VIX fatura quase R$ 1 bilhão no trimestre; receita operacional líquida já avançou 33,4% no ano
20 de novembro, segunda-feira
Recorde. A VIX, empresa do Grupo Águia Branca que figura como uma das líderes no segmento de logística do país, registrou resultado recorde no terceiro trimestre deste ano. A companhia faturou R$ 966,6 milhões no período, o maior lucro trimestral desde 2021 — igualando o próprio recorde. A receita operacional líquida acumulada nos três trimestres chega aos R$ 2,5 bilhões, 33,4% acima do registrado no mesmo intervalo em 2022. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Investimentos. No terceiro trimestre, a VIX vendeu 3,5 mil automóveis, transportou 101 mil veículos e realizou investimentos de R$ 321 milhões — mais que o dobro do mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o volume de investimentos chega a R$ 715 milhões — alta de 15,7% frente aos primeiros nove meses de 2022.
Diversificação. Das quatro áreas de atuação da VIX, a Gestão e Terceirização de Frotas, da qual faz parte a recém adquirida EBEC, teve a participação mais expressiva, com R$ 142 milhões — avanço de 93%. A vertical de logística dedicada cresceu 15,6% (R$ 363,7 milhões), a logística automotiva subiu 5,2% (R$ 205 milhões) e o app de transporte e aluguel de carros V1 teve variação positiva de 26,7% (R$ 33,5 milhões).
FOLHA BUSINESS
Inovação. O Bandes alcançou um volume recorde de repasses para tecnologia e inovação: desde o início do ano, já foram R$ 70 milhões para esta finalidade. O montante é praticamente o dobro do registrado em 2022 (R$ 36 milhões). Entre as linhas destinadas à inovação, o maior destaque foi para a Finep, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que teve quase R$ 40 milhões em repasses até o momento. (Coluna Mundo Business, por Ricardo Frizera, Folha Business)
Em tempo: o Espírito Santo é o segundo maior repassador do Finep no Sudeste, atrás apenas de São Paulo (R$ 109,7 milhões), e o quarto maior do país.
Queimadas. Nos primeiros 15 dias de novembro, 300 incêndios em vegetação foram registrados no Espírito Santo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O número é seis vezes maior que o registrado em novembro do ano passado. A onda de calor intenso tem agravado as ocorrências, no entanto, o que tem chamado a atenção das autoridades é o aumento de incêndios florestais intencionais: em dois dias, entre 10 e 12 de novembro, foram 150 focos intencionais. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Aliás, ainda sobre o clima: estudo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura revelou que as catástrofes climáticas geraram perdas de US$ 3,8 trilhões para o agronegócio nas últimas três décadas. Por ano, o prejuízo chega a 5% do PIB agrícola mundial. (Coluna Agro Business, por Stefany Sampaio, Folha Business)
Por falar em incêndio, mais uma indústria capixaba foi vítima do fogo. Desta vez, a fábrica de MDF Placas do Brasil, localizada em Pinheiros, registrou um incêndio, que já foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. (Folha Vitória)
Alívio. O sócio fundador e presidente do Conselho de Administração da empresa, Luis Soares Cordeiro, afirmou que o fogo não atingiu a linha de produção da empresa. As chamas ficaram restritas aos silos de biomassa e cavacos, bem como à correia que transporta os insumos para a fábrica. (Gazeta)
Estrutura. Segundo relato do Corpo de Bombeiros, a disponibilidade de hidrantes, carros-pipa e o bom armazenamento de água da Placas do Brasil contribuíram para o combate rápido ao incêndio. (Folha Vitória)
Imóvel. O mercado imobiliário de Vila Velha continua aquecido. A Galwan conseguiu, em apenas duas horas após a abertura das vendas, fechar 50% de adesões ao Residencial Jardins de Verona, em Itapoã. Os apartamentos custam a partir de R$ 965 mil. (Gazeta)
BRASIL
PIB. O IBC-Br caiu 0,06% em setembro, na comparação com agosto, contrariando o consenso do mercado, de alta de 0,20%. Como resultado, fechou o terceiro trimestre em queda de 0,6%. (Estadão)
A queda do índice do Banco Central somada ao fraco desempenho dos serviços no mês (recuo de 0,3%), confirmou a tendência de esfriamento da economia. (Estadão)
Para analistas do mercado financeiro, os resultados consolidam a percepção de que o PIB cairá no terceiro trimestre e dificilmente crescerá 3% ou mais em 2023. (Estadão)
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a retração do IBC-Br não muda em nada a perspectiva de crescimento do Brasil no ano. (Globo)
Em tempo: o Ministério do Planejamento e Orçamento estima um aumento do PIB potencial do Brasil para um patamar entre 2% e 2,5%. (Folha)
Dívidas. A partir de hoje, a Faixa 1 do Desenrola Brasil passará a renegociar dívidas de até R$ 20 mil. Este recorte é destinado à renegociação a devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no CadÚnico. (Globo)
Resultados. Aberta em julho, a primeira etapa do Desenrola, destinada à Faixa 2, renegociou R$ 15,8 bilhões de 2,22 milhões de contratos em pouco mais de dois meses, até o fim de setembro. (Globo)
A Febraban indica que essa quantia equivale a 1,79 milhão de clientes, já que um correntista pode ter mais de uma dívida. (Globo)
Embate. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a cobrar que a Petrobras reduza o preço dos combustíveis. Ele rebateu o presidente da companhia, Jean Paul Prates que afirmou, via redes sociais, que se o Ministério quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente” será necessário seguir a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia. (Globo)
POLÍTICA
Vitória. O candidato argentino de direita Javier Milei, 53 anos, da coalizão La Libertad Avanza, venceu o 2º turno das eleições presidenciais e derrotou o peronista Sergio Massa (Unión por la Patria). Com 99,28% das urnas apuradas, Milei aparecia com 55,69% dos votos válidos, contra 44,30% do atual ministro da economia argentino. A posse do argentino será em 10 de dezembro, sucedendo o atual presidente Alberto Fernández. (Poder 360)
Repercussão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou as "instituições argentinas" em seu perfil no X (ex-Twitter). No texto, Lula não citou o presidente eleito, Javier Milei. Lula torcia pela vitória do peronista Sérgio Massa — com quem havia se reunido duas vezes neste ano. (Poder 360)
Orçamento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o contingenciamento do orçamento necessário para zerar o déficit das contas primárias no próximo ano pode variar de R$ 22 bilhões a R$ 23 bilhões. Essas são as atuais estimativas da Pasta. (Estadão)
As contas feitas no mercado financeiro preveem um bloqueio de R$ 53 bilhões. Para Haddad, esse número está muito acima da realidade, uma vez que os investidores estão considerando a regra de bloqueio de até 25% das despesas discricionárias, de modo a assegurar o funcionamento da máquina pública. (Estadão)
O ministro explicou que essa regra não afasta o poder público da banda do novo marco que limita o crescimento das despesas em, no mínimo, 0,6% e, no máximo, 2,5% acima da inflação. (Estadão)
Projetos. Os cinco maiores bancos públicos do país vão financiar até R$ 1,7 trilhão em programas de governo contidos no Plano Plurianual (PPA), entre 2024 e 2027. A informação é do Ministério do Planejamento. (Globo)
O valor inclui empréstimos que serão concedidos pela Caixa, Banco do Brasil, BNDES, BNB e Banco da Amazônia (Basa). (Globo)
Nos cálculos: a Caixa deve conceder R$ 572,4 bilhões, e o Banco do Brasil, R$ 519,5 bi; o BNDES irá emprestar R$ 307,8 bilhões, o Banco do Nordeste, 224,7 bilhões, e o Banco da Amazônia, R$ 73,2 bilhões. (Globo)
Por falar no BNDES, o banco aumentou a pressão sobre o TCU para que o órgão de controle dê aval para o parcelamento do pagamento antecipado de R$ 22,6 bilhões da dívida da instituição de fomento com a União. (Globo)
Sem o parcelamento, será preciso frear a aprovação de financiamentos e a liberação de recursos para o agronegócio e os governos estaduais, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. (Globo)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto, editor