Tributação nas empresas pode crescer até 135% com mudanças do IR; Guedes pede corte de incentivos fiscais para reduzir alíquotas
Resumo dos jornais desta segunda-feira (12)
Tributação. Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação revela que as mudanças propostas pelo governo federal no imposto de renda podem aumentar a carga paga pelas médias e grandes empresas em até 71,5%, ao considerar o lucro real. Nas empresas que utilizam o lucro presumido, o salto seria de quase 135%. A proposta apresentada pela equipe econômica tem gerado críticas entre empresários, tributaristas e agentes financeiros. (Gazeta)
Cristiano Carvalho, advogado especialista em Direito e Economia: "Embora a proposta também reduza o imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica, de 25% para 22,5% e, no segundo ano, para 20%, o imposto corporativo para as empresas que distribuem dividendos passará para 49%, um patamar completamente confiscatório. Nos países que tributam dividendos, costuma ser até 15%, mas o imposto de renda sobre pessoa jurídica é em patamar muito inferior. Além disso, no Brasil ainda há 9% de CSLL, algo inexistente lá fora”. (Coluna Data Business, Folha Business)
Contra-proposta. O ministro da Economia, Paulo Guedes, promete retirar o que os empresários chamaram de "maldades" da proposta. Guedes acena com a possibilidade de reduzir de 34% para 20% a tributação total que existe sobre o lucro das empresas atualmente, mas cobrou corte de incentivos fiscais a grupos específicos. (Gazeta)
Paulo Guedes: "O que vocês preferem ter: uma ou duas empresas com cacife em Brasília que conseguem lobby e botar essa turma para pagar ou reduzir a alíquota do Imposto de Renda para todo mundo? Para isso, tem de cortar os benefícios". (Gazeta)
Recursos. Depois de abrir licitação no mercado e contratar o Bradesco para administrar a folha de pagamentos, a Prefeitura de Vitória planeja abrir novas concorrências. O próximo alvo é a gestão dos recursos da tesouraria, ou seja, o dinheiro que é movimentado no caixa público da Capital. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Aridelmo Teixeira, secretário da Fazenda de Vitória: "No ano passado, a média de rentabilidade era de 0,8% do CDI. Estamos agora em 1,78%. Como há um 'delay' de cerca de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões no caixa, ou seja, essa quantia aproximadamente fica um tempo no caixa a considerar da sua arrecadação e utilização nas despesas, temos que fazer de tudo para buscar uma rentabilidade maior e isso gerar mais receitas para o morador de Vitória", pontua. (Coluna Beatriz Seixas, Gazeta)
Folha Business
Inovação. O hub de Inovação da Fucape Business School, o HUB Fucape, lançou uma chamada pública para selecionar startups que desejam fazer parte do espaço. As empresas vão contar com apoio técnico de alunos e professores, e podem até receber aporte financeiro de R$ 100 mil da faculdade. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Aliás, você já ouviu falar do Vale do Silício Caipira? O número de startups do agronegócio está crescendo exponencialmente no Brasil, mas uma região vem concentrando e atraindo cada vez mais iniciativas desse segmento: Piracicaba, no interior de São Paulo. A cidade hoje concentra o maior polo de agtechs dos país, reunindo empresas, estudantes e desenvolvedores buscando soluções tecnológicas para o campo. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Expectativa. Os sinais para os principais indicadores econômicos no segundo trimestre são positivos. No primeiro trimestre, os dados da atividade econômica vieram acima do esperado, impulsionando a valorização dos ativos listados em Bolsa. Agora, espera-se um movimento semelhante para o próximo trimestre, com a temporada de balanços que começa no dia 20 deste mês. (Coluna Mercado Diário, Folha Business)
Crédito. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) projeta crescimento de 30% para financiamentos de imóveis neste ano. O Banco Central calcula que haverá alta de 8% no crédito, sendo 11,5% para famílias e 3,4% para pessoas jurídicas. O mercado imobiliário segue se preparando para um ano positivo. Quanto maior a oferta de crédito, mais o setor se desenvolve. (Coluna Mundo Imobiliário, Folha Business)
Finanças. Os Certificados de Recebíveis (CRI e CRA) são modalidades de investimento que vêm chamando a atenção dos investidores dada a isenção de Imposto de Renda. Além disso, eles são uma boa opção para aqueles que desejam produtos de renda fixa com melhores rentabilidades. Mas quais as diferenças entre eles? Esse é o assunto da coluna de hoje. (Coluna Finanças de A a Z, Folha Business)
Boletim. O Espírito Santo registrou oito mortes e 404 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 11.645 óbitos e 527.800 registros da doença. (ES 360)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 53,52% no Espírito Santo. (Painel Covid-19)
Mapa. O Espírito Santo agora possui 63 cidades em risco baixo e 15 em risco moderado — todas no interior do Estado. (Tribuna)
Vacinação. Empresas capixabas estão investindo em campanhas de conscientização para incentivar seus trabalhadores a se imunizarem. Uma rede de supermercados está oferecendo até dia de folga para quem tem vacina agendada. (Gazeta)
Antidepressivos. Levantamento do Conselho Federal de Farmácia revelou que a venda de remédios contra ansiedade e depressão subiu 18% no Espírito Santo durante a pandemia. Em nível nacional, a alta foi de 17%. (Tribuna)
Política
Incentivos. A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara Federal aprovou relatório do deputado Da Vitória que renova o prazo para a concessão de incentivos em ICMS para o setor comercial e para produtos agropecuários e extrativos vegetais in natura. O projeto complementar 5/2021, de autoria do deputado federal Efraim Filho (PB), oferece ao setor comercial o prazo de 15 anos já aplicado à indústria. (Agência Congresso)
Transição. Da Vitória acrescentou à proposta um período de transição para incentivos ao setor comercial que expiram no fim do próximo ano. O texto prevê a continuidade dos benefícios por oito anos e, posteriormente, redução gradual de 20% ao ano. (Agência Congresso)
Votação. A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 deve ser votada hoje na Assembleia Legislativa. (Coluna Plenário, Tribuna)
Candidatura. O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, tem deixado em aberto a possibilidade de se candidatar ao governo do Estado em 2022. O parlamentar, que promete não tentar a reeleição como deputado estadual no ano que vem, quando questionado sobre possível candidatura ao governo, responde que "o futuro a Deus pertence". (Gazeta)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma