Tribunal de Contas e governo do Estado acertam corte de 20% em repasses
Resumo dos jornais desta terça-feira (19)
Acordo. O Tribunal de Contas do Espírito Santo e o governo do Estado chegaram a um acordo para reduzir em até 20% os repasses do Executivo à Corte de maio a dezembro deste ano. A estimativa é que sejam economizados cerca de R$ 20 milhões dos cofres públicos. (Tribuna Online)
Benefícios. Entre as ações tomadas para garantir a economia estão a suspensão do plano de reestruturação de carreiras e do pagamento de indenizações por férias não gozadas. "Não pagaremos nenhuma parcela reconhecida pela Justiça para conselheiros aposentados, nem este ano, nem em 2021", adiantou o presidente do TCE-ES, Rodrigo Chamoun. (Tribuna)
Negociação. O governo também se reuniu com integrantes do Tribunal de Justiça do Espírito Santo na tarde de ontem, mas nenhum acordo foi fechado. Em nota, o TJ ressaltou que "as tratativas continuam, respeitadas as peculiaridades e tamanho de cada Poder". O Judiciário é quem tem o orçamento mais apertado: em março, gastou R$ 800 milhões com pessoal, segundo dados do Tribunal de Contas. (Coluna Plenário, Tribuna)
Arrecadação. Nos primeiros 11 dias de maio, a receita do Estado com ICMS caiu 27% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram R$ 412 milhões, em 2019, contra R$ 299 milhões em 2020, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Gastos. Mesmo em meio à pandemia, o governo estadual gastou R$ 831 mil com pagamento de jetons nos últimos 45 dias. Somente no Detran foram desembolsados R$ 347 mil para os conselheiros entre 1º de abril e 17 de maio. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Leitos. A compra de leitos de UTI na rede privada, alternativa encontrada pelo governo para garantir atendimento aos infectados pelo coronavírus, pode estar com os dias contados. Até o momento, a Sesa comprou 149 leitos de UTI e pretende adquirir mais 80 vagas nas próximas semanas. Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Espírito Santo (Sindhes), a capacidade de venda de leitos está perto do fim. Nos hospitais do Grupo Meridional, 75% dos leitos exclusivos para covid-19 já estão ocupados. (Folha Vitória)
Lotação. Três hospitais do Espírito Santo não possuem mais vagas em UTIs para tratamento de pacientes com covid-19: Hospital Dório Silva, na Serra, Hospital Evangélico, em Vila Velha, e Hospital Sílvio Avidos, em Colatina. Na Grande Vitória, a lotação dos leitos de UTI chegou a 83,3%. (Gazeta)
Risco. O governo do Estado apresentará hoje uma nova matriz de risco para os municípios capixabas. Além do número de casos de covid-19 e da quantidade de leitos de UTI disponíveis, o cálculo levará em conta a letalidade da doença, o índice de isolamento e o percentual de pessoas acima dos 60 anos em cada cidade. (Folha Vitória)
Alinhamento. Válida a partir do próximo domingo, a matriz será apresentada pelo governador aos prefeitos durante reunião nesta manhã. Diante do crescimento dos casos, cidades como Água Doce do Norte, Ecoporanga, Anchieta e Marataízes já endureceram regras para circulação de pessoas e abertura do comércio. (Coluna De Olho no Poder, Folha Vitória)
Boletim. O Espírito Santo registrou 17 novas mortes e 413 casos confirmados de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o Painel Covid-19. Com a atualização, o estado chegou à marca de 302 mortes e 7.157 casos confirmados. Até o momento, 2.919 pacientes foram curados. (Folha Vitória)
Aceleração. A Secretaria de Estado da Saúde alerta para o ritmo de casos confirmados a partir da segunda quinzena de abril. Em março, a cada 11 testes realizados, um paciente registrava positivo. Ontem, 56% dos testes resultaram em casos confirmados, demonstrando um crescimento na curva de contágio. “O pico está previsto para este mês. É necessário observar o comportamento nessa segunda quinzena e destacar que vários estudos apontam o crescimento da curva até o mês e junho no estado", argumenta o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes. (ES 360)
Testes. A primeira etapa de testagem em massa, realizada em 19 municípios, revelou que mais de 80 mil capixabas já tiveram o novo coronavírus e desenvolveram anticorpos para a doença. A estimativa foi elaborada a partir da testagem de 4.612 pessoas na primeira fase da pesquisa -- outras três serão realizadas. O volume de contágio, 2,1% dos testados, ficou abaixo do esperado pela Secretaria de Estado da Saúde. (Tribuna)
Pedágio. O governo federal promete revisar contratos de concessão de aeroportos e estradas para garantir "reequilíbrio econômico-financeiro" diante dos impactos trazidos pela pandemia. Entre os itens passíveis de negociação estão a redução de investimentos e o aumento de pedágios. (Tribuna)
Tarifas. O aeroporto de Vitória, recentemente assumido pela suíça Zurich Airport, também está na lista de contratos que podem ser revistos. (Gazeta)
Acordos. A Justiça do Trabalho tem aceitado postergar ou reduzir o pagamento de indenizações trabalhistas durante a pandemia. Por meio de audiências virtuais de conciliação, novas cláusulas podem ser adicionadas ao processo. (Gazeta)
Transformação. "A crise do coronavírus acelerou a construção de um novo normal, o virtual. O aumento da automação já estava ocorrendo antes do COVID-19 e foi impulsionado pela crise. O McKinsey Global Institute estimou que 60% de todos os empregos poderiam ver mais de 30% de suas principais tarefas automatizadas, afetando de 400 a 800 milhões de empregos em todo o mundo até 2030. Diversas empresas irão surgir nessas revoluções da cadeia de produção e consumo, cada vez mais específicas e resolvendo desafios, que talvez ainda nem existam", analisou Peter Ernst, especialista em marketing da Apex. (Blog Apex)
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Rafael Porto