Tribunal de Contas promete priorizar desestatização da ES Gás; Coworking capixaba recebe aporte de R$ 1,5 milhão
Resumo dos jornais desta quinta-feira (26)
Desestatização. O Tribunal de Contas do Espírito Santo vai priorizar a análise da desestatização da companhia ES Gás, afirmou o presidente da Corte, Rodrigo Chamoun. A modelagem do processo de privatização deve ser entregue até o dia 31 de maio pelo BNDES. Depois, o documento segue para apreciação do plenário. A expectativa é que o trâmite seja concluído em seis meses. (Gazeta)
Modelo. A desestatização da ES Gás deve ocorrer por meio da venda de 25% das ações de cada acionista — o governo do Estado possui hoje 51% do capital e a Vibra, antiga BR Distribuidora, 49%. A operação será feita na B3. A ES Gás possui mais de 60 mil unidades consumidoras nos segmentos residenciais, industriais e comerciais. (Gazeta)
Investimento. O coworking capixaba NaCapital acaba de receber um investimento de R$ 1,5 milhão da incorporadora Nazca. O aporte vai acelerar o plano de expansão da empresa, que deve abrir uma nova unidade na Praia do Canto. O objetivo é abrir mais 10 unidades de coworking e impactar 10 mil pessoas nos próximos três anos. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Empregos. A indústria precisará qualificar 179 mil profissionais no Espírito Santo até 2025. É o que aponta o Mapa do Trabalho 2022-2025, produzido pelo Observatório Nacional da Indústria. A indústria capixaba precisará requalificar 140 mil pessoas que já estão no mercado de trabalho e formar 39 mil novos profissionais. Em todo o país, a demanda chega a 9,6 milhões de pessoas. (Gazeta)
Setor. A carência de mão de obra está distribuída pelas mais diversas áreas, com destaque para logística e transporte, construção, metalmecânica, alimentos e bebidas. As formações necessárias vão desde cursos de qualificação com menos de 200 horas até o nível superior. (Gazeta)
Vale ressaltar que, com mais de 15 mil indústrias que geram quase 220 mil postos de trabalho, a indústria representa 26% do PIB do Espírito Santo. Os dados são da Findes. (Gazeta)
Folha Business
Veículos. A coluna foi conferir de perto o novo modelo da picape Nissan Frontier, uma das favoritas dos empresários do campo. O novo modelo vem com uma série de mudanças e promete aliar resistência, conforto e tecnologia. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Safra. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que o Plano Safra 2022/2023 pode chegar a R$ 330 bilhões em crédito. Para isso, serão necessários até R$ 23 bilhões de recursos do Tesouro Nacional para equalização de juros. Para pequenos e médios produtores, o crédito continuará sendo ofertado por meio do Pronaf e do Pronamp. (Folha Vitória)
Além disso, o Plano Safra 2022/2023 tem o objetivo de ser "verde e azul", com crédito para adoção de práticas sustentáveis na produção rural e apoio ao desenvolvimento da cadeia produtiva da aquicultura e pesca no país. Para o seguro rural, a meta é chegar a R$ 2 bilhões em 2023. (Folha Vitória)
Bolsa. O Ibovespa operou em leve queda ontem destoando dos pares globais. O principal índice da bolsa brasileira fechou o dia aos 110.579 pontos, pressionado negativamente pela queda das ações dos grandes bancos: Santander (2,62%), Itaú (1,8%), Bradesco (1,13%) e Banco do Brasil (0,61%). (Folha)
Recuperação. Exportadoras de commodities impediram uma queda mais intensa do Ibovespa, com alta na Petrobras — 2,03% das ações ordinárias e 1,42% das preferenciais. (Folha)
Dólar. A moeda americana fechou o pregão com um avanço modesto de 0,20%, cotada a R$ 4,8210 para venda. (Folha)
Superávit. O Ministério da Economia informou que as contas do setor público consolidado (União, Estados, Municípios e Estatais) registraram um superávit estrutural de 2,37% do PIB em 2021. É a primeira vez em oito anos que o resultado é positivo e também o melhor desempenho desde 2008. Em 2020, as contas registraram um déficit estrutural de 0,49%. (Folha Vitória)
ICMS. A Câmara dos Deputados deu aval ao teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis e gás natural. Para diminuir resistências à medida, os deputados colocaram um gatilho temporário para compensar Estados e municípios quando a queda na arrecadação total do tributo for superior a 5%. Essa compensação será feita, se necessário, por meio do abatimento da dívida desses entes com a União. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado. (Folha Vitória)
Abrangência. O projeto classifica energia elétrica, combustíveis, gás natural, querosene de aviação, transporte coletivo e telecomunicações como essenciais. Dessa forma, esses bens e serviços entram no teto do ICMS. (Folha Vitória)
Apoio. A medida recebeu o aval do Ministério da Economia, com a condição de que o gatilho de compensação durasse seis meses, em uma espécie de "período de transição". O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, também participou das negociações. (Folha Vitória)
Reação. Os governadores, no entanto, já montam uma força-tarefa para barrar o teto no Senado ou até mesmo no STF. Eles estimam uma perda de quase R$ 70 bilhões na arrecadação de Estados e municípios por ano. (Folha Vitória)
Energia. A destinação de R$ 5 bilhões da privatização da Eletrobras para um fundo setorial pode reduzir a alta das tarifas de energia elétrica neste ano em até três pontos percentuais para o consumidor residencial. Entretanto, o reajuste médio ainda deve ser elevado, na casa de dois dígitos, segundo cálculos de especialistas. (Folha)
Petrobras. O Cade determinou a abertura de um inquérito para apurar se a Petrobras cobra mais do petróleo que vende para a refinaria de Landulpho Alves, privatizada no fim de 2021. O pedido de início das investigações foi feito pelo conselheiro Gustavo Augusto de Lima e foi aceito pelos demais colegas por unanimidade. (Folha)
Por falar na estatal, o conselho de administração vai esperar a indicação de novos representantes do governo na companhia antes de convocar a assembleia de acionistas que avaliará a nomeação de Caio Paes de Andrade à presidência. A decisão deve retardar a posse. (Folha)
Política
Pronampe. O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei que cria novas regras para o Pronampe. A proposta autoriza o uso dos recursos já aportados pela União no Fundo de Garantia de Operações até 31 de dezembro de 2024. A estimativa é que R$ 50 bilhões possam ser emprestados em uma nova fase do programa, que é voltado para micro e pequenas empresas. (Folha Vitória)
Em tempo: Bolsonaro aceitou o convite feito pelo presidente dos EUA, Joe Biden, para uma reunião bilateral. O encontro acontecerá durante a Cúpula das Américas, que será realizada em Los Angeles, no início de junho. O convite foi feito anteontem diretamente a Bolsonaro por Christoper Dodd, assessor da Casa Branca. (Coluna Lauro Jardim, Globo)
Imposto. Para destravar a reforma do Imposto de Renda, o Senado está negociando a redução da alíquota sobre dividendos distribuídos aos acionistas. A proposta está parada na Casa desde o ano passado, mas pode voltar ao centro das discussões por um esforço do presidente Rodrigo Pacheco. (Valor)
Mudança. Após 54 anos, a Fecomércio vai acabar com a reeleição da presidência. O presidente eleito, Idalberto Moro, promete encerrar o ciclo de mandatos consecutivos na instituição, que teve até hoje apenas três líderes. Ele vai assumir o cargo no dia 22 de junho para liderar a federação pelos próximos quatro anos. (Gazeta)
Tenha um ótimo dia!
Rafael Porto,
Editor Apex News & Em Suma