Venda. O terreno da antiga Braspérola, na BR-262 em Cariacica, foi vendido por R$ 44,2 milhões durante leilão realizado ontem. A fábrica foi desativada em 2001 e, desde então, quatro leilões fracassaram na tentativa de comercializar a área de 435 mil metros quadrados. (Folha Vitória)
Procura. Cinco empresas demonstraram interesse, mas nem todas apresentaram lances durante o certame. Ao todo, foram cinco lances em uma disputa que durou três minutos. O valor mínimo, de R$ 43,6 milhões, foi superado e o vencedor arrematou o terreno por R$ 44,2 milhões. (Folha Vitória)
Pagamento. O comprador tem até a próxima terça-feira para fazer o depósito da primeira parcela. O nome do empresário não foi divulgado, mas trata-se de um investidor da Grande Vitória, segundo o leiloeiro responsável pela venda. (Folha Vitória)
História. Referência no setor têxtil nacional e internacional até o fim da década de 90, a Braspérola produzia linho para exportação. Após problemas financeiros, foi à falência e a Justiça determinou a venda do terreno para pagamento dos credores. (Folha Vitória)
FOLHA BUSINESS
Ranking. O Espírito Santo tem 13 empresas no ranking das 1.000 maiores do país, elaborado pelo Valor Econômico. O Grupo Águia Branca é o capixaba mais bem posicionado, em 114º lugar. A Wine estreou na lista, representando a nova geração de empresas na 981ª posição. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Lista. As empresas capixabas no Anuário Valor 1000 são: Grupo Águia Branca (114º); Sertrading (128º); Timbro Trading (161º); Columbia Trading (213º); Heringer (215º); Cisa Trading (231º); Grupo Tristão (427º); Kora Saúde (484º); ES Gás (487º); Unicafé (544º); Cesan (788º); Brametal (886º); e Wine (981º). (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Lucro. A coluna de hoje traz também a receita de cada uma das empresas capixabas do ranking, o lucro líquido e a variação em relação ao ano anterior. O maior crescimento foi registrado pela Sertrading, que teve receita líquida de R$ 8,9 bilhões, o dobro de 2021, e lucro líquido de R$ 300 milhões. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Investimento. O Fundo Soberano do Espírito Santo participou de uma rodada de investimentos que resultou no aporte de R$ 3 milhões na startup paulista Frota 162. Liderada pela ACE Ventures, a rodada também teve participação da Venture Hub. (Exame)
Modelo. Fundada em 2022, a Frota 162 oferece uma plataforma para gestão das multas dos condutores, bem como dos débitos dos veículos em todo o território brasileiro. A empresa cresceu 15% ao mês e deve fechar o ano com R$ 2,5 milhões de faturamento. (Exame)
Por falar em inovação, a startup capixaba Optsol foi selecionada para a Rio Innovation Week. A empresa criou um aplicativo de estivagem que reduziu de oito horas para cinco minutos o tempo de planejamento para as cargas de um navio. A solução foi desenvolvida para a ArcelorMittal em desafio proposto pelo Findeslab. (Folha Vitória)
Falta pouco. A Vale iniciou os últimos testes para produção de briquete verde no Espírito Santo. Será a primeira planta deste tipo no mundo, substituindo as tradicionais pelotas por um produto que reduz em até 10% a emissão de gases do efeito estufa. (Gazeta)
Falta muito? O investimento de R$ 180 milhões anunciado pelo Café Maratá em Sooretama entrou em compasso de espera. A empresa sergipana vendeu seus negócios de café para o grupo multinacional JDE Peet's, dono das marcas Pelé, Pilão e do Ponto. (Gazeta)
Articulação. Representantes do governo mantêm contato com os novos donos da empresa e estão otimistas. A empresa chegou a estabelecer um contrato no programa de incentivo Invest-ES. (Gazeta)
Ainda sobre café. O fenômeno El Niño deve impactar a produção de café conilon no norte do Espírito Santo. Na avaliação do especialista em inteligência de mercado da StoneX, Fernando Maximiliano, as temperaturas mais quentes e a ausência de chuvas vão afetar a safra 2024/2025. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Redução. As tarifas de pedágio da BR 101 ficarão mais baratas a partir de amanhã. Os valores terão redução média de 6,69% para reequilíbrio do contrato. O custo para percorrer todo o estado em um carro de passeio, somando as sete praças, cairá de R$ 28,30 para R$ 26,40. (Gazeta)
BRASIL
Desemprego. A taxa de desemprego no país recuou a 7,9% no trimestre encerrado em julho, segundo o IBGE. O percentual é o mais baixo para o período desde 2014. (Globo)
Em apenas um trimestre, mais 1,303 milhão de pessoas passaram a trabalhar, totalizando 99,334 milhões de trabalhadores ocupados no país. (Estadão)
Ao mesmo tempo, a população desempregada caiu a 8,522 milhões, menor patamar desde 2015. (Estadão)
Alimentos. Os reajustes realizados pela Petrobras no preço dos combustíveis devem impactar o preço dos alimentos. A Abras prevê um aumento de 5% a 8% no valor dos produtos não industrializados nas primeiras semanas de setembro. (Globo)
Os mais impactados devem ser os hortifrutigranjeiros, que não possuem estoque. O preço do combustível, aponta a Abras, representa cerca de 50% dos custos operacionais dos produtores desse setor. (Estadão)
Produtos como carnes, laticínios e alimentos industrializados também devem ser impactados pelo reajuste dos combustíveis, mas de forma escalonada. (Globo)
A estatal realizou um aumento de 16,3% no valor da gasolina e de 25,8% no diesel em suas refinarias. (Globo)
Alta. A dívida bruta do Brasil chegou a 74,1% do PIB, registrando alta em julho, segundo o Banco Central. (Folha)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão em queda de 1,53%, aos 115.741 pontos. Com isso, o principal índice da B3 termina o mês de agosto acumulando uma queda de 5,19%, encerrando uma sequência de quatro meses de alta. (InfoMoney)
O índice foi impactado pelos projetos publicados pelo governo federal sobre tributação e que afetam tanto a subvenção de ICMS como o fim do juros sobre capital próprio. (InfoMoney)
Já o dólar fechou o dia em alta de 1,68%, cotado a R$ 4,95. Esse foi o maior avanço percentual em um fechamento desde 3 de agosto. No mês, a divisa americana avançou 4,7%, registrando a maior alta mensal desde junho de 2022. (InfoMoney)
POLÍTICA
Orçamento. A proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional prevê sair de um rombo neste ano, projetado em R$ 145,3 bilhões, para um superávit de R$ 2,841 bilhões. (Estadão)
As despesas foram estimadas em 19,2% do PIB, que representa R$ 2,18 trilhões. Já as receitas, em 23,7% do PIB, ou R$ 2,7 trilhões. (Estadão)
As projeções do Orçamento embutem um crescimento do PIB de 2,5% neste ano e de 2,3% no ano que vem, além de inflação acima da meta, em 3,3%. (Estadão)
Esse é o primeiro Orçamento elaborado pela atual equipe econômica e obedece às regras do arcabouço fiscal. (Estadão)
Além disso, a proposta prevê a ampliação do valor do salário mínimo em 7,7%. Com isso, o valor iria para R$ 1.421, representando um aumento de R$ 101 em relação ao piso deste ano, de R$ 1.320. (Estadão)
Investimentos. O Orçamento reserva R$ 69,7 bilhões para investimentos públicos, dos quais R$ 56,8 bilhões integram o Novo PAC. (Folha)
O valor é próximo ao piso mínimo instituído pelo novo arcabouço fiscal. A regra obriga o governo a destinar pelo menos R$ 68,5 bilhões para esse fim. O montante previsto significa um excedente de R$ 1,2 bilhão. (Folha)
Para garantir a meta de déficit zero em 2024, o governo tem na manga pelo menos R$ 71 bilhões que dão alguma margem para o governo trabalhar com eventuais frustrações nos planos atuais de aumentar as receitas. O valor está fora da proposta orçamentária, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. (Globo)
Em tempo: o governo federal reservou R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares. O valor representa um aumento ante os R$ 35,6 bilhões deste ano. Ainda assim está distante da quantia pleiteada pelos congressistas. (Estadão)
Arcabouço. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o novo arcabouço fiscal com dois vetos: um deles dará maior flexibilidade para o governo efetuar bloqueios em investimento, o outro item proibia o Executivo de prever na LDO a exclusão de despesas do resultado primário. (Folha)
Com isso, Lula abriu caminho para uma solução em relação ao pagamento dos precatórios, que estão sendo postergados e gerando uma bola de neve. A proposta é analisada com desconfiança por economistas fiscalistas, que veem risco da volta da contabilidade criativa nas contas públicas. (Estadão)
Inovação. O governo federal vai liberar R$ 66 bilhões em linhas de financiamento para inovação, com recursos do BNDES. O anúncio foi feito pelo MDIC. Do total de financiamento, R$ 16 bilhões são não-reembolsáveis. (Globo)
Juros. A linha de crédito terá juros nominais de 4% ao ano, com até 16 anos para pagamento e quatro meses de carência. Para projetos de inovação, o BNDES praticava juros entre 13% e 15%. (Globo)
Recuperação. A Justiça brasileira homologou o plano de recuperação judicial da mineradora Samarco. A decisão prevê um desconto de 25% na dívida total da empresa, estimada em cerca de R$ 50 bilhões. Desde o incidente, Samarco, Vale e BHP Billiton já pagaram R$ 30 bilhões em indenizações e reparos. (ES 360)
Fundap. O governador Renato Casagrande apresentou um projeto de lei que estende até 2027 o incentivo tributário para empresas que operam via Fundap. O texto, revelado durante evento de aniversário do Sindiex, autoriza as empresas a utilizarem até 9% do montante financiado no ressarcimento de despesas com transporte marítimo. O projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa. (Tribuna)
PPA. O governo estadual também protocolou na Ales o Plano Plurianual 2024-2027. O projeto prevê investimentos de R$ 5 bilhões com recursos do Executivo, um salto de 40% em relação ao PPA dos últimos quatro anos. (Tribuna)
Ampliação. A Prefeitura da Serra anunciou um projeto de duplicação para a Avenida Civit 1. O investimento de R$ 98 milhões promete melhorar a mobilidade em um trecho de 2,4 quilômetros entre o trevo de Maringá e a BR 101. (Folha Vitória)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto, editor