Vitória fica no penúltimo lugar em ranking de ambiente de negócios; capixaba perde 83 dias do ano com burocracia, aponta Banco Mundial
Resumo dos jornais desta quinta-feira (17)
Burocracia. Como adiantamos na edição de ontem, Vitória ficou em penúltimo lugar no ranking elaborado pelo Banco Mundial para o relatório "Subnational Doing Business in Brazil 2021". Afetada especialmente pelos indicadores de "Obtenção de alvarás para construção" (22º lugar) e "Execução de contratos" (27º lugar), a capital capixaba ficou na 26º posição geral. O município teve resultados positivos em outros três indicadores: "Facilidade de pagamento de impostos" (1º), "Registro de Propriedades" (5º) e "Abertura de novas empresas" (9º). (Coluna Data Business, Folha Business)
Demora. Segundo estimativa do Banco Mundial, o empreendedor capixaba perde até duas mil horas por ano com a burocracia, o equivalente a 83 dias. (Gazeta)
Luan Sperandio: "Em suma, os indicadores evidenciam que há uma alta carga regulatória e de custos para cumprimento de acordos que prejudicam os investimentos na construção civil e em novos negócios. Vale ressaltar que essa posição também indica entraves notáveis nos julgamentos e sentenças desses acordos, muitas vezes resultando em processos de litígio comercial demorados". (Coluna Data Business, Folha Business)
Em nota, a Prefeitura de Vitória afirmou estar "modernizando e simplificando o processo de licenciamento de obras" e afirmou ter dado início a um "estudo para ampliar a dispensa de alvarás de funcionamento para diversas atividades". (Coluna Data Business, Folha Business)
Privatização. O BNDES agendou para o próximo dia 30 a nova audiência pública sobre o processo de desestatização da Codesa. O evento será virtual e terá como objetivo reunir sugestões e críticas sobre o processo. (Gazeta)
Visita. O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, deve visitar Cachoeiro de Itapemirim até o mês de agosto. Em reunião com corretores de imóveis da região, Hang demonstrou interesse em conhecer terrenos disponíveis para a implantação de mais uma loja em terras capixabas. O projeto prioritário para a rede, no entanto, segue sendo a unidade anunciada para Cariacica. (Jornal Fato)
Em Cariacica, no entanto, há poucas informações sobre o andamento do processo de implantação da nova loja. O terreno da antiga Viação Itapemirim, anunciado como local da unidade, foi arrematado por outro grupo empresarial e já está passando por obras de terraplanagem. Na Prefeitura de Cariacica, nenhum projeto da Havan foi apresentado até o início de junho. (Coluna Leonel Ximenes, Gazeta)
Adiamento. A feira internacional do mármore e granito de Cachoeiro de Itapemirim foi cancelada pelo segundo ano consecutivo. A última, realizada em 2019, teve 17 mil visitantes. A próxima edição da Cachoeiro Stone Fair será entre os dias 23 e 26 de agosto de 2022. (Gazeta)
Folha Business
Café. A Casa do Adubo é a mais nova cliente da startup Conta Café, que realiza transações do tipo "barter" com a produção agrícola. Evolução do clássico escambo, a ferramenta permitirá que os cafeicultores adquiram herbicidas e fertilizantes e convertam o valor da compra em sacas de café a serem pagas no futuro. (Coluna Agro Business, Folha Business)
Modernização. Levantamento da plataforma Quanto revela que 62% dos brasileiros preferem bancos digitais. Atentos às transformações do mercado, bancos tradicionais estão se adaptando e as fintechs seguem expandindo sua atuação. Destacam-se no cenário atual bancos como BTG+, Nubank, Banco Inter e Banco Pan. (Coluna Mercado Diário, Folha Business)
Diversificação. A baixa histórica da taxa Selic levou investidores brasileiros a buscar opções mais rentáveis para suas carteiras. Os investimentos no mercado imobiliário possuem menor risco e garantem retorno atrativo no médio prazo. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Tendência. Pesquisa Raio X FipeZap mostra que o número de pessoas adquirindo imóveis tendo o investimento como objetivo principal saltou de 39% para 46% no último trimestre de 2020. A maior parte, 72%, quer obter renda com o aluguel do imóvel, enquanto outros 28% planejam revender após valorização. (Coluna Mundo Imobiliário, Folha Business)
Alternativa. Com a subida gradual da Selic, os títulos pós-fixados também são uma boa opção, desde que atrelados e indexados ao CDI. Tesouro Selic, CDBs pós-fixados, fundos DI, LCIs e LCAs são alguns bons exemplos. É importante ter cuidado com aplicações prefixadas: se a Selic subir a patamares maiores que a taxa contratada, a rentabilidade dos produtos deixa de ser vantajosa. (Coluna Finanças de A a Z, Folha Business)
Boletim. O Espírito Santo registrou 25 mortes e 1.609 casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, o estado soma 11.218 óbitos e 502.887 registros da doença. (Folha Vitória)
Óbitos. A primeira quinzena de junho teve uma redução de 39,7% no número de mortes causadas pela covid. Foram 395 vítimas, ante 656 no mesmo período de maio. (Gazeta)
UTI. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs exclusivos para covid-19 está em 60,00% no Espírito Santo. Dos 990 leitos disponíveis, 396 estão vagos. (Painel Covid-19)
Importação. O Espírito Santo não foi liberado pela Anvisa para adquirir a vacina russa Sputnik V. Em decisão publicada ontem, a Agência permitiu que apenas sete Estados importem o imunizante. O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, criticou a decisão. (Folha Vitória)
Teste. Com mais da metade da população de Vitória vacinada com a primeira dose da vacina contra a covid-19, a Associação dos Produtores de Eventos quer realizar dois eventos-teste com flexibilidade nos protocolos de segurança. A ideia é realizar shows para mil e duas mil pessoas com teste PCR negativo e medir o nível de transmissão. A proposta será apresentada à Sesa nesta semana. (ES 360)
Política
Eletrobras. Será retomada na manhã de hoje a sessão plenária do Senado para votação da medida provisória que permite a privatização da Eletrobras. O relatório do senador Marcos Rogério foi alvo de críticas durante a sessão. No novo texto, o relator acatou 19 emendas, ampliando a quantidade de jabutis aprovados pela Câmara. (Folha Vitória)
Placar. O governo está com dificuldades para aprovar a MP. Levantamento da BMJ Consultores Associados aponta mais de 41 votos contrários à proposta no formato atual. (Folha Vitória)
Pressão. O relator da reforma administrativa na Câmara, deputado Arthur Maia, já recebeu mais de 200 pedidos de audiência feitos por categorias diferentes. Todas querem ser enquadradas nas "carreiras de Estado", que possuem estabilidade similar ao modelo atual do funcionalismo. (Folha Vitória)
Cabotagem. Aprovado no final do ano passado na Câmara dos Deputados, o projeto BR do Mar deve começar a tramitar no Senado. O relator do projeto que incentiva a cabotagem no Brasil, senador Nelsinho Trad, vem fazendo reuniões com o Executivo e solicitou a realização de audiências públicas com representantes dos setores envolvidos. (Folha Vitória)
Improbidade. Por um placar de 408 votos a favor e 67 contra, a Câmara decidiu flexibilizar a Lei de Improbidade Administrativa. Com a justificativa de proteger bons gestores, a proposta restringe as possibilidades de punição a agentes públicos apenas aos casos em que fica comprovada a intenção de cometer a ilegalidade. Integrantes de órgãos de investigação apontam a medida como uma brecha para a impunidade. (Folha Vitória)
Educação. Mais de 900 alunos de baixa renda que entraram na Ufes em junho vão ficar sem auxílio estudantil. A Ufes esclareceu que a medida é necessária por conta do corte de 18,3% no orçamento da verba para assistência. O auxílio de R$ 350 ajuda com custos de transporte, alimentação e moradia, contribuindo para a permanência dos estudantes na graduação. (Folha Vitória)
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Rafael Porto,
Editor Apex News e Em Suma