular, o capixaba Flávio Assis, fundador da Lecar, fez uma reunião com o governador Renato Casagrande para buscar melhores condições fiscais para o empreendimento. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Exportações. O Espírito Santo continua como o principal exportador de mamão do Brasil, representando 38% do volume total comercializado pelo país. No primeiro mês de 2024, o volume de exportação de mamões, melões e melancias ultrapassou a marca de US$ 2,1 milhões, um aumento de 36,94% frente a janeiro do ano anterior. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Café. Em meio à instabilidade externa, os preços do café arábica continuam oscilando no mercado doméstico. Como boa parte dos vendedores está com o fluxo de caixa equilibrado, sem pressa para escoar seus lotes a valores que não consideram satisfatórios, o preço do café segue aumentando. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Análise. Apesar de a maioria dos setores da economia capixaba terem crescido acima da média nacional em 2023, foi a atividade industrial quem puxou o crescimento do estado. O diretor econômico da Futura Inteligência, Orlando Caliman, escreveu mais uma vez na coluna, desta vez analisando como a indústria extrativa se destacou no desempenho econômico. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
BRASIL
Agro. Impactada pelo fenômeno El Niño e pela aceleração de mudanças climáticas, a safra agrícola de 2024 pode sofrer uma queda de até 8%, segundo previsões do governo e consultorias do setor. (Globo)
As culturas mais afetadas devem ser a da soja e a do milho. Além do fator climático, os produtos enfrentam ainda a queda do preço dos grãos no mercado mundial, o que agrava a redução dos ganhos no campo. (Globo)
Atualização. O IBGE vem trabalhando em uma revisão dos cálculos das Contas Nacionais, que incluem o levantamento do PIB. A intenção é atualizar as estatísticas para captar mudanças na economia ligadas, por exemplo, às transformações digitais e ao uso do meio ambiente. (Folha)
Para fazer a revisão, o órgão deve seguir recomendações de instituições internacionais, incluindo ONU, OCDE, Banco Mundial, FMI e Eurostat. (Folha)
Estimativa. As contas do governo central devem ter em janeiro um superávit primário de R$ 77,9 bilhões, segundo estimativa do Ipea. O cálculo preliminar é feito com dados do Siafi. (Estadão)
A nota técnica do Ipea aponta que os números fornecem uma “boa aproximação” dos valores que ainda serão divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. (Estadão)
Em 2023, janeiro também teve resultado positivo, em R$ 82,5 bilhões (em valores de janeiro de 2024), depois de dezembro de 2022 ter registrado superávit de R$ 4 bilhões. (Estadão)
Caso se confirme, o montante positivo vai representar uma inversão significativa do resultado do último mês de 2023, quando a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 116,147 bilhões. Esse foi o pior desempenho em termos reais para o mês de dezembro na série histórica do Tesouro, iniciada em 1997. (Estadão)
POLÍTICA
Polarização. Se as últimas eleições federais e estaduais foram fortemente pautadas pela polarização entre esquerda e direita, seria possível que as eleições municipais tomassem o mesmo rumo? Na visão de José Luiz Orrico, diretor político da Futura Inteligência, neste ano o eleitor está mais inclinado a avaliar a prestação de serviços da administração municipal, como saúde e educação, em detrimento das posições ideológicas. Na coluna de hoje, Orrico escreve sobre o processo de mapeamento político e econômico das principais cidades brasileiras realizado pela Futura. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Seguros. O Ministério da Fazenda quer lançar um pacote de iniciativas para estimular o mercado de seguros no Brasil. Na pasta, é discutida uma agenda que seria de magnitude similar às medidas que a Fazenda abraçou em 2023 para dinamizar o mercado de crédito. (Estadão)
Em estágio inicial, as discussões devem avançar a partir da aprovação do Projeto de Lei 29, que criaria uma Lei de Seguros no país. Hoje, o setor é regido a partir de pontos de outras legislações, como o Código Civil. (Estadão)
A agenda está sendo impulsionada pelo secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto. (Estadão)
A proposta — e outros sete projetos de lei que tramitam no Congresso, referentes aos setores financeiro e de crédito — foi apresentada na última semana aos presidentes dos maiores bancos do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu apoio da Febraban para o avanço das agendas. (Globo)
Agenda verde. O governo federal prepara medidas de estímulo à produção nacional de ônibus elétrico. As iniciativas vão contar com verbas do BNDES e do PAC, e terão exigências de conteúdo local – pré-requisito que voltou a ganhar força com a nova política industrial defendida pela gestão petista. (Estadão)
O objetivo é estimular a produção dentro do país, tendo como principal mercado os médios e grandes municípios que estejam em processo de renovação das frotas. (Estadão)
Dados da plataforma E-bus Radar apontam que, dos 107 mil ônibus que rodam hoje no Brasil, apenas 444 são elétricos. Na América Latina, o Brasil ocupa o terceiro lugar, bem atrás de Chile (2.043) e Colômbia (1.590). (Estadão)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto, editor