Interesse. A Zona de Processamento de Exportação de Aracruz ainda nem saiu do papel e já vem movimentando o mercado. A CEO da canadense Colliers no Brasil, Paula Casarini, esteve no município para conhecer de perto o projeto da Imetame. Na avaliação da executiva, a ZPE tem potencial para indústrias, empresas de bens de consumo, tecnologia e tradings. (Gazeta)
Quem é. A Colliers tem quase 20 mil funcionários e US$ 92 bilhões sob sua gestão. A empresa é especializada em arranjos imobiliários e já intermediou negócios em terras capixabas. Em 2021, a canadense atuou na compra do Porto Canoa Log, na Serra, pela Vinci Logística — um negócio de R$ 286 milhões. (Gazeta)
Visita. A autorização oficial para implantação da ZPE de Aracruz será feita hoje pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, durante evento de celebração aos 65 anos da Findes. Alckmin estará acompanhado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. (Folha Vitória)
Pedidos. O governador Renato Casagrande vai aproveitar a passagem do vice-presidente pelo Espírito Santo para reforçar uma lista de pedidos. Estão na pauta as BRs 101, 262, 259, a EF-118 e os projetos encaminhados pelo governo para o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). (Folha Vitória)
Embarque. Quem também cumprirá agenda dupla no Espírito Santo é o governador Romeu Zema (Novo). O mineiro vai acompanhar o embarque do primeiro carregamento de lítio verde, produzido por uma empresa do Vale do Jequitinhonha, para a China. (Gazeta)
FOLHA BUSINESS
Aproximação. A Neogrid, empresa de Santa Catarina que oferece inteligência para a cadeia de suprimentos, quer abrir uma unidade no Espírito Santo. O CEO da companhia, Jean Carlo Klaumann, revelou o interesse durante a 11ª edição do Encontro Folha Business, realizado ontem. O evento reuniu os principais nomes da economia capixaba e nacional, além de representantes de diversos setores da sociedade. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Relevância. Fundada há 24 anos, a Neogrid atende 37 mil empresas, entre elas, gigantes como Sony, Heinz, Cimed e Kraft Heinz. No ano passado, a companhia faturou R$ 265 milhões, crescimento de 8,2% frente ao ano anterior. (Coluna Mundo Business, Folha Business)
Presença. Também estiveram no Folha Business o governador Renato Casagrande; o diretor comercial do Grupo ND, Gilberto Kleinubing; o CEO da RPS Capital, Paolo Di Sora; o CEO da Energisa, Ricardo Botelho; e o gestor de Juros e Inflação do ASA Hedge, Filippe Santa Fé. (Folha Vitória)
Gás. A ES Gás fechou um contrato de fornecimento de gás para o Grupo RDG. Um dos maiores conglomerados do Espírito Santo, o grupo atua nos setores de aço, petróleo, logística e agropecuária. Serão fornecidos seis mil metros cúbicos de gás por dia para a nova fábrica da Perfilados Rio Doce, localizada na Serra. (Gazeta)
Impacto. O que muda, afinal, no agronegócio com a reforma tributária? A coluna Agro Business ouviu o especialista em direito tributário, Lucas Lima, da APD Advogados, e compilou posições da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) sobre o assunto. Confira a análise completa na coluna de hoje. (Coluna Agro Business, Folha Business)
BRASIL
Nota. A Fitch, agência de classificação de risco, elevou a nota de crédito do Brasil, ou o chamado rating soberano, de "BB-" para "BB". A perspectiva é estável. Com a decisão, o país fica a duas notas de sair do "grau especulativo" para "grau de investimento". (Globo)
O Brasil perdeu o grau de investimento em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, em meio a uma série de crises internas, recessão econômica e aumento do endividamento. (Estadão)
Para recuperar o selo, a Fitch observa que o Brasil precisa demonstrar um maior consenso entre os políticos em relação às direções para um crescimento econômico sustentável. (Folha)
O Tesouro Nacional afirmou que a decisão da agência corrobora os esforços empreendidos pelo governo federal para fortalecer o ambiente econômico e promover a consolidação fiscal. (Globo)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a notícia e destacou que essa é a primeira agência que altera efetivamente a nota brasileira, após a S&P ter elevado a perspectiva de rating para o país, em junho. (Estadão)
Para Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, a nova nota de crédito do Brasil é uma “importante conquista para a economia do país”. Ele relacionou a decisão da Fitch à política econômica do governo, que tem tido apoio no Congresso. (Estadão)
Para o mercado financeiro, a decisão funciona como um termômetro das contas públicas brasileiras. (Globo)
Após o anúncio da Fitch, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos, uma medida para o risco-país, recuou para o menor patamar em mais de um ano. (InfoMoney)
Bolsa. O Ibovespa fechou a sessão com alta de 0,55%, aos 122.560 pontos. Esse é o maior patamar desde 9 de agosto de 2021. (InfoMoney)
O dólar registrou baixa de 0,46%, cotado a R$ 4,728. (InfoMoney)
Otimismo. O mercado está otimista quanto às perspectivas para as ofertas subsequentes de ações previstas para o segundo semestre. As projeções são de que, até o final do ano, mais R$ 20 bilhões sejam ofertados na Bolsa. (Estadão)
Com o cenário, os comentários nos bastidores do mercado financeiro são de que três grandes ofertas já estão sendo preparadas pelos bancos, da ordem de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões cada. (Estadão)
De janeiro a julho, o total captado pelas companhias por meio de follow-ons soma R$ 22,6 bilhões, sendo R$ 15,55 bilhões a partir de junho. Em 2022, as companhias levantaram R$ 24 bilhões, sem contar a Eletrobras, que sozinha movimentou R$ 34 bilhões na oferta que privatizou a empresa. (Estadão)
Exploração. A Petrobras vai intensificar estudos e investimentos na Margem Equatorial, que abrange uma área que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. A região compreende também a foz do Rio Amazonas, responsável pelo imbróglio entre a companhia e o Ibama. A informação é do ministro da Casa Civil, Rui Costa. (Globo)
O Ministério de Minas e Energia calcula que a exploração de petróleo na região pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de uma arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões. (Globo)
POLÍTICA
Reforma. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a ser criado pela reforma tributária do consumo, deve ficar em torno de 25% ao fim do processo de transição, em 2033. Para ele, o número de exceções a setores deve ser diminuído. (Estadão)
A pedido do Senado, o Ministério da Fazenda está fazendo uma análise item a item do texto aprovado na Câmara dos Deputados. Lá, a matéria será relatada pelo senador Eduardo Braga. Haddad lembrou que alterações foram realizadas por deputados de última hora, antes de serem discutidas com o Executivo. (Estadão)
Embora defenda a diminuição das exceções, Haddad pontuou que àquelas concedidas para Saúde, Educação, Simples, Zona Franca de Manaus, cesta básica e alimentos estão mais pacificadas. (Estadão)
A reforma tributária deve ser concluída até dezembro deste ano, de acordo com as expectativas de Haddad. (Globo)
Taxação. A proposta de maior taxação sobre os super-ricos será enviada ao Congresso Nacional em agosto, para que ela eleve as receitas previstas na proposta de Orçamento de 2024. Haddad confirmou o envio da proposta mesmo após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, contestar a iniciativa. (Folha)
A pressa do governo federal é arranjar novas receitas de modo a perseguir a meta central de déficit zero no ano que vem. O novo arcabouço fiscal, em tramitação no Congresso, prevê despesas crescendo acima da inflação. (Folha)
Pelos cálculos do ministro, há no país 2.400 fundos que envolvem um patrimônio total na ordem de R$ 800 bilhões. O governo quer estabelecer o chamado regime de "come-cotas", com cobranças semestrais sobre esses rendimentos, como já acontece com os fundos tradicionais. (Folha)
Recursos. O setor de saneamento será contemplado com 29 leilões até 2026, somando investimentos de, ao menos, R$ 54 bilhões, nas contas do BNDES. As concessões devem beneficiar mais de 46 milhões de brasileiros. (Globo)
Após três anos da aprovação do Marco do Saneamento, o país contabiliza 28 leilões de concessão e PPPs em saneamento sob as novas regras, beneficiando mais de 30 milhões de pessoas no país. (Globo)
Já a habitação terá o maior orçamento dos últimos sete anos, após decisão do conselho curador do FGTS de aumentar em R$ 28,86 bilhões o orçamento do Ministério das Cidades. (Estadão)
Com isso, a área irá contar com R$ 96,96 bilhões para 2023, o maior orçamento dos últimos sete anos. O acréscimo será usado para turbinar o programa Minha Casa Minha Vida. (Estadão)
IBGE. O nome do economista Marcio Pochmann foi confirmado como o novo presidente do IBGE, pelo ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta. A posse está prevista para agosto. Pochmann seria uma escolha pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Globo)
Ligado ao PT, o economista já presidiu o Ipea durante os governos Lula e Dilma Rousseff. A gestão foi marcada por fortes críticas. (Globo)
Nos bastidores, a informação é que o nome de Pochmann gerou resistência nos ministérios da Fazenda e do Planejamento, por ser um economista da linha intervencionista. O governo nega. (Folha)
Publicamente, economistas e ex-presidentes do IBGE lamentaram a escolha. (Estadão)
Reforma. Durante sua participação do Encontro Folha Business, o governador Renato Casagrande voltou a defender mudanças em quatro pontos da reforma tributária: mais recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional para Estados menores; governança mais equilibrada no Conselho Federativo; aumento do seguro-receita previsto para repor perdas de Estados e municípios; clareza de responsabilidade no pagamento dos créditos de ICMS para empresas exportadoras. (Folha Vitória)
Tenha um bom dia!
Rafael Porto
Editor Apex News & Em Suma